quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Hospital Irmã Dulce pretende implantar terapia com animais

De A Tribuna On-line

A ‘pet terapia’, ou terapia por animais, é um dos projetos de humanização que o Hospital Municipal Irmã Dulce pretende implantar para melhorar a evolução clínica dos pacientes. O projeto está em fase de planejamento e deverá contar a participação do Canil da Guarda Civil Municipal (GCM). A princípio, dois cães estão em análise: Satine, da raça golden retriever, e Brown, um labrador da Guarda Civil Municipal.
A fonoaudióloga Eliane Selma do Valle Blanco, coordenadora do projeto e dona de Satine, explica que a pet terapia consiste em visitas semanais monitoradas de animais a crianças e adultos internados, tanto nos leitos como em outros espaços do hospital. “A presença do animal faz com que as pessoas se sintam mais relaxadas num lugar onde, às vezes, podem se sentir ameaçadas”, destaca.
A terapia pode se desenvolver com outros animais, como gatos e coelhos, apesar do cão ser preferencial no envolvimento com humanos no ambiente hospitalar. “Eles ajudam a diminuir a resistência a tratamentos dolorosos e ao próprio ambiente, que pode parecer hostil. Isso acaba fomentando a recuperação física rápida, entre outros benefícios”, explica a fonoaudióloga, que pesquisa o assunto e procura conhecer experiências de hospitais que promovem o serviço.
Em seu estudo, a técnica encontrou resultados positivos na recuperação não apenas de crianças, mas também de adultos. “Para pacientes psiquiátricos, o animal acaba atuando como um elo entre ele e o mundo”, menciona. “Temos conhecimento de trabalhos com idosos, pacientes com senilidade ou mesmo Alzheimer. Ver aquele animal acaba evocando memórias afetivas, fatos da vida, o que favorece a comunicação”.

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