quarta-feira, 29 de julho de 2009

Por que adotar um animal de estimação faz bem à saúde


por Elisa Kozasa


Atividades Assistidas por Animais (AAA) são atividades informais de interação entre seres humanos e animais; Terapias Assistidas por Animais (AAT) são atividades formais, com objetivos direcionados, com animais que passam a integrar parte de um tratamento"


Desde os primórdios da vida humana, os animais são considerados grandes companheiros, protegendo, tornando o trabalho mais leve, entretendo e sendo fiéis amigos. Mas atualmente, há vários trabalhos científicos mostrando que animais adestrados podem ser co-terapeutas no tratamento de diversos distúrbios humanos.Cavalos por exemplo, são utilizados na reabilitação de pessoas com lesões neurológicas, ajudando a recuperar o equilíbrio e a confiança. Crianças especiais também têm se beneficiado psicologicamente com o contato com esses animais. Estudos mostram que animais de fazenda podem ser utilizados como terapia complementar no tratamento de distúrbios psiquiátricos como: esquizofrenia, desordens de personalidade, ansiedade e depressão. Esses pacientes apresentam melhora nas estratégias de lidar com pessoas e situações.

AAA e TAA
Atualmente há uma distinção entre dois termos: Atividades Assistidas por Animais (AAA) e Terapias Assistidas por Animais (TAA).
AAA envolvem atividades informais de interação entre seres humanos e animais promovendo socialização, motivação, educação, recreação e melhoria na qualidade de vida. Por exemplo: um passeio entre aficcionados por eqüinos. A TAA representam atividades formais, com objetivos direcionados; os animais possuem determinadas características e passam a integrar parte de um tratamento (funcionando como co-terapeutas). Essa última é dirigida por pessoas especializadas.
Por exemplo: cães adestrados para visitar crianças hospitalizadas; o objetivo dessa interação é a redução do estresse da internação. Outro exemplo são os cães-guias para cegos. Existem trabalhos mostrando que pessoas com comprometimentos cardiovasculares, donas de animais de estimação, têm melhor qualidade de vida e menor risco de morte. A clínica Akasaka Animal Hospital em Tóquio possui cães adestrados para auxiliar no tratamento de depressão.

Pais

Às vezes vejo pais preocupados em saber se devem ou não adquirir um animal de estimação para seus filhos. Essa preocupação é válida, pois crianças muito pequenas não têm noção de sua força e de como devem brincar com pequenos animais, em especial filhotes e podem feri-los. É importante nesse caso, supervisionar a brincadeira. Por outro lado, há crianças alérgicas e pode ser que não se adaptem com animais. O ideal seria comprar um animal para uma criança que já tenha um senso de responsabilidade e que não veja o bichinho como um brinquedo novo. Aliás, pode ser bastante educativo, dar a ela responsabilidades no trato, para que ela compreenda que a vida requer cuidados.A escolha do tipo e raça podem ser importantes, para se adaptar ao estilo de vida do dono. Na dúvida, vale consultar um veterinário. No caso de cães, por exemplo, não basta pensar apenas no tamanho, quando se mora em um apartamento. Há raças de cães pequenos e agitados e alguns cães um pouco maiores e tranqüilos, como é o caso do buldogue inglês. Uma opção, quando se dispõe de um espaço não muito restrito é adotar um cão de raça não identificada.

terça-feira, 28 de julho de 2009

TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS-TAA



A Terapia Assistida por Animais (TAA) teve origem em 1792 no Retiro de York, na Inglaterra, em uma instituição mental, onde os pacientes participavam de um programa alternativo de comportamento que consistia na permissão de cuidar de animais de fazenda, como reforço positivo. Em 1867, a mesma técnica foi usada com pacientes psiquiátricos numa instituição na Alemanha. Mais tarde, em 1942, terapeutas começam a perceber os benefícios de TAA em pacientes com desordens mentais e físicas.Mas somente na década de 60, foi publicado nos Estados Unidos as primeiras observações cientifica dos benefícios da TAA em pacientes com quadros clínicos psiquiátricos. A partir dos anos 80, relevantes pesquisas cientificas emergem provando o benefício à saúde humana, a partir da interação com animais, espalhando-se rapidamente no Reino Unido, Estados Unidos e na Europa Continental.

No Brasil o interesse pela TAA surge nesta mesma época, mas somente, a partir dos anos 90 são implantados os primeiros Centros de Atendimento de TAA e relevantes estudos científicos são iniciados.

Em setembro de 2000 acontece no Rio de Janeiro a 9ª Conferência Internacional sobre Interações Homem-Animal, despertando o interesse de diferentes profissionais da saúde para atuação e pesquisa cientifica na TAA.

Em maio de 2002 aconteceu o Simpósio Brasileiro de Comunicação em Enfermagem-SIBRACEN-com ênfase em TAA.

Em março de 2005 Jerson Dotti escreve o primeiro livro brasileiro sobre TAA

Adaptação do texto de JOSE GONCALVES HEVERTON 25/11/2005

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Acariciar cachorro pode ajudar doentes do coração


Os índices de ansiedade caíram 24% para os doentes visitados por um cão, caíram 10% para os que receberam a visita de uma pessoa e permaneceram inalterados para os que não receberam nenhuma visita.


Passar alguns minutos acariciando um cachorro pode diminuir a ansiedade de um doente do coração e até mesmo ajudar na recuperação dele durante uma internação hospitalar, disseram pesquisadores dos EUA nesta terça-feira.

A equipe Kathie Cole, enfermeira da Universidade do Centro Médico da Califórnia (EUA) que chefiou o estudo, descobriu que uma visita de 12 minutos de um cachorro ajuda as funções cardíaca e respiratória, diminuindo a pressão pulmonar, reduzindo a produção de hormônios prejudiciais e combatendo a ansiedade.

Os índices de ansiedade caíram 24% para os doentes visitados por um cão, caíram 10% para os que receberam a visita de uma pessoa e permaneceram inalterados para os que não receberam nenhuma visita.

Os cientistas avaliaram 76 pessoas com insuficiência cardíaca internadas em um hospital. Desse grupo, alguns receberam a visita de um cachorro por 12 minutos, outros receberam a visita de um voluntário treinado e outros ficaram sozinhos.

Os efeitos benéficos do contato com o animal foram maiores do que quando os doentes com insuficiência cardíaca receberam a visita de um voluntário ou quando foram deixados sozinhos, afirmaram os cientistas durante um encontro da Associação Americana do Coração.

"Essa terapia justifica que analisemos com seriedade essa opção como uma terapia auxiliar para o caso de pessoas com insuficiência cardíaca. Os cães representam um grande conforto", Cole.

O estresse pode piorar o quadro de um doente cardíaco, mas Cole disse que ninguém tinha até agora avaliado com profundidade se medidas simples de alívio do estresse, como acariciar um animal, poderiam ajudar de tal forma que pudesse ser medida.

Fonte:Reuters