terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cães podem sentir pena de humanos, diz pesquisa

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, de Portugal, afirmou que os cães são capazes de ter empatia com os humanos a ponto de compartilhar as mesmas emoções de seus donos.


O estudo ainda diz que essa empatia vai além de uma simples cópia do comportamento humano.
Os animais de estimação, principalmente os cães, podem ficar "aborrecidos" como crianças quando expostos a situações familiares de conflito.
Além disso, mesmo os animais não treinados têm a habilidade de esboçar alguma reação em situações reais de emergência.
Outro estudo ainda revelou que os cãezinhos usados em terapias acabam sendo afetados física e emocionalmente por seu trabalho, necessitando de massagens e calmantes depois das sessões.
As hipóteses levantadas pelas pesquisadoras portuguesas para esse comportamento são pelo fato dos cães serem descendentes dos lobos, animais altamente sociais e cooperativos.
Além disso, a seleção feita pela domesticação pode ter escolhido cães mais inteligentes e mais sincronizados com os sentimentos humanos.

Fonte: Folha de S.Paulo

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Animais de estimação podem motivar fumantes a cortar o vício

Conclusão de pesquisadores saiu em revista especializada. Fumo passivo está ligado a várias doenças de animais de estimação. 

Por Eric Nagourney - ”New York Times”


Se eles não param de fumar para salvar a si próprios, que tal fazê-lo pelo bom e velho Totó?
Uma nova pesquisa sugere que donos de animais de estimação que não pensam em parar de fumar podem se tornar motivados a isso quando informados de que seus animais podem ser afetados ao inalar a fumaça passivamente.

“Os donos de animais de estimação nos Estados Unidos são muito devotados a seus bichos,” escreveram os pesquisadores, comandados por Sharon Milberger do Sistema de Saúde Henry Ford, em Michigan. O estudo aparece na publicação americana “Tobacco Control”.

A fumaça passiva foi associada a uma variedade de problemas em animais de estimação, incluindo linfomas em gatos e câncer nasal ou pulmonar em cachorros, dizem os pesquisadores. Também se descobriu que pássaros de gaiola sofrem de efeitos daninhos.

Para o estudo, eles conduziram uma pesquisa online por seis meses que obteve respostas de 3.293 donos de animais de estimação, principalmente em Michigan. A pesquisa foi divulgada, entre outros lugares, em petshops e na Sociedade Humanitária de Michigan. No total, segundo a pesquisa, 27% dos respondentes tinham pelo menos um fumante na residência.

Entre os que fumavam, 28% disseram que saber que estavam colocando seus animais em risco os faria tentar parar, e quase 19% não permitiriam cigarros em casa. Quarenta por cento expressaram interesse em informações sobre cigarros e como parar de fumar.

As descobertas significam que defensores antitabaco deveriam tentar atingir fumantes em clínicas veterinárias, petshops e locais similares.
“Esta nova fonte de motivação poderia ser particularmente forte para fumantes que moram sozinhos na companhia de seus animais,” diz o estudo.

Profissionais aderem à Terapia Assistida com Animais

Nossa cão terapeuta Cacau
Cada vez mais terapeutas e profissionais da saúde estão levando cachorros e outros animais para auxiliar e incentivar o tratamento de seus pacientes - é a chamada Terapia Assistida com Animais (TAA). Estudos mostram que a presença dos bichos nesses casos promove sensação de bem-estar e sociabilização e pode até diminuir dores e problemas como a depressão. Se você tem um cão, seu melhor amigo também pode fazer um trabalho solidário ajudando doentes e pessoas especiais.

Os especialistas garantem que não existe um tipo específico de cachorro ou uma raça melhor para fazer TAA. O importante é o comportamento do animal, que deve ser obediente. "Eles só precisam ser tolerantes com estranhos e gostarem de afagos", afirma a adestradora Kátia Aiello, que treina cães terapeutas. Outro requisito indispensável é ele estar com a saúde em ordem: ter a carteira de vacinação em dia e fazer uma série de exames para comprovar que está apto.

Afinal, o bem-estar do animal é prioridade.

Fonte: Planeta Sustentável

sábado, 26 de novembro de 2011

A PARTICIPAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO NA ESCOLHA E TREINAMENTO DE CAVALOS PARA A PRÁTICA DE EQUOTERAPIA

A zooterapia é um recurso que utiliza o animal como instrumento para promover o bem estar do homem e do animal. Diversas técnicas de zooterapia têm sido desenvolvidas e aplicadas no tratamento de diferentes enfermidades, envolvendo principalmente a falcoterapia, cinoterapia e a equoterapia, foco principal deste trabalho. A equoterapia é o campo da terapia que utiliza o cavalo como recurso de tratamento de determinadas alterações motoras em pessoas que possuem necessidades especiais e para pessoas idosas, estabelecendo um aprendizado triangular, que se constitui na relação praticante-cavalo-equitador.

Neste aprendizado é de fundamental importância a escolha e treinamento do animal (cavalo) a ser utilizado durante as seções de terapia, processo no qual o médico veterinário apresenta um grande potencial para atuar. Contudo, destaca-se a pouca atuação do veterinário nas atividades de treinamento de animais e na prática de equoterapia, especialmente no município de Uberlândia/MG.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a participação de veterinários em programas de terapia com cavalos e estimar o melhor tipo de cavalo e raça para se utilizar na prática da equoterapia. O estudo foi baseado em entrevistas não-estruturadas, aplicadas durante o “XII Congresso Internacional de Equoterapia", com equitadores dos Centros de equoterapia do Brasil, Austrália e Estados Unidos. Os dados coletados nestas entrevistas foram complementados com entrevistas realizadas nos Centros de equoterapia de Uberlândia/MG.

As entrevistas mostraram que a participação de veterinários no treinamento de animais para a prática de equoterapia é extremamente baixa. Na maioria das vezes, este profissional atua apenas pontualmente quando os cavalos necessitam de assistência médico veterinária, não acompanhando o processo como um todo.

Quanto às características e preparação dos cavalos para a prática não se observou diferença entre as técnicas e raças utilizadas nos diferentes países. São características desejáveis que o animal seja dócil, corajoso e obediente, que demonstre confiança para o praticante. O eqüídeo tem que ter resistência e rusticidade, facilidade de adaptação ao ambiente, grande peso corporal, para poder atender pacientes obesos. É essencial que o cavalo seja sensível, que aceite bem o contato, o toque, e que tenha comportamento de disponibilidade de ajudar.

O cavalo parece perceber as dificuldades do paciente, sejam elas mentais ou motoras, pois demonstra respeito às diferenças do praticante. Segundo os entrevistados, desde que o animal seja dócil é possível estabelecer um adestramento, ensinando-o a ter um andar calmo e suave, numa passada rítmica. Cada treinamento será adequado às necessidades do praticante, estabelecendo o aprendizado triangular, de forma equilibrada e interava entre os três.

As observações permitiram concluir que não há uma raça especializada para a adequação das técnicas da equoterapia sendo destacadas as características individuais de cada animal na interação do processo de aprendizado triangular. Por outro lado, o médico veterinário tem-se mostrado pouco atuante nesta modalidade de trabalho com eqüídeos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O melhor enfermeiro do homem

Companheiros do ser humano há 14.000 anos, cães são treinados para dar assistência a portadores de epilepsia. Alguns podem até livrar seus donos da maior angústia causada pela doença: saber quando uma crise vai acontecer
Aretha Yarak
Spencer Wyatt e Lucia 
Spencer, com a golden retriever Lucia: cadela oferece assistência e segurança ao americano de 11 anos (Arquivo Pessoal)
Spencer conheceu Lucia quando ela tinha apenas um ano de vida. No terceiro encontro, ela começou a marchar disciplinadamente para frente e para trás, numa tentativa de dizer que algo estava errado. Mas Spencer só entendeu o recado dez minutos mais tarde e, sentado à mesa de jantar, não teve tempo de se deitar no chão para enfrentar mais uma das crises epilépticas que aparecem a cada duas semanas. Spencer Wyatt é um pré-adolescente americano de 11 anos. Lucia, uma golden retriever, tem 4 anos. Ela faz parte do seleto grupo de cães conhecidos como seizure-response dogs e seizure-alert dogs (cães de alerta e de resposta a convulsão), animais treinados por até dois anos para prestar assistência a seres humanos que enfrentam a mesma condição de Spencer. É um novo capítulo na longa história de troca entre cães e homens, que, segundo estudos científicos, começou a ser escrita há cerca de 14.000, quando o ser humano atraiu para perto de si esse descendente do lobo, domesticando-o.
Arquivo Pessoal“Lucia dorme comigo todos os dias. Ela é a minha melhor amiga e eu não quero nunca me separar dela”, Spencer Wyatt, 11 anos 
“Lucia dorme comigo todos os dias. Ela é a minha melhor amiga e eu não quero nunca me separar dela”, Spencer Wyatt, 11 anos

Não bastasse o apoio que os “cães de alerta” dão a quem tem crises – eles podem buscar ajuda ou até deitar sobre o corpo do dono, evitando que ele se machuque durante convulsões –, cerca de 90% desses caninos desenvolvem a capacidade de prever a ocorrência de um ataque com até 15 minutos de antecedência. A ciência ainda tenta entender esse mecanismo.. Parte dos estudiosos do assunto acredita que isso se deve ao apuradíssimo olfato dos cães, que dispõem de mais de 220 milhões de receptores olfativos, ante cinco milhões dos humanos. Isso permitiria ao animal farejar o odor de substâncias exaladas pelo homem, mas imperceptíveis a ele, na iminência de uma crise.

Outro grupo aposta na capacidade dos cães de se adaptar ao modo de vida de seu dono e perceber eventuais mudanças de comportamento. “Não temos recursos técnicos para medir o primeiro impulso de uma crise epiléptica, nem quando monitoramos a atividade cerebral dos pacientes. É improvável que um cachorro consiga fazê-lo”, diz Adam Kirton, médico neurologista do Alberta Children’s Hospital, dos Estados Unidos. Ele é um defensor da tese comportamental: ou seja, os cães seriam capazes de perceber quando seus donos apresentam sintomas que normalmente antecedem crises, como depressão ou euforia súbita.

Apesar de bem-sucedidas, parcerias como a de Spencer e Lucia ainda são raras. Em 2009, apenas 59 cães para epilépticos foram treinados em todo o mundo por instituições credenciadas pela Assistance Dogs Internacional – no Brasil, ainda não há experiências desse tipo. O baixo número reflete a pequena demanda, fruto, por sua vez, do desconhecimento do potencial desses animais e também das dúvidas científicas. Aqueles que adotam os seizure-response dogs, contudo, garantem que o animal pode ter valor inestimável, oferecendo aos portadores de epilepsia a chance de viver livre do maior mistério da doença: determinar quando uma crise vai acontecer.
Arquivo Pessoal“A primeira vez que acordei com Georgie ao meu lado, olhando por mim, senti uma forte sensação de segurança”, Channing Seideman, 17 anos 
“A primeira vez que acordei com Georgie ao meu lado, olhando por mim, senti uma forte sensação de segurança”, Channing Seideman, 17 anos

É o caso da também americana Channing Seideman, de 17 anos, que há dois meses conta a companhia de Georgie, de  um ano, uma labradoodle – cruzamento entre as raças golden retriever e poodle. “É bastante sorte ter a meu lado um cão que pode me alertar sobre as crises. Georgie já me avisou de três”, diz Channing. A cadela tem ainda uma função literalmente vital: evitar o quadro de morte súbita, que pode acometer epilépticos. Todas as noites, Georgie fica de prontidão, ao pé da cama de Channing, num sono leve e alerta. Se a dona enfrenta uma crise no meio da madrugada, ela corre para o quarto vizinho e avisa a mãe de Channing que a filha não está bem. As crises noturnas costumam ter relação com quadros de apneia, que afetam a respiração. “Se você estimular a pessoa logo após uma crise, ela consegue voltar a respirar normalmente. Isso pode salvar a vida dela”, diz Elza Márcia Yacubian, chefe do setor de epilepsia do Departamento de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Além do amparo, a companhia dos cães traz segurança. Amy Wyatt, mãe de Spencer, conta que Lucia foi a grande responsável pela inserção social do garoto, antes tímido e retraído. “As pessoas costumam se aproximar ao verem a cadela. Isso ajuda Spencer a se comunicar e até a falar sobre a doença”, diz Amy. “Ela é minha melhor amiga”, completa Spencer. “Quando eu for mais velho, sei que poderei sair sozinho, porque ela vai estar ao meu lado.” Georgie também é companhia frequente de Channing, até no trajeto para o colégio. Para os pais, é a certeza de que a filha terá ajuda, caso precise. “Hoje, posso ir praticamente a qualquer lugar. Georgie diminuiu as restrições que a doença me impunha. Não consigo me imaginar sem ela”, diz.

Os epilépticos não são os únicos beneficiados pela atenção dos cães. Uma outra leva de animais vem sendo treinada para ajudar portadores de diabetes, por exemplo. Os diabetic-dogs podem detectar pequenas mudanças no hálito de um paciente com diabetes do tipo 1, decorrentes da alteração do nível de glicose no sangue. “O cão pode dar o aviso de maneira discreta: tocando o dono com a pata, antes que este fique desorientado e não consiga se medicar ou comer algo a tempo”, diz Alan Peters, diretor executivo da organização americana Can Do Canines, uma das pioneiras no treinamento dos animais. Em situações de emergência, os cães podem também apertar um botão de alerta, que normalmente avisa um amigo ou parente do paciente, ou até mesmo buscar uma garrafa de suco, telefone ou medicamento.

No Brasil, a prática ainda se resume ao treinamento de cães-guias, que auxiliam cegos e surdos. Nos Estados Unidos e no Canadá, além destes e dos seizure e diabetic-dogs, há a preparação dos animais que irão ajudar pessoas com mobilidade reduzida e autismo. O treinamento, para qualquer uma das modalidades, é caro. Por aqui, de acordo com o Instituto Cão Guia, do Rio de Janeiro, o custo para preparar um cão-guia gira em torno de 30.000 reais. A ética de doação de um animal desses segue os mesmos padrões da doação de órgãos: não se compra um cão treinado. Isso significa que a organização depende diretamente do trabalho de voluntários. Isso torna as filas de espera por um animal longas e demoradas. As doações ainda são limitadas e, muitas vezes, disponíveis apenas em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Grã-Bretanha, países que ganham força no treinamento de seizure-dogs e diabetic-dogs, as organizações contam até com a ajuda de indústrias farmacêuticas, que bancam os custos. Se o treinamento de cães para a assistência à saúde de fato pegar, a milenar amizade entre homens e caninos só tende a se fortalecer.

Fonte:  Caderno Saúde da Veja Online

Receber uma lambida ou dormir com cães pode ser seguro

Estudo demonstra que levar uma lambida do cachorro ou dividir a cama com ele não oferece tanto risco à saúde como se pensa

Uma pesquisa realizada pela veterinária kate Stenske, da Kansas State University, mostrou que o contato próximo entre cães e os seus donos não traz riscos para a saúde humana. Segundo a pesquisadora, dormir ao lado do cão de estimação ou levar uma lambida no rosto não causa doenças.
O estudo de Kate, que será publicado na próxima edição do American Journal of  Veterinary Research, analisou os riscos relacionados à bactéria Escherichia coli, causadora de problemas comuns como infecções intestinais. Para isso, a veterinária coletou amostras de fezes de cães e de seus proprietários.
A pesquisa demonstrou que, na maioria dos casos, o micro-organismo encontrado nos seres humanos é mais resistente – e, por isso, mais perigoso à saúde – do que o encontrado entre os cães. Em 10% dos casos, cães e seus proprietários compartilhavam o mesmo tipo da bactéria E. coli. Isso quer dizer que, na maior parte das vezes, os humanos são mais perigosos para os cães – ao transmitir uma bactéria mais resistente – do que o contrário. Apesar disso, Kate recomenda sempre ter bom senso na prática da higiene pessoal:  “é fundamental lavar bem as mãos antes de preparar alguma refeição ou de brincar com seu cachorro, por exemplo”
A veterinária afirma ainda que o interesse pelo tema nasceu em função da relação quase paternal que os donos desenvolvem com seus cachorros de estimação. “Há estudos que mostram que 84% das pessoas dizem o cão é como um filho para eles”, diz. Para Kate, a conclusão de seu estudo traz vantagens físicas e psicológicas para cães e proprietários, uma vez que libera os carinhos entre eles.
O próximo passo, segundo Kate, é analisar a relação da E. coli em gatos e seus proprietários. Segundo a veterinária, o estudo pode trazer novidades sobre o tema, já que a relação entre felinos e humanos é diferente da nossa relação com os cães.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A cinoterapia e a Terapia Ocupacional

Cinoterapia é uma nova abordagem terapêutica que tem como diferencial o uso de cães como co-terapeutas no tratamento físico, psíquico e emocional de pessoas com necessidades especiais. Ajudando na realização de atividades lúdicas que estimulam o equilíbrio, a fala, a expressão de sentimentos, a imaginação e o autoconhecimento. 
Profissionais das áreas de saúde e educação acreditam nesse instrumento " o cão" como reforçador, estimulador e facilitador da reabilitação e reeducação global do paciente. Pois eles despertam naturalmente emoções comunicativas no ser humano. 
 Para saber qual o melhor cão para se realizar o tratamento, primeirante deve - se procurar um veterinário  e em conjunto, ele irá orientar o tipo de cão através da parte de saúde pública à da parte fisiológica e comportamental dos animais, além da interação animal-paciente.
 O diferencial da cinoterapia em relação à equoterapia é o tipo de estímulo dado ao paciente, o tratamento com cavalos se baseia em estímulos da movimentação pélvica dos pacientes, com o andar dos cavalos, e no equilíbrio para se manter em cima do animal, já com os cães tentamos fazer com que as crianças e os idosos realizem os movimentos que haviam sido perdidos.
Atividade X Terapia

É importante distinguir a atividade assistida da terapia assistida por animais. A primeira não requer um profissional, ou seja, o cão pode ir à uma creche ou asilo para que as pessoas possam acarinhá-lo, por exemplo, não está sendo  direcionado a uma pessoa somente e traz benefícios educacionais, recreacionais ou motivacionais a partir do contato com o animal; já a terapia assistida, necessariamente, tem que ser feita por alguém qualificado. Pois, o trabalho é personalizado de acordo com os objetivos a serem alcançados. Importante lembrar que a cinoterapia é um tratamento complementar, e que não exclui e muito menos substitui o tratamento convencional.
Benefícios
Os benefícios da terapia com cães são inúmeros, pois o método é válido para todas as idades e circunstâncias, mas no caso de idosos os resultados são bastante satisfatórios e para as crianças, nem se fala.  Elas se sentem mais empolgadas a realizar o tratamento, pois têm a noção de estar no comando, já que quem dá a ordem aos animais são elas. O sucesso do tratamento passa pela sua aplicabilidade e resposta dada pelo paciente. A cinoterapia favorece a socialização, abre espaço para a convivência em grupo, ajuda na inclusão de crianças com necessidades educativas especiais, permitindo trabalhar a emoção, a comunicação, a marcha, a coordenação motora fina e grossa, o equilíbrio dinâmico e estático, a fala, a afetividade, o companheirismo, a atenção, o interesse, a tolerância.Mas não são somente os pacientes que saem ganhando, não, para os cães - co-terapeutas, isso é um excelente negócio. Pois, eles precisam gastar energia e, com essa atividade, trabalham a parte de sua socialização e equilíbrio emocional.
Fonte: Blog terapia ocupacional

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Na companhia de animais, a cura para humanos

Rancho americano cura e reabilita animais de fazenda maltratados e convida visitantes com deficiências emocionais e físicas a interagir com eles 

Sophie é uma cabra cujo gosto literário está mais voltado para best-sellers famosos, segundo Solana Mejia-Schnaufer, que lê trechos da obra em voz alta para ela várias vezes por semana. "Sei que ela gosta de Jogos Vorazes porque não tentou comer o livro. Não posso dizer o mesmo de Libertação Animal."
Solana, de 21 anos, e Sophie se conheceram no Gentle Barn, um rancho de 20.000 metros quadrados em Santa Clarita, na Califórnia. O local cura e reabilita animais de fazenda maltratados e convida visitantes com deficiências emocionais e físicas a interagir com eles. A interação com Sophie "mudou a minha vida", diz Solana, cuja batalha contra a depressão e os transtornos alimentares a levou a uma tentativa de suicídio este ano. Ela atribui a Sophie, que foi resgatada de um mini zoológico onde era maltratada, o sucesso de sua recuperação.

"Antes de visitar o Gentle Barn, nada me dava a esperança de que valia a pena viver", ela diz. "Mas quando conheci Sophie, vi que ela tinha a calma mais incrível e a energia mais aberta do mundo. Houve uma troca de amor entre nós da qual eu estava precisando."

Hoje, Solana trabalha como voluntária no Gentle Barn, além de ter se tornado a "pessoa especial" de Sophie, visitando-a pelo menos duas vezes por semana para compartilhar seu companheirismo e um bom livro. "Sophie é como um totem que carrego comigo o tempo todo", ela diz. "Saber que posso visitá-la me manteve viva."

Segundo sua fundadora, Ellie Weiner, o Gentle Barn é a concretização de um sonho de infância: "Eu era uma daquelas crianças que levam animais perdidos e machucados para casa. Meus pais não gostavam muito." Ela diz que foi o seu amor por animais que a ajudou a atravessar a infância enquanto era vítima de violência doméstica. "Os animais me salvaram e me curaram. Se eles puderam fazer isso por mim, podem fazer por outros também."

Em 1999, Weiner abriu as portas do rancho para visitantes, e é conhecida por organizar programas para jovens em situação de risco, através de serviços locais para famílias e crianças. No rancho, membros de gangues urbanas, dependentes químicos e jovens vitimas de violência doméstica podem alimentar uma vaca, abraçar um porco, ou simplesmente tentar encontrar um pouco de paz em um cenário rural. Antes dos grupos conhecerem os animais, Weiner, ou seu marido Jay, contam a história de abuso e superação de cada um deles.

Segundo Jamie Lynn Cantor, administradora de serviços para a infância do Departamento de Serviços Para a Infância e a Família, no nordeste de Los Angeles County, isso é muito importante para se ganhar a confiança de crianças problemáticas. "Elas ouvem as histórias desses animais que, após terríveis abusos, conseguiram aprender a amar e confiar novamente. E principalmente, aprendem que há esperança para o futuro e que elas poderão ter uma vida cheia de amor e de pessoas para amá-las. Elas voltam a ter esperança." Cantor tem trazido grupos de crianças em situação de guarda familiar para o Gentle Barn desde 2008. Ela já viu muitos deles formarem laços de amizade com um pônei chamado Bonsai, cuja antiga dona, alcoólatra, costumava agredi-lo violentamente.

"Um número enorme de crianças se identificaram, dizendo 'Minha mãe também fazia isso'." Ela afirma ainda que, embora tenha demorado três anos para que Bonsai começasse a confiar nas pessoas novamente, ele hoje é um pônei brincalhão, com um carinho em particular por crianças com necessidades especiais.
"É muito diferente das terapias tradicionais. Não há qualquer tipo de sondagem ou de regras", diz Cantor, que lembra de um jovem que ficou amigo de um enorme porco chamado Biscuit. "O garoto havia sofrido abuso sexual e era muito retraído. Assim que ele viu o porco, começou a se abrir um pouco mais. Ele ficou deitado ao lado de Biscuit por duas horas, abraçando e falando com ele. O pobre garoto teve uma experiência de cura e saiu daqui sorrindo."

Cantor está compilando informações para um pesquisa que se chama "Curando Jovens Através dos Animais". Ela afirma que, até agora, os resultados de uma visita ao Gentle Barn "oferecem melhorias significativas na felicidade e autoestima do jovem, além de reduzir os níveis de raiva, ansiedade, desesperança, depressão e solidão".

Don McCollister é diretor de relações comunitárias da Pacific Lodge Youth Services, em Woodland Hills, Califórnia, instituição sem fins lucrativos que oferece tratamento a adolescentes do sexo masculino em liberdade vigiada. A maioria dos moradores é de membros de gangues "à beira de uma importante decisão na vida", diz McCollister. "Se eles não mudarem alguns pontos cruciais, poderão acabar passando a vida na cadeia."

Ele afirma ainda que, já que os garotos entram para as gangues muito jovens, sua organização é obrigada a lidar com anos de condicionamento negativo. Ele leva grupos ao Gentle Barn duas vezes por mês, como parte da programação de atividades. "Temos entre seis e nove meses para fazer com que algo positivo aconteça dentro deles. O Gentle Barn é um ótimo catalisador para isso."

Segundo McCollister, durante uma visita, havia um membro de gangue "muito durão e muito agressivo" que ficou em silêncio ao ouvir a história de um cavalo que havia sido espancado repetidas vezes. Mais tarde, descobriu-se que, na infância, o pai do rapaz havia lhe quebrado os braços várias vezes. "O jovem foi visto depois nos fundos do estábulo, chorando e acariciando gentilmente a cabeça do cavalo, repetindo várias vezes: 'Ninguém vai te machucar agora'." McCollister afirma que uma visita ao Gentle Barn tem o poder de "deslumbrar um jovem, mostrar a ele compaixão e empatia e, principalmente, convencê-lo de que sua história não acabou. Ele ainda pode mudar e viver uma vida feliz e significativa".

Segundo Weiner, manter o Gentle Barn custa 50.000 dólares por mês. O financiamento vem de doações individuais, através do website, de doações familiares, de apoios corporativos e de fundações. Entre os principais doadores, estão Ellen DeGeneres, Toyota, CBS, William Morris Endeavor e Princess Cruises.

Fonte: Veja

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Idosas participam de terapia com cães

Fortaleza. Idosas da Casa de Nazaré, no Bairro do Montese, na Capital, estão sendo beneficiadas com projeto da entidade Terapia Assistida por Cães (TAC). Todas as segundas e quarta-feiras, cerca de 13 senhoras da Casa participam de atividades de fisioterapia, com a participação de dois cãezinhos das raças Poodle e Shih-tzu.
A presença dos animais nas visitas motiva as idosas a apresentarem estímulos comportamentais, físicos e psíquicos. A iniciativa é a primeira ação da TAC fora de São Paulo, onde a entidade está sediada. Tem como investidor social a MSD Saúde Animal e segue o mesmo modelo do trabalho realizado no Recanto das Vovós, instituição para idosas em São Paulo.
Equipe multidisciplinar formada por fisioterapeutas, veterinários, zootecnistas, psicólogos, pedagogos e condutores de cães coordena as visitas. Na Casa de Nazaré, a equipe é formada pela psicóloga Ingrid Coelho, o fisioterapeuta Allan Fechine e a condutora dos cães, Narriman Borges.
O diretor da TAC, Vinícius Ribeiro, também fisioterapeuta, avalia que a atividade está tendo resultado muito positivo e prova a eficiência da terapia assistida por cães. Em São Paulo, a TAC realiza trabalho similar com crianças autistas; crianças portadoras de doenças mentais junto ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); com dependentes químicos na cidade de Cruzeiro, interior paulista; e com crianças portadoras de câncer da AC Camargo, também naquele Estado.
No trabalho com os idosos, a participação dos cães garante um diferencial. A zootecnista da TAC, Sara Favinha, diz que o cão favorece diferentes exercícios de fisioterapia feitos pelos idosos, nos movimentos de pernas, braços, tronco e abdome. “Com a idade, os idosos tendem a ficar mais parados. Nas sessões com os cães, eles se movimentam mais, além de que há um resgate da vontade de viver, de se cuidar, devido à ligação emocional com o cão”, destaca.
Autoestima

Sara Favinha é zootecnista da TAC
A coordenadora do time de iniciativas socioambientais da MSD Saúde Animal, Sandra Alves, explica que os psicólogos e fisioterapeutas consideram o tratamento ideal para levar alegria e descontração aos pacientes, pois a terapia tem impacto direto na autoestima, humor e disposição do idoso.
A MSD Saúde Animal, que tem uma de suas fábricas em Fortaleza, é a unidade de negócios global de saúde animal da Merk. Oferece a veterinários, fazendeiros, proprietários de animais de estimação e governos uma variedade de produtos farmacêuticos veterinários, vacinas e soluções e serviços de gerenciamento de saúde.
A empresa prioriza a melhoria da saúde, o bem-estar e o desempenho dos animais, investindo recursos em pesquisa, com uma rede de suprimentos global e moderna. Está presente em mais de 50 países, enquanto seus produtos estão disponíveis em 150 mercados.
A Terapias Assistidas por Cães (TAC) é uma associação sem fins lucrativos, que presta serviços na gestão e execução de projetos sociais nas áreas da saúde humana, educação e amparo a crianças e adolescentes carentes, ações de prevenção, habilitação e integração à vida comunitária de pessoas portadoras de deficiência. Utiliza como base de seus programas a interação entre o ser humano e o animal, no caso o cão.
Segundo Vinícius, é essencial o trabalho ser feito por uma equipe multidisciplinar. A partir de 2012, a TAC pretende oferecer curso regular em terapia com animais.

Fonte: Diario do Nordeste

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Exposição Momentos – O Olhar em 4 Patas na Galeria Jean Boghici

Mostra fotográfica registra a troca de afeto entre animais e pacientes


Leo Santos
A partir da próxima semana, o Projeto Pêlo Próximo, lança na Galeria Jean Boghici, em Ipanema, Rio de Janeiro, a ‘Mostra Fotográfica “Momentos – O Olhar em quatro patas’. A mostra apresenta através de registros fotográficos, o trabalho voluntário de cães e aves terapeutas e o resgate de afeto nas visitas em cinco instituições que cuidam de crianças, portadores de necessidades especiais e idosos”.

Carol Camanho
Desde o início do ano, cinco fotógrafos profissionais (Carol Camanho, Bruna Prado, Luciana Botelho, Raquel Lima e Leo Santos) vêm acompanhando e registrando as visitas do grupo. O público terá a oportunidade de acompanhar o trabalho de TAA (Terapia Assistida por Animais) e AAA (Atividade Assistida por Animais) desenvolvido pelo Projeto Pêlo Próximo e conhecer de perto os benefícios da interação “homem–animal” proporcionados aos pacientes. A Mostra ainda dedica uma parte da exposição aos animais abandonados.
Raquel Lima
A Mostra Coletiva ‘Momentos – O olhar em 4 patas’, será inaugurada no dia 10 de novembro e ficará aberta ao público de 11 de novembro a 10 de dezembro com entrada franca. Juntamente com a Mostra, o Projeto Pêlo Próximo lançará o calendário 2012, onde parte da renda obtida com sua venda,será revertida para ajudar 250 animais abandonados do Abrigo João Rosa.

A Mostra Coletiva Momentos - "O olhar em 4 patas" conta com o patrocínio exclusivo da Bayer.



Mostra Fotográfica Momentos – O Olhar em 4 Patas
11 de Novembro à 10 de Dezembro – 14h às 20h
Galeria Jean Boghici
Rua Joana Angélica, 180 - Ipanema

Projeto Pêlo Próximo no Programa Especial da TV Brasil

Hoje no Programa Especial da TV Brasil (canal 18 da Net) a partir das 19h30, matéria com o Projeto Pêlo Próximo na Obra Social Dona Meca. Não Percam!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Como escolher o cão certo para quem está doente


Baseada em características como comportamento e tamanho, a compra ou adoção de um cachorro pode ajudar no tratamento de saúde

Lívia Machado, iG São Paulo

Quando o medicamento resolve a dor, mas não repõe sentimentos de felicidade e vontade de viver, a medicina cede lugar a métodos alternativos.
Comprar ou adotar um cachorro compatível com as diferentes exigências impostas por doenças ou necessidades especiais pode revolucionar o quadro de quem é afetado por depressão e câncer, melhorar a qualidade de vida de cadeirantes e autistas, além de preencher o vazio dos solitários.
Embora não exista uma raça específica para cada tipo de doença ou limitação, é possível selecionar o cão mais adequado combinando perfis. Terapeutas e veterinários ajudam no processo seletivo para que a companhia e a interação com o animal seja revertida em melhora da saúde.
 “Podemos indicar os mais habilitados, com perfis compatíveis às necessidades de cada paciente. Nem todo animal é capaz de exercer a função de terapeuta”, alerta Alberto David Cohen, veterinário e dono da clínica Pet Angels, em Ipanema, no Rio de Janeiro. A experiência dele no uso de animais de estimação como tratamento é consequência não apenas da rotina no consultório, mas reflete um pouco de sua história familiar.
"Minha irmã é cadeirante e precisou de um cachorro que adequado às limitações físicas dela. O animal precisa pular no colo facilmente. Ele não pode ser estabanado e atrapalhar os movimentos do dono. Hoje, após ensinamentos e treinos, o cachorro é um  facilitador, responde aos comados de voz, pega muitas coisas para ela, além de ser um grande companheiro."
O par perfeito
Uma grande variedade de cães pode ser usada como coadjuvante no tratamento de doenças. Embora as diferentes raças deem pistas do comportamento do animal, o perfil não é universal, explica o veterinário. Cachorros disponíveis para adoção também são muito recomendados, pois o vira-latas é um bicho carente por natureza, disposto a dar atenção e a receber carinho. Além disso, o comportamento deles, no dia da escolha, já está definido.
“Filhotes podem ser educados e treinados, mas cães já crescidos terão menos risco de alteração comportamental”, diz Cohen.
O especialista ensina: é fundamental combinar as características do bicho com as principais necessidades do paciente. Crianças em tratamento contra o câncer, por exemplo, precisam de animais alegres e companheiros, que estimulem a brincadeira e, ao mesmo tempo, demandem carinho e atenção. Nesse grupo, é possível escolher entre maltês, poodle, pug, cocker spaniel e fox paulistinha, sugere o especialista.
“Raças pequenas ficam em vantagem quando a debilidade dos pacientes é um determinante. Animais maiores também podem ser animados e carinhosos, mas exigem, além de espaço, uma mobilidade que nem sempre o doente tem para dar.”
O processo deve ser baseado em qualidades e na exclusão de certos “defeitos” do bicho, defende Ceres Faraco, terapeuta e veterinária, coordenadora do Programa de Terapia Mediada por Animais em algumas unidades dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da infância e adolescência, em Porto Alegre.
"Ele precisa ser capaz de se apegar e ter bastante energia. É a interação com o animal que estimula o doente a sair do estado introspectivo e ser mais sociável. O cachorro também não pode ser agressivo, precisa compreender voz de comando e ter o latido controlado. Algumas raças tendem a desenvolver problemas de coluna, doenças de pele e degenerativas. Isso também deve ser analisado e excluído, pois pode ser prejudicial à relação com o paciente.”
A médica usa os animais como ferramenta de trabalho. Os cães são selecionados de acordo com as características do grupo atendido. A escolha é baseada em temperamento, personalidade e, por último, raça. Hoje, Ceres tem como membros de sua equipe três animais: duas fêmeas (border collie e lhasa apso) e um macho (fox paulistinha).
No trabalho desenvolvido pela especialista, o trio de cães é a pedagogia usada para tratar crianças com transtornos de desenvolvimento, autistas e portadores da síndrome de down. “Eles ajudam a melhorar a locomoção e estimulam a fala. É preciso que a criança fale para que o cachorro entenda comando de voz.”
Na alegria e na tristeza
Em quadros de tristeza e depressão pesam outros critérios de escolha, principalmente quando o cão será companhia de idosos. Segundo Cohen, o golden retriver e o pug são duas raças muito apegadas ao ser humano. Fazem companhia sem incomodar e têm oscilações de humor similares ao quadro da doença no homem.
“São muito indicadas para quem tem mobilidade diminuída por conta de depressão. Eles alternam períodos de grande agitação com calmaria extrema. Ajudam a colocar a pessoa em movimento, sem exigir demais.”
Quando o objetivo não é aliviar os sintomas clássicos de quadros depressivos, apenas romper a solidão e combater o sedentarismo, o cachorro deve exigir do dono participação, interação, latir pouco e ser menos ativo: bulldog, chow-chow e o rusky siberiano são companheiros perfeitos.
Simbiose
A presença de animais em hospitais e clínicas não é uma estratégia nova. Usá-los como “cuidadores”, porém, é um recurso que vem ganhando força ao longo dos anos. No mundo ocidental, os queridinhos do homem – saudáveis ou enfermos – são os cachorros.
 “O cão é um facilitador. Ele transcende a função de ser bicho e representa esperança e o bem-querer. Consegue tirar o foco da dor, ou do estado de depressão", professa Hannelore Fuchs, psicóloga e veterinária.
Pioneira em explorar o efeito medicinal dos animais, Hannelore insere os mais diversos bichos em leitos hospitalares há 13 anos. Ela é fundadora e coordenadora do Projeto Pet Smile – que agora será transformado em ONG – e recruta de cachorros a porquinhos-da-índia para ajudar no tratamento de pacientes internados.
Na visão da especialista, embora a interação seja extremamente benéfica para o homem e, de fato, ajude no processo de recuperação, a relação jamais deve ser prejudicial para uma das partes.
“É preciso olhar para o doente, entender o que ele precisa e saber se o animal é capaz de oferecer tais benefícios de forma harmônica", diz a fundadora do Pet Smile.
No conceito dela, os animais são preparados dentro de casa, pelos próprios donos, para trabalhar como “médicos” da ONG. Não existe adestramento, mas educação, afeto e cuidados. A psicóloga exige boas maneiras. Qualquer cão de trabalho voluntário, como ela define, precisa ser ‘boa gente’.
Na tradução, a expressão significa que o animal deve atender aos comandos, compreender dicas não verbais e saber se comportar no meio de outras pessoas e bichos. É preciso também que ele tenha noções de obediência básica e aceite, por exemplo, mãos desajeitadas de crianças com deficiência.
“É um processo longo que só é possível se o dono tiver um bom relacionamento com o cachorro. A medicina animal funciona quando dono e pet ganham com tal interação.”

 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

ESTAMOS ENTRE OS TOP 30 DA SEMANA! CONTINUEM VOTANDO!!

A votação segue até o proximo dia 22/11. Ajude-nos a ser TOP 1 na categoria Saúde Corporativa. Basta clicar no selo ao lado.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pêlo Próximo organiza campanha e festa do Dia das Crianças para os pacientes do Abrigo Betel em Duque de Caxias

No ultimo dia 23 de Outubro, voluntários e cães do Projeto Pêlo Próximo, organizaram a festa de Dia das Crianças para os pacientes da Casa Abrigo Betel, localizada em Nova Campina, Duque de Caxias. Durante todo o mês, os voluntários arrecadaram doações para a instituição, que atende cerca de 45 pacientes com patologias que vão de síndrome de Down, esquizofrenia e paralisia cerebral. Foram doados 100 kgs de nhoque, alimentos não perecíveis, roupas e material de higiene.
As crianças e adultos do Abrigo tiveram a oportunidade de interagir com os animais, e alguns ainda realizaram exercícios lúdicos com pernas e pés, coordenados pelos voluntários, exercícios com arco e alguns cães puxaram  as cadeira de rodas, levando os cadeirantes para um passeio.
“Os voluntários que participaram dessa visita ficaram emocionados. Foi um grande aprendizado, uma lição de amor, solidariedade e respeito ao próximo. Levamos muita alegria para essas pessoas tão especiais. Em Dezembro, pretendemos voltar e proporcionar a eles uma grande festa de Natal” – finaliza Roberta Araújo, coordenadora geral do Projeto Pêlo Próximo.

Conheça a Casa Abrigo Betel

Implantado em 2000, a Casa Abrigo Betel, atende as pessoas com deficiências, sem discriminar o tipo de deficiência, com o fato de que sejam acamadas ou não, sexo ou idade.

Todos os abrigados, na época, foram encaminhados pela FIA – Fundação da Infância e Adolescência, começando assim um trabalho árduo e bastante difícil. Ao passar do tempo atendemos todas as exigências da FIA e dos órgãos competentes dentro do município. Passamos também a receber pessoas com deficiência encaminhados pelo Conselho tutelar e do Juizado de Duque de Caxias.
Para ajudar o Abrigo acesse: http://www.abrigobetel.com.br/home.htm

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Crianças da Apae participam do Projeto ‘Pêlo Próximo’

O grupo do Projeto Pêlo Próximo – Solidariedade em Quatro Patas – se apresentou no último sábado (08/10), na Escola de Educação Especial da Apae de Nova Iguaçu Professora Sheila Gama, no bairro Jardim Margarida.  A visita, promovida em parceria com a Prefeitura, teve como objetivo chamar a atenção para a importância do  trabalho de pet terapia, que utiliza o contato com animais para fins terapêuticos. O grupo apresentou uma encenação sobre a importância de se tratra bem os animais.


A secretária municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Daniela Marques, explicou que o trabalho realizado pelo Projeto Pêlo Próximo é fundamental  para  auxiliar diversas atividades dos alunos. “O convívio com os animais ajuda a desenvolver a afetividade, psicomotricidade, autoestima e senso de responsabilidade, entre outros benefícios”, concluiu a secretária.  A proposta é levar o Projeto Pêlo  Próximo à Escola Municipal Paul Harris e ao Ciesp Castorina Faria Lima.


A microempresária Roberta Araújo é uma das coordenadoras do Projeto Pêlo Próximo. Ela explicou que a iniciativa surgiu da vontade de um grupo de pessoas em mostra os benefícios do contato com os animais. “Fizemos pesquisas e cursos para montarmos as equipes com os cães. Quero destacar que é fundamental que as pessoas tratem bem os animais, alimentando-os e mantendo-os sempre limpos. As crianças adoram cachorros e interagem muito bem com eles nos nossos trabalhos”, disse Roberta, acrescentando que a equipe conta com 35 voluntários de diversas áreas e 30 animais.


Adestradora do Projeto Pêlo Próximo, Elaine Natal, enfatizou que é feita uma avaliação com os cães para testar a agressividade deles com brinquedos, pessoas e outros animais. A outra etapa é ensinar o cachorro a ficar “insensível” a diversos fatores como gritos e barulhos de cadeira de rodas, por exemplo. “Esse trabalho leva uns dois meses, mas é gratificante saber que podemos ajudar na recuperação das pessoas. Isso  não tem preço”, resumiu, enquanto observava os voluntários na quadra com os cachorros e alunos.


A estudante Nayara Chaves, 12 anos, deixou a mãe Silvanete Ferreira, 34, sentada na cadeira e foi brincar com os cães.  Silvanete disse que gostou da iniciativa da Prefeitura em trazer o Projeto Pêlo Próximo para interagir com as crianças. “A Nayara adora cachorros. Ela tem um, o Snoopy, e brinca muito com ele”, disse a mãe, observando a filha deitada na barriga de um dos cães do projeto.


Andando de um lado para o outro na quadra, Amanda Gonçalves Rocha, 6, não parou um só minuto de brincar com os cachorros. Observada de perto pela mãe Miriam Gonçalves, 32,  a menina alisou o pêlo e abraçou os cães. “A Amanda adora bichos. Ela é hiperativa. Compramos um cachorro e percebemos que ao interagir com o cão ela ficou mais calma”, contou Miriam.

Ao final do evento, a presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Nova Iguaçu, Maria Leonor de Almeida Esteves, e o diretor da   Escola de Educação Especial da Apae de Nova Iguaçu Professora Sheila Gama, Wanderley Sabino, concederam moções de honraria aos integrantes do Projeto Pêlo Próximo.

Mais informações sobre o Projeto Pêlo Próximo podem ser obtidas pelo telefone 9622-8392 (Roberta) ou pelo site www.peloproximo.com.br. O email do projeto é: peloproximo@gmail.com. 


Fonte: Correio Cidadão

sábado, 8 de outubro de 2011

Pet terapia: o outro lado da Guarda Civil

Guardas e cães se unem para levar amor e alegria aos pacientes do Hospital Municipal Irmã Dulce
 
 
Jairo Marques
Guardas e cães se unem para levar amor e alegria aos pacientes
Quem observa o inspetor Wagner Geraldo da Silva interagindo com crianças internadas na Pediatria do Hospital Municipal Irmã Dulce, ao lado da border collie Serena, não o associa ao setor de segurança pública, mas ele trabalha na Guarda Civil Municipal (GCM) de Praia Grande. Incentivadas pelo inspetor, as brincadeiras de Serena ajudam pacientes infantis e adultos a enfrentar o processo de internação com mais tranquilidade, revelando que segurança e saúde podem caminhar juntas. Nos momentos de visita da mascote, que atua no projeto Pet Terapia (ou terapia assistida com animais) do Irmã Dulce, surge um lado da guarda pouco conhecido da comunidade.

No I Encontro Regional de Pet Terapia Hospitalar do Complexo de Saúde Irmã Dulce, realizado na terça-feira (4) no anfiteatro do hospital, o inspetor contou sobre a participação do Canil da GCM na pet terapia, inicialmente com o labrador Chocolate, atualmente com Serena. Brincalhão, o labrador foi reprovado no quesito incontinência urinária, já que machos costumam urinar para marcar território: “Acho que Chocolate ‘batizou’ todos os cantos do hospital”, brincou. “A Serena é um pouco hiperativa, mas buscamos achar o ‘timing’ dela.”

Para fazer a terapia assistida, os cães passam por uma avaliação prévia que verifica que correspondem ao perfil necessário, tendo que ser dóceis e obedientes. A próxima etapa é passar por treinamento.

Estando com a saúde perfeita, vacinados e vermifugados, eles tomam banho e têm as patas higienizadas antes de entrar no hospital. Os cães que fazem pet no Hospital Guilherme Álvaro (HGA), como a golden retriever Lea, também presente no encontro, usam até sapatos especiais.

Curso - A convite da fonoaudióloga Eliane Selma do Valle Blanco, responsável pela pet terapia no Hospital Irmã Dulce, o Canil da GCM aceitou ser parceiro e demonstrou, na pessoa do inspetor Geraldo, interesse em aperfeiçoar a ação, participando de curso sobre zooterapia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, em Pirassununga (SP).

Outra iniciativa foi uma mudança visual. Para se apresentar de forma mais leve às crianças, a guarda inovou com uma camiseta azul clara com a inscrição “Canil” ao invés da tradicional farda escura, que permanece na calça e coturnos.

Triste pela morte do rottweiler Blade na semana anterior, cão da guarda que ficou nacionalmente conhecido por aparecer num programa de televisão, o inspetor Geraldo citou momentos marcantes em suas visitas com Serena ao Irmã Dulce. “Lembro de uma senhora idosa que chorou quando viu a Serena porque se lembrou do animal que ela teve. Emocionou-se ao reviver um momento da vida dela”, citou. “E de um amigo bombeiro internado aqui, um homem forte, que reagiu com tanta alegria quando viu o animal que quase pulou da cama.”

A médica Lessina Coelho Reis e Silva, que levou a golder Lea e o poodle Lumpy, ambos cães-terapeutas no HGA, observou que o animal tem o poder de fazer emergir a espontaneidade das pessoas, inclusive de profissionais que vivenciam momentos difíceis. Contou que certa vez chorou com uma criança que chorava por querer ficar com o cão. “Ficamos frios diante de algumas situações”, pontuou. “Não conseguia me lembrar da última vez que havia chorado. Aquela criança chorava de forma tão límpida que eu tive oportunidade de voltar a sentir coisas que já não conseguia sentir por conta do trabalho.”

Representantes das Guardas Civis de Santos e São Vicente compareceram ao I Encontro Regional de Pet Terapia Hospitalar do Irmã Dulce, promovido pela Comissão de Humanização do complexo. Para o inspetor Geraldo, aumenta o interesse nessa atuação: “Nosso foco é a recuperação dos pacientes. Espero que, com este evento, a pet terapia hospitalar tome uma proporção maior na região”.

Fazendo um balanço positivo do encontro, a Comissão de Humanização espera realizar o segundo evento do tipo em 2012, reunindo não apenas hospitais da Baixada Santista, mas também outros de São Paulo e região, gerenciados pela Fundação do ABC (FUABC). “O intuito foi chamar atenção para a importância terapêutica da pet terapia hospitalar, já que no Irmã Dulce temos resultados excelentes com a Satine e a Serena. Inclusive, queremos ampliar o projeto com novos animais e voluntários”, avaliou a coordenadora da comissão, Nádia Regina Almeida Manzon. “Esperamos contar com um número maior de hospitais participantes e ampliar a programação no próximo ano.”
 
Fonte:PG Noticias

Uma visita mais que especial

Os voluntários do Projeto Pêlo Próximo, realizaram exercícios fisioterápicos estimulando os pés e mãos, como a massagem no cão e escovação de pelos, jogo de boliche,arco, tração com a cadeira de rodas e o Pet Health, onde as crianças tiveram a oportunidade de examinar os animais e auscultarem o coração dos cães.
A visita na Apae de Nova Iguaçu surgiu através do convite da secretária Daniela Marques, responsável pela Secretaria Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Nova Iguaçu.
"Talvez muitas pessoas não saibam, mas os animais podem ajudar muitos pacientes no tratamento de doenças. Pensando nesta alternativa a Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Semdpdef) convidou a equipe do Pêlo Próximo para mostrar para as crianças da Apae, da Escola Municipal Paul Harris e do Ciesp Castorina Faria Lima o trabalho desenvolvido com os pets. “A pet terapia é um grande auxílio na recuperação de pacientes. Pretendemos, com esta visita, estimular nos alunos o senso de respeito pelos outros, assim como sentimentos de cuidado, amor e  companheirismo  ”, disse a secretária Daniela Marques.
Extremamente dóceis, os cães terapeutas do Projeto Pêlo Próximo estão sempre com a vacinação e vermifugação em dia e com sua saúde perfeita. Além dos 30 cachorros que compõem o staff de ‘terapeutas’, o projeto conta com o apoio de voluntários  de diversas áreas, entre eles veterinários, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
“Ficamos muito felizes com o convite da secretária, e esperamos ajudar de forma mais efetiva a população com deficiência do município usando os nossos co-terapeutas como facilitadores para o sucesso dos tratamentos desenvolvidos pelos profissionais da área de saúde".– finaliza Roberta Araújo, coordenadora do Pêlo Próximo.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Cães-terapeutas são destaque no I Encontro de Pet Terapia

Satine, Serena, Freud, Lea e Lumpy têm em comum uma “profissão” especial: são cães-terapeutas hospitalares. Todos estavam presentes no I Encontro Regional de Pet Terapia Hospitalar do Complexo de Saúde Irmã Dulce de Praia Grande, ocorrida terça-feira (4), ao lado de seus donos - pessoas que acreditam na interação homem e animal como sinônimo de saúde. Pet terapia, também chamada de zooterapia existe no Irmã Dulce desde 2009.
Realizado exatamente no dia em que se comemora o Dia Mundial dos Animais e de são Francisco de Assis, o evento reuniu cerca de 100 pessoas no anfiteatro do hospital. Profissionais de saúde e segurança, voluntários, pacientes, funcionários e interessados em saber mais sobre o tema marcaram presença. A abertura foi feita pelo secretário de Saúde de Praia Grande, Adriano Springmann Bechara.
A presença dos cães deixou evidente o quanto eles contribuem com sua alegria para humanização no atendimento. Para quem ainda tinha dúvidas sobre os resultados positivos da pet terapia, o médico pediatra Paulo Sérgio Baldin, um dos palestrantes, citou estudo publicado pelo American Journal of Critical Care, em que se avaliou 75 pacientes de Terapia Intensiva. O grupo que interagiu com animais por 12 minutos apresentou índices clínicos melhores que o que não interagiu. 
 Baldin foi o percussor da pet terapia na região, ao levar o labrador Nanquim ao Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos. Ele falou dessa experiência, relatando que observou bom resultado em psiquiatria. Hoje, a pet no HGA está a cargo da organização não-governamental Dr. Au Au, conduzida pela jornalista Victória Girardelli, presente no encontro com seu schnauzer Freud.
Pouco antes da abertura, os cães Freud e Victória circularam pelas alas e visitaram a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto. “Estivemos na UTI e foi emocionante. Fomos conhecer o hospital, roubando a vaga da Satine, brincou a jornalista.”
 Para os pacientes – crianças e adultos, a visita do cão traz bem-estar e alegria, ajudando a fortalecer a imunidade, proporcionando calma, estimulando a interação social e colaborando para equilibrar a pressão arterial. “Estudos mostram que eles são capazes de auxiliar no tratamento de vários tipos de doenças, psíquicas e físicas”, afirmou Victória.
 Para a médica Lessina Coelho Reis e Silva, ao lado do poodle Lumpy e da golden retriever Lea, o animal reduz o estresse no trabalho hospitalar: “A melhora não é só para o paciente, mas para funcionários e acompanhantes, que também relaxam”, disse.
 A ideia de promover um encontro regional partiu da fonoaudióloga Eliane Blanco, proprietária da golden retriever Satine e responsável pela pet terapia no Irmã Dulce, com o apoio da Comissão de Humanização. Em seu relato, Eliane contou como funciona o projeto, a colaboração do Canil da Guarda Civil Municipal e os desafios de como ampliar o atendimento com novos cães e transformar o projeto em programa.
A participação do Canil da Guarda Civil Municipal de Praia Grande despertou o interesse de corporações de Santos e São Vicente, que prestigiaram o encontro. Com a border collie Serena, o inspetor Wagner Geraldo da Silva falou sobre a atividade, citando que buscou aprimorá-la fazendo curso em Pirassununga, promovido pela Faculdade de Veterinária da USP.
Dicas sobre perfil de animais para a pet terapia e como o dono deve agir, foram dadas pela veterinária Maria Fernanda Gonçalves, que responde pela Divisão de Controle de Zoonoses da Sesap. Entender o animal, respeitar seus limites, demonstrar agrado e cuidar da sua saúde foram alguns conselhos. E, como todo profissional, ter descanso e momentos de descontração. “O animal precisa fazer o que quer, agindo espontaneamente”, concluiu a veterinária.
Pet terapia - o outro lado da Guarda Civil
Incentivadas pelo inspetor Wagner Geraldo da Silva, as brincadeiras de Serena ajudam pacientes infantis e adultos a enfrentar o processo de internação com mais tranquilidade, revelando que segurança e saúde podem caminhar juntas. Nos momentos de visita da mascote, que atua no projeto Pet Terapia (ou terapia assistida com animais) do Irmã Dulce, surge um lado da guarda pouco conhecido da comunidade.
No I Encontro Regional de Pet Terapia Hospitalar do Complexo de Saúde Irmã Dulce, realizado na última terça-feira (4) no anfiteatro do hospital, o inspetor contou sobre a participação do Canil da GCM na pet terapia, inicialmente com o labrador Chocolate, atualmente com Serena.
Para fazer a terapia assistida, os cães passam por uma avaliação prévia que verifica que correspondem ao perfil necessário, tendo que ser dóceis e obedientes. A próxima etapa é passar por treinamento. Estando com a saúde perfeita, vacinados e vermifugados, eles tomam banho e têm as patas higienizadas antes de entrar no hospital. Os cães que fazem pet no Hospital Guilherme Álvaro (HGA), como a golden retriever Lea, também presente no encontro, usam até sapatos especiais.
CURSO - A convite da fonoaudióloga Eliane Selma do Valle Blanco, responsável pela pet terapia no Hospital Irmã Dulce, o Canil da GCM aceitou ser parceiro e demonstrou, na pessoa do inspetor Geraldo, interesse em aperfeiçoar a ação, participando de curso sobre zooterapia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, em Pirassununga (SP). Outra iniciativa foi uma mudança visual. Para se apresentar de forma mais leve às crianças, a guarda inovou com uma camiseta azul clara com a inscrição “Canil” ao invés da tradicional farda escura, que permanece na calça e coturnos.
Quem observa o inspetor Wagner Geraldo da Silva interagindo com crianças internadas na Pediatria do Hospital Municipal Irmã Dulce, ao lado da border collie Serena, não o associa ao setor de segurança pública, mas ele trabalha na Guarda Civil Municipal (GCM) de Praia Grande.
Triste pela morte do rottweiler Blade na semana anterior, cão da guarda que ficou nacionalmente conhecido por aparecer num programa de televisão, o inspetor Geraldo citou momentos marcantes em suas visitas com Serena ao Irmã Dulce. “Lembro de uma senhora idosa que chorou quando viu a Serena porque se lembrou do animal que ela teve, emocionou-se ao reviver um momento da vida dela”, citou. “E de um amigo bombeiro internado aqui, um homem forte, que reagiu com tanta alegria quando viu o animal que quase pulou da cama.”
A médica Lessina Coelho Reis e Silva, que levou a golder Lea e o poodle Lumpy, ambos cães-terapeutas no HGA, observou que o animal tem o poder de fazer emergir a espontaneidade das pessoas, inclusive de profissionais que vivenciam momentos difíceis. Contou que certa vez chorou com uma criança que chorava por querer ficar com o cão. “Ficamos frios diante de algumas situações”, pontuou. “Não conseguia me lembrar da última vez que havia chorado. Aquela criança chorava de forma tão límpida que eu tive oportunidade de voltar a sentir coisas que já não conseguia sentir por conta do trabalho.”
Representantes das Guardas Civis de Praia Grande, Santos e São Vicente compareceram ao I Encontro Regional de Pet Terapia Hospitalar do Irmã Dulce, promovido pela Comissão de Humanização do complexo, com o objetivo de chamar atenção para a importância terapêutica da pet terapia hospitalar, já que no Irmã Dulce os resultados com a Satine e a Serena são excelentes, avaliou a coordenadora da comissão, Nádia Regina Almeida Manzon.  (Fonte: Decom/PMPG - fotos: Decom/PMPG e Maitê Morelatto)
Morreu Blad - Vítima de um câncer, morreu no dia 30 de setembro, Blade, cão da Guarda Civil Municipal de Praia Grande que ajudou a divulgar para todo o Brasil, o nome do município, participando com seu treinador, Márcio Rogério Santos, de vários campeonatos.
Segundo Márcio Rogério Santos, a partir da atuação de Blade, as pessoas começaram a reconhecer o canil de Praia Grande como um canil de qualidade, competente, especialmente no trabalho com  cães, afirmando que o rottweiler teve uma passagem rápida, mas marcante. “Aonde nós vamos todo mundo pergunta dele, as crianças vêem os outros cachorros e sempre perguntam: é o Blade?”.
Órfão de amigo e de parceiro de trabalho, Santos aguarda o nascimento do filhote de Brutus, outro rottweiler do canil, que deve nascer em aproximadamente dois meses. “Vou escolher um na matilha, o mais forte e darei o nome de *Aquiles, em homenagem ao Blade, que me deixou uma lição de superação”.  O companheirismo de Blade e de  Santos, ficará na história do Município e no coração dos integrantes da Guarda Civil Municipal. (*Quando Blade chegou ao canil, entregue por seu antigo dono, por ser muito violento, chamava-se Aquiles).
Fonte: Jornal Espaço Aberto

Pêlo Próximo em destaque no Globo Barra