terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Hospedagem Anjo de 4 patas no RJ é denunciada por maus tratos

O Boxer Billy Boy não resistiu e faleceu hoje

Instituições de proteção animal estão denunciando casos de maus tratos ocorridos na Anjo de Quatro Patas, uma casa de hospedagem para animais na zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com as entidades, dois cães morreram no local nos últimos dias.
Uma das instituições que denunciou a casa foi o Abrigo João Rosa, que enviou cães para a Anjo de Quatro Patas. Segundo a voluntária Paula Alves, um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na 44ª DP (Inhaúma) contra a hospedaria.
A Anjo de Quatro Patas, pertencente a uma estudante de Medicina Veterinária, instala animais enviados por abrigos, que pagam pelo serviço. De acordo com Paula Alves, os protetores têm tido dificuldade para entrar em contato com a hospedaria.
Teddy continua internado lutando pela vida
"Nós começamos a perceber que havia algo errado quando ela começou a não deixar a gente ver os animais, a dar desculpas, não atender ligações. Ela só se comunicava com alguns voluntários por SMS. Os cães perderam várias consultas porque ela não deixava pegá-los nem pra levar ao médico", explica.
Segundo Paula, quatro cães do Abrigo João Rosa foram retirados da Anjo de Quatro Patas no domingo. Um deles, um boxer de cerca de 3 anos chamado Billy Bob, morreu em função dos maus tratos. "Segundo a veterinária que o atendeu, ele morreu por inanição. Amanhã teremos o atestado de óbito em mãos."
"O Billy Bob, inclusive, foi levado para a hospedagem porque tinha um problema de pele. Ele foi lá para ser tratado de forma diferenciada, para não ficar no abrigo com outros cães", diz a protetora.
Paula conta que as entidades não desconfiavam da dona da hospedagem, que foi voluntária no próprio Abrigo João Rosa. "Tínhamos plena confiança nela", diz.
A protetora afirma não ter certeza se ainda há cães hospedados na Anjo de Quatro Patas. "A gente divulgou amplamente e pediu que todos que tivessem cães lá os retirassem, mas não temos essa certeza, porque ela não deixou a gente entrar", explica Paula, que recolhe informações e comprovantes para ajudar na investigação.
O Abrigo João Rosa não é o único que acusa a hospedaria de maus tratos. A Casa Diolanda também retirou animais da Anjos de Quatro Patas depois que um dos cães, Marley, morreu. "Na última visita, Marley apresentava uma magreza sem explicação aparente, pois nos foi informado que ele se alimentava muito bem. Porém, quando pegamos seu corpinho, foi verificado que o Marley estava muito magro, muito mais magro do que da última foto que tínhamos dele. Ele estava em estado de caquexia, não tinha mais massa muscular, estava literalmente em pele e osso", escreveu a equipe do abrigo em sua página no Facebook.
Segundo a Casa Diolanda, a entidade tentou contato com a hospedaria logo após a morte de Marley, mas não teve retorno. "O retorno, quando tínhamos, era sempre agressivo, as fotos não vinham, notícias desconectadas", diz a instituição.
Fonte: Terra

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Gato com asas é encontrado na China

Relatos antigos de gatos com asas são bastante conhecidos, mas, no fim de 2008, a imprensa descobriu um exemplar dessa criatura vivendo tranquilamente em uma província chinesa.
De acordo com os especialistas, apesar de as asas não serem prejudiciais à saúde do felino, elas são provocadas por um defeito genético ou doença dermatológica hereditária.

Cães 'diagnosticam' câncer pelo olfato; veja curiosidades sobre pets

Animais de estimação diminuem estresse do dono, controlam pressão arterial e podem identificar câncer pelo olfato

Os animais de estimação colaboram com o bem-estar físico e emocional de seus donos. Entre os benefícios estão diminuição do estresse, aumento de atividade física e até melhora na socialização de crianças autistas. Há também algumas curiosidades: 42% das mulheres preferem ter um pet a uma vida sexual. Confira essas e outras ligações entre bichos e humanos mostradas em pesquisas pelo mundo. 

Sem estresse
Quem tem animal de estimação é menos propenso a sofrer com estresse do que quem não o possui. A pesquisa, realizada ao longo de três anos pelo Instituto de Pesquisa Médica Baker, na Austrália, revelou que os pets auxiliam seus donos a rirem mais, o que diminui os índices de cortisol, hormônio do estresse, e aumenta os níveis de serotonina, substância responsável pela sensação de bem-estar. Fora isso, promovem o controle da pressão sanguínea e do colesterol, além de melhorar a respiração. 

Apoio social e emocional
Animais domésticos proporcionam apoio social e emocional às pessoas. Segundo uma pesquisa da Associação Psicológica dos Estados Unidos, os seus donos mantêm uma relação tão estreita com as pessoas próximas quanto a que têm com seus pets. O cientista Allen McConnel disse que têm mais qualidade de vida e conseguem resolver melhor diferenças individuais.

Menos alergia
Muitos pais se preocupam com a possibilidade de os bebês se tornarem alérgicos a gato ou cachorro por conviver com o animal em casa. Mas, de acordo com uma pesquisa do Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos, a exposição no primeiro ano de vida tem efeito contrário: reduz pela metade as chances. Os especialistas acreditam que a proteção esteja relacionada à maior quantidade de germes na casa. Estilos de vida muito limpos impulsionariam o aumento de alergias e asma, porque não conseguiriam despertar o sistema imunológico.

Sexo x animal de estimação
O livro Money Honey: The Power Of Capital Eroticin (em tradução livre, Dinheiro Doce: O Poder do Capital Erótico) investigou pesquisas internacionais sobre o desejo sexual e a conclusão foi que 42% das mulheres preferem ter um animal de estimação a uma vida sexual.

Autismo
Crianças autistas donas de um cão ou de um gato, por exemplo, a partir dos 5 anos, relacionam-se melhor socialmente do que aquelas que nunca tiveram um, de acordo com um levantamento do Centro de Pesquisa do Hospital de Brest, na França. 

No trabalho
Pesquisadores da Universidade Virginia Commonwealth, nos Estados Unidos, constataram que cães no ambiente de trabalho podem reduzir o estresse e fazer com que o emprego seja mais satisfatório aos funcionários. Durante uma semana, os cientistas compararam os empregados que levavam seus cães para trabalhar com os que não levavam e não possuíam animais de estimação.

Gestantes saudáveis
Ter cachorro ajuda gestantes a serem mais saudáveis, segundo uma pesquisa da Universidade de Liverpool em parceria com o Centro de Pesquisas Waltham, ambos na Inglaterra. Constatou-se que, em conjunto com uma dieta saudável, caminhar com o cão pode ajudar a administrar o ganho de peso e manter a saúde durante a gravidez. As futuras mamães que possuem pets têm aproximadamente 50% mais probabilidade de atingir os 30 minutos recomendados de atividade física por dia.

Fonte: GazetaWeb

Cães de estimação entendem ponto de vista humano, mostra estudo


Animais domesticados, como os cachorros, seriam capazes de entender o ponto de vista humano e usar isto a seu favor, segundo aponta pesquisa da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido.
Juliane Kaminski, pesquisadora do departamento de Psicologia da Universidade, testou o comportamento de 42 fêmeas e 42 machos em um ambiente com diferentes níveis de iluminação para ver se os cães roubariam comida.
A intenção era observar como eles desenvolviam as estratégias para "roubar" a comida, já que todos os cães eram proibidos de se alimentar no local, segundo estudo publicado na Animal Cognition.
Os animais que estavam em locais escuros desobedeciam quatro vezes mais as ordens do que os que estavam nos cômodos iluminados, indicando que os cachorros entendem o que os humanos podem ou não ver. Além disso, o ambiente escuro fez que com que os cachorros pegassem mais comida e de uma maneira mais rápida para não serem descobertos.
Os experimentos foram feitos com muitas variáveis para evitar que os animais tivessem respostas condicionadas, como entender que a escuridão significava obter comida farta e fácil, por exemplo.
"Os resultados mostram que os cachorros decidem que é mais seguro ‘roubar’ comida quando o quarto está escuro, porque compreendem um fator da perspectiva humana", explica.
Fonte: Portal UOL

Estudo diz que cães se reconhecem mesmo com diferença entre raças


Rottweiler é capaz de perceber que poodle é da mesma espécie que ele.
Capacidade ajuda na preservação da espécie, segundo autores.

Apesar de uma grande diversidade entre as diferentes raças, os cães são capazes de distinguir visualmente os indivíduos de sua espécie dos humanos e de outros animais, segundo um estudo francês publicado na revista especializada "Animal Cognition".Existem mais de 400 raças puras de cachorros, com aspectos muito diferentes.
Dominique Autier-Dérian, do Laboratório de Etologia Experimental e Comparada da Universidade de Paris 13 e da Escola Nacional de Veterinária de Lyon, ambas na França, investigou se esta grande diversidade morfológica representava um desafio cognitivo para os cães ao tentar identificar sua espécie.
Mais de 144 pares de imagens foram exibidas em duas telas de computador para nove cães treinados, que tiveram que escolher entre duas imagens. De um lado, foram mostrados rostos de cães de diferentes raças e cruzamentos, do outro lado 40 espécies diferentes, entre animais selvagens e domésticos e seres humanos.
Todos os cães foram capazes de reunir todas as imagens de cães na mesma categoria, apesar da variedade de raças.
"O fato de que os cães são capazes de reconhecer sua própria espécie visualmente, e que eles têm grandes poderes de discriminação olfativa, garante que o comportamento social e de acasalamento entre diferentes raças seja sempre potencialmente possível", dizem os autores do estudo.
"Embora os seres humanos tenham diferenciado a espécie Canis familiaris por seus limites morfológicos, sua entidade biológica tem sido preservada", concluem.
Fonte:Portal G1

Jovem com paralisia cerebral recebe carteira da OAB

Flávia Cristiane Fuga e Silva, de 26 anos, com paralisia cerebral, recebeu sua carteira de advogada, após cinco anos de faculdade e três exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A jovem praticamente não fala e se locomove com o auxílio de uma cadeira de rodas.
Para conseguir passar no temido exame da OAB, Flávia se preparou em cursinho, após a graduação concluída na Universidade do Vale do Paraíba (Univap) em 2005. Tentou duas vezes até a conquista. A prova, com duas fases e cinco horas de duração em cada uma delas, teve o período ampliado para Flávia.
Sem o aumento do tempo seria quase impossível para a jovem escrever a peça profissional – uma simulação de um processo real – da última fase da avaliação. Ela teve direito a oito horas de prova muito bem utilizadas. A mãe a acompanhou: “Nem ir ao banheiro ela quis”, conta.
No exame 133, realizado em agosto de 2007, 84,1% dos 17.871 candidatos foram reprovados. Essa foi a prova em que a moça garantiu o passaporte de advogada. Suas respostas para as questões foram coletadas com auxílio de um teclado virtual, com o qual Flávia forma com a mão esquerda as palavras letra a letra.
Fonte: www.globo.com

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Dentista leva cachorro ao consultório para acalmar crianças

Para muitas crianças (e gente bem crescidinha também), sentar na cadeira do dentista não é dos melhores momentos. Para ajudar os pequenos a aguentarem os momentos de motorzinhos e ferramentas odontológicas, o dentista norte-americano Paul Weiss trouxe de casa uma solução: Brooke, sua cachorra, que vai ao seu consultório todas as quintas-feiras.


A foto acima foi publicada no site de compartilhamento de imagens Reddit e se tornou um viral por lá. Depois, o portal de notícias MSN descobriu quem era o dentista que levava seu animal de estimação para deixar as crianças mais confortáveis.
Às quintas, todas as crianças que têm medo de dentista podem entrar na sala acompanhadas de Brooke. “A sensação de termos uma criança nervosa no consultório e transformá-la em alguém confortável é incrível”, disse o doutor Weiss ao Huffington Post.
A presença do animal não traz nenhum risco à saúde das crianças: em suas visitas, Brooke recebe um avental igual ao dos médicos e a sala é limpa constantemente.

Clínica de animais será obrigada a usar ambulância 'de verdade'

JOHANNA NUBLAT
DE SÃO PAULO


A clínica ou hospital veterinário que ofertar o serviço de transporte de animais em estado grave de saúde deverá equipar o veículo com maca de imobilização, ventilação mecânica, soro, sistema de monitorização do paciente e um médico veterinário.

A ambulância --com equipamentos específicos para animais, mas que lembram os de muitas ambulâncias para humanos-- deverá resgatar os pets em casos de urgência e emergência, como atropelamento, e não poderá fazer o transporte para banho e tosa.
Independentemente disso, a clínica pode oferecer um tipo de transporte simples para os casos menos graves.

Essas são algumas das novas regras instituídas, ontem, pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária. Elas passam a valer em seis meses.
O objetivo é garantir atendimento adequado e evitar a contaminação de outros animais.
"O que não pode é o cliente ter a falsa impressão de que está tendo o atendimento de emergência. Por isso, a exigência do médico veterinário", diz Marcello Roza, integrante do conselho que participou da atualização da resolução.

O conselho também instituiu que hospitais veterinários --serviços que funcionam 24 horas e têm aparelhos diagnósticos-- tenham salas específicas para a vacinação.
Clínicas e consultórios podem continuar vacinando no mesmo local em que é feita a avaliação médica do animal.

O conselho diz acreditar que boa parte dos serviços já atende às novas regras. Em alta no Brasil, o "mercado pet" movimenta bilhões por ano.
Para o presidente da entidade, Benedito Fortes de Arruda, é preciso garantir ambientes que evitem a transmissão de doenças entre os pacientes.

INVIÁVEL'
Adriane Tomimassu, proprietária do Centro Veterinário Pacaembu, em São Paulo, afirmou que as exigências devem inviabilizar o serviço de transporte para tratamento.

A clínica possui um carro que faz o transporte, mas sem os itens da nova norma. O serviço custa, em geral, de R$ 10 a R$ 50. Segundo Adriane, ela teria de cobrar ao menos R$ 300 para compensar a compra dos equipamentos. "E é super-raro um cão precisar de oxigênio no transporte", diz.

Diretora da rede Pet Care, Carla Berl disse que pensou há nove meses em adotar ambulância, mas desistiu devido ao custo. Mas ela afirma ser favorável às normas. "Tem gente que fala que tem ambulância, mas é só um carro."

Fonte: Folha de S.Paulo.

Toxina que alivia


Pesquisa da UFMG mostra que componente do veneno de aranha nativa do Brasil pode ser usado para tratar dores causadas pelo câncer. A substância tem alto poder analgésico e causa poucos efeitos colaterais.
Por: Yuri Hutflesz
O veneno da ‘P. nigriventer’ é neurotóxico e pode causar dificuldade respiratória, vômito, tontura, entre outros sintomas. Como não tecem teias, essas aranhas causam grande número de acidentes. (foto: Jarekt/ Wikimedia Commons – CC BY-SA 3.0)
Aranhas armadeiras não são exatamente o tipo de animal que se gostaria de ter por perto. Além de muito agressivasseu veneno é considerado o mais potente entre os aracnídeos. Paradoxalmente, uma espécie do grupo libera uma toxina analgésica que pode amenizar o sofrimento de pacientes com câncer. Testes com camundongos e ratos sugerem que a substância funciona melhor do que os fármacos utilizados atualmente para esse fim.
A espécie em questão é a Phoneutria nigriventer, tipo de armadeira presente em todo o Brasil e outras regiões da América do Sul e que contém o peptídeo Phα1β (‘Ph alfa 1beta’) em seu poderoso veneno. Além de ter se mostrado eficaz no combate às dores decorrentes do câncer, o uso da toxina nos animais apresentou muito menos efeitos colaterais que outros analgésicos administrados na mesma situação.
De acordo com a farmacêutica Flávia Rigo, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a substância ainda tem a vantagem de não causar tolerância nos pacientes. “Isso ocorre quando, depois de várias vezes administrado, um fármaco passa a ter menos efeito no organismo, o que implica no aumento constante das doses”, explica.
Para testar as propriedades analgésicas da toxina, Rigo separou os animais em dois grupos. O primeiro, formado por camundongos, recebeu células de melanoma nas patas direitas e foi tratado com morfina. O segundo grupo, composto por ratos, foi apenas submetido à quimioterapia, com o medicamento paclitaxel, sem ter desenvolvido câncer.
A substância eliminou totalmente tanto a dor causada diretamente pelo tumor, quanto a decorrente da quimioterapia
A toxina foi administrada quando os animais do primeiro grupo começaram a desenvolver tolerância ao analgésico e os do segundo apresentaram dores agudas, decorrentes do tratamento. O composto foi injetado por via intratecal, diretamente na medula espinhal.
Segundo a farmacêutica, a substância eliminou totalmente tanto a dor causada diretamente pelo tumor, quanto a decorrente da quimioterapia. A analgesia durou seis horas, duas a mais que a provocada pela morfina, por exemplo.
De acordo com Rigo, o único efeito colateral observado foi uma leve sensibilidade na pele. Já a ziconotida, utilizada no estudo para efeitos comparativos, causou distúrbios motores e sonolência nos animais. Esse peptídeo, derivado do veneno do caracolConnus magus, é usado atualmente no tratamento de pacientes com câncer ou Aids tolerantes à morfina.

Cortando a comunicação

As dores provocadas pelo câncer têm origens diversas, estando relacionadas, principalmente, à compressão de nervos e vasos pelo tumor e à agressividade das terapias.
Trabalhos anteriores já haviam mostrado que a toxina bloqueia canais de cálcio presentes nas células, impedindo a liberação de neurotransmissores. Esses canais têm papel fundamental na condução de estímulos neurológicos até o sistema nervoso central. Ao interromper esse processo, a Phα1β faz com que o cérebro não ‘fique sabendo’ que há algo errado e, consequentemente, não envie o estímulo de dor para o local afetado.
Apesar dos resultados positivos dos testes, não seria possível utilizar somente a toxina no tratamento das dores do câncer. Por ser um peptídeo – tipo de molécula que sofre degradação excessiva no estômago e não é bem absorvida pelo intestino –, a Phα1β precisaria ser aplicada por via intratecal. E por se tratar de uma injeção diretamente na medula, a aplicação recorrente por tempo prolongado seria inviável.
No entanto, foi observado durante o estudo que os animais resistentes à morfina que recebiam doses da Phα1β tiveram essa tolerância diminuída. Isso possibilitaria um tratamento alternado, em que a toxina seria introduzida apenas pontualmente.
Outro problema é a necessidade de sintetizar a substância em laboratório para a realização dos testes com seres humanos e para o desenvolvimento de medicamento. Além de a P. nigriventer ser muito difícil de capturar e criar em cativeiro, a quantidade de veneno obtido de cada aranha é muito pequena. “O processo para desenvolver a Phα1β é muito complexo, já que é preciso reproduzir todas as ligações do peptídeo em uma estrutura tridimensional”, afirma Rigo.
Mas, de acordo com a pesquisadora, existem pesquisas nesse sentido sendo conduzidas, visto que em 2008 outros estudos já haviam comprovado a eficácia do composto no tratamento de dores neuropáticas e associadas a inflamações.
Já a próxima etapa do estudo de Rigo será observar a ação da toxina da armadeira em animais com dor associada à Aids.

Yuri Hutflesz
Ciência Hoje On-line

Proposta cria selo para empresa que não usar animais como cobaias


Segundo o projeto, a cada dois anos, os órgãos competentes verificarão as condições das empresas cadastradas voluntariamente para a obtenção do selo


A Câmara analisa o Projeto de Lei 4586/12, do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que cria o selo nacional “Brasil sem Maus-Tratos”, a ser concedido a empresas e a instituições que não utilizem animais em experimentos científicos, como a pesquisa de medicamentos.
Segundo o projeto, a cada dois anos, os órgãos competentes verificarão as condições das empresas cadastradas voluntariamente para a obtenção do selo.
Essas empresas deverão comprovar, documentalmente, que se preocupam com a defesa dos direitos dos animais e também com práticas sociais em benefício de jovens, idosos, pessoas com deficiência e pessoas de baixa renda. Além disso, os funcionários da empresa deverão ser conscientizados da necessidade de defesa dos direitos dos animais.
Uma comissão avaliadora será formada por representantes dos ministérios da Saúde; da Ciência e Tecnologia; e do Meio Ambiente. As despesas decorrentes da execução da lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias.

Preservação ambiental

Segundo Ricardo Izar, o selo que se pretende criar está em sintonia com os preceitos constitucionais que garantem a todos o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
“A fim de assegurar esse direito, cabe ao Poder Público proteger a fauna e a flora, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade”, ressalta Izar.

Tramitação

O projeto tem caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agencia Câmara

Síndrome de Asperger, você sabe o que é isso?


A Síndrome de Asperger (SA) faz parte dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID), conforme classificação norte americana, que são transtornos que afetam o desenvolvimento típico, ou normal da criança. Na classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), é chamado de Autismo Atípico, ou seja, há menos sintomas do que o quadro completo de autismo.
Os sintomas consistem em dificuldade de interação social recíproca, ou seja, a pessoa interage, mas, sobretudo uma interação unilateral, mantendo uma dificuldade de perceber e compreender o outro. Há também um foco de interesses restritos e, muitas vezes, pouco habituais, como interesse invasivo em eletrônica, animais, ar condicionados etc.
Outro sintoma perceptível é a comunicação centrada no interesse da própria pessoa, sem considerar muito a reciprocidade na comunicação, sem levar em conta o interesse do interlocutor. Não há déficit cognitivo nas pessoas com Síndrome de Asperger.

Alguns Sintomas

•    Dificuldade de interação ou isolamento social;

•    Mantém interesse exaustivo em um único assunto;

•    Dificuldade de adaptação a mudanças, eles são extremamente sistemáticos;

•    Em alguns momentos, parece não escutar quando falam com ele;

•    Dificuldade em entender palavras em sentido figurado, eles entendem tudo no sentido real;

•    Dificuldades com a linguagem; costumam começar a falar tarde.


Na adolescência, essas pessoas podem precisar de acompanhamento psicológico, o que pode ser necessário também em qualquer etapa da vida, mas somente se se sentirem desadaptadas, diferentes dos demais, o que pode gerar baixa autoestima e depressão. No que se refere à educação escolar, não e necessário escola especializada, mas sim inclusão em escola regular.

A maioria das pessoas imagina que os indivíduos com SA desenvolvem talentos especiais e surpreendentes, mas, essa característica ocorre em casos excepcionais. Faz parte da síndrome um foco de interesses restritos e persistência em um mesmo tema e, quando isso é associado a uma inteligência superior, produzem coisas diferentes da maioria.

Na próxima classificação norteamericana, que será lançada em 2013, o manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-V), não existirá mais o termo Síndrome de Asperger, pois essa condição será incluída como Transtornos de Espectro do Autismo, que será então graduado em leve, moderado ou grave, conforme o comprometimento adaptativo que o indivíduo apresente. Visionários, pesquisadores e artistas de sucesso como Bill Gates, Einstein, Newton e Beethoven tiveram o diagnóstico de Síndrome de Asperger.

É importante, sobretudo a percepção e compreensão das diferenças entre todos os seres humanos, afinal somos todos muito diferentes, alguns mais, outros menos. Estar perto de pessoas que tenham as mesmas diferenças nossas traz uma sensação de pertencer a um grupo, de não se sentir isolado, o que faz bem, pois não nos sentimos estranhos. Logo, é possível que indivíduos com Asperger tenham um sentimento de pertencimento quando próximos de pessoas com características similares às dele.

Dicas para as mães
O bebê já pode mostrar sinais de dificuldade de interação, quando, por exemplo, ele não reconhece a voz ou o rosto da mãe, não se antecipa à mãe ao pegá-lo no berço, parece não escutar quando chamado, não acompanha o rosto da mãe ao se movimentar. Ao perceber esses sintomas no filho, a mãe deve procurar um psicólogo, psiquiatra ou neuropediatra especializado em autismo.
Fonte: http://www.isaudebahia.com.br

Estudo analisa casos em que sintomas de autismo desapareceram


Pesquisadora trabalhou com 34 jovens que passaram a ter vida normal.
Resultado leva a crer que síndrome tem evoluções 'muito diversas', diz.

Algumas crianças com diagnóstico de autismo quando pequenas veem desaparecer completamente seus sintomas quando crescem, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos.
"Embora o autismo geralmente persista durante toda a vida, a descoberta permite pensar que a síndrome poderia experimentar evoluções muito diversas", afirmou Thomas Insel, diretor do Instituto Americano de Saúde Mental (NIMH, na sigla em inglês), que financiou os trabalhos.
A pesquisa foi realizada pela doutora Deborah Fein, da Universidade de Connecticut (nordeste), com 34 jovens de 18 a 21 anos, que tinham sido diagnosticados com autismo em idades muito remotas e que, com o passar do tempo, tinham uma vida completamente normal.
Estes jovens não apresentavam mais problemas de expressão, comunicação, reconhecimento de rostos ou socialização, sintomas característicos do autismo.
A pesquisa, publicada na revista "Child Psychology and Psychiatry", se concentrou em saber se o primeiro diagnóstico de autismo era suficientemente exato e se os sintomas efetivamente tinham desaparecido.
A resposta foi afirmativa nos dois casos, destacou o doutor Insel. Os resultados deste estudo levam a crer que as dificuldades de socialização destas crianças eram mais brandas, embora tenham sofrido problemas de comunicação e movimentos repetitivos tão severos quanto os demais autistas.
Para a avaliação mental destes 34 indivíduos estudados, os pesquisadores usaram testes cognitivos e de observação comum, bem como questionários enviados aos pais. Para participar do estudo, os jovens tinham que estar em cursos regulares na escola ou na universidade, e não se beneficiar de nenhum serviço especial para autistas.
No entanto, a pesquisa não conseguiu determinar a proporção de crianças diagnosticadas com autismo que no futuro verão desaparecer os sintomas com o passar o tempo.
"Todas as crianças autistas são capazes de progredir com as terapias intensivas. Mas no estado atual dos nossos conhecimentos, a maioria não chega a fazer os sintomas desaparecer", disse o doutor Fein, que espera que novas pesquisas ajudem a entender melhor os mecanismos desta doença.

Fonte: Bem Estar

Pesquisa explica por que cães e lobos têm comportamentos tão diferentes


Cães e lobos são geneticamente tão semelhantes que é difícil até mesmo para biólogos entenderem os motivos que fazem com que o lobo seja um animal selvagem e o cachorro, o “melhor amigo dohomem”. Porém, um estudo da bióloga evolutiva Kathryn Lord da Universidade de Massachusetts em Amherst sugere que a diferença comportamental entre os dois animais, que são considerados da mesma espécie, está relacionada com as primeiras experiências sensoriais e o período de socialização.
Até agora, pouco se sabia a respeito do desenvolvimento sensorial de filhotes de lobo e suposições eram baseadas apenas no que se sabia sobre cães. “Isto seria aceitável, se não fosse o fato de cientistas já saberem que existem diferenças significativas sobre o desenvolvimento de cães e lobos, como os diferentes períodos de amadurecimento do sistema locomotor”, disse Kathryn.
A pesquisadora decidiu estudar como sete filhotes de lobo e 43 cachorrinhos reagiam a novos cheiros e estímulos visuais. Os animais foram avaliados semanalmente e concluiu-se o desenvolvimento dos sentidos ocorrem ao mesmo tempo. Porém, as duas subespécies de Canis lupus experimentavam o ambiente de forma diferente durante o desenvolvimento conhecido como período de socialização, que acontece durante quatro semanas logo no ínício da vida dos filhotes. A descoberta pode mudar completamente o entendimento sobre o desenvolvimento de cães e lobos.
De acordo com as observações, a pesquisadora confirmou que tanto cães quanto lobos desenvolvem os sentidos de olfato na idade com duas semanas de vida. No entanto, as duas subespécies entram no período de socialização em idades diferentes. Cachorros entram neste período com quatro semanas de vida, enquanto lobos começam com duas semanas. Além disso, a forma como eles experimentam o ambiente ao redor durante este mês importantíssimo é completamente diferente. “É como se eles seguissem por caminhos diferentes de desenvolvimento”, disse em comunicado.
Kathryn descobriu que quando os filhotes de lobos, ainda com duas semanas de vida, andam pela primeira vez, eles ainda não enxergam nem ouvem. “Ninguém sabia isso sobre lobos, que quando eles começam a explorar o mundo, eles ainda são cegos e surdos e estão num estágio ainda primário do olfato”, disse. “Quando os filhotinhos de lobo começam a ouvir, eles ficam muito assustados com os novos sons, assim como quando começam a enxergar, eles sentem medo do que veem. Cada novo sentido que despertava, os lobos se assustavam, o que não aconteceu com os cachorros”, completou.
Os cães, por outro lado, só começam a explorar o mundo após o olfato, visão e audição estarem funcionando. “É quase surpreendente o quanto cães e lobos são diferentes no início da vida se levarmos em conta o quão semelhantes geneticamente eles são. Alguns filhotes de cães são incapazes de se mexer. Já os lobos são ativos exploradores que caminham com boa coordenação e são capazes até de escalar pequenos obstáculos”, disse.
Nesta fase, os cães podem conviver com humanos, cavalos e gatos nesta fase. Mas conforme o período avança, o medo dos cachorros aumenta e quando o período acaba, novos sinais, sons e cheiros vão ativar o sinal de alerta do medo.
A pesquisadora afirma que estas diferenças significativas quanto ao desenvolvimento de filhotes de cães e lobos os põem em trajetórias distintas em relação à capacidade de se relacionar com outras espécies. “Esta informação tem implicações quanto ao manejo de populações de lobos na natureza e em cativeiro”, disse. 
Fonte: Tribuna da Bahia

Mudança alimentar ajudou na domesticação dos cães


Adaptação genética fez com que lobos se tornassem capazes de digerir o amido, o que os aproximou dos primeiros agricultores, segundo um estudo sueco. O processo teria sido iniciado há cerca de 12 mil anos


A domesticação dos cães foi um episódio importante para o desenvolvimento da civilização humana. Entretanto, ainda não há consenso entre os pesquisadores sobre o momento e o local da aproximação entre as duas espécies. Além disso, os especialistas pouco sabem sobre as mudanças genéticas que acompanharam a transformação dos lobos selvagens em animais de companhia. A partir de um estudo comparativo do genoma completo de 60 cachorros e 12 lobos, uma pesquisa da Universidade de Uppsala, na Suécia, sugere uma nova explicação para a origem dos cachorros de estimação. Publicado na edição mais recente da revista Nature, o artigo defende que esses bichos se tornaram o melhor amigo do homem ao sofrer adaptações genéticas que os permitiram digerir melhor o amido.

“Os sinais genéticos que nós observamos mostram que somente os cães que eram capazes de digerir o amido de forma relativamente eficiente sobreviveram e se reproduziram”, explica o biólogo Erik Axelsson, principal autor do estudo. Segundo ele, tal resultado indica que os recursos alimentares nesse período de transição podem ter diminuído e aqueles indivíduos que conseguiram complementar a dieta padrão de carne com alimentos ricos em amido — e, de fato, digeri-los — adquiriram uma vantagem importante em relação aos outros. Isso não quer dizer que os cães preferiam o amido, mas tão somente que podiam fazer bom uso do polissacarídeo.

As raízes foram, provavelmente, a primeira fonte de amido encontrada pelos ancestrais do cachorro doméstico. Curiosamente, os principais vestígios arqueológicos de cães identificados em uma sepultura humana em Israel datam de 11 mil a 12 mil anos atrás, época que coincide com o surgimento da agricultura. Faz sentido, então, pensar que, nesse período, os cereais tornaram-se importantes e se alastraram por diversos assentamentos humanos. Isso porque um dos principais aspectos trazidos pela agricultura foi a mudança do nomadismo para o sedentarismo, em que os grupos humanos passaram a se fixar em determinados locais estratégicos. Por outro lado, foi também nesse contexto que se iniciou a acumulação de lixo próximo às moradas dos homens. “Uma hipótese diz que a domesticação decolou quando os lobos começaram a se aproximar das lixeiras perto dos assentamentos agrícolas. Esses talvez foram os locais onde os cães comeram amido pela primeira vez”, detalha Axelsson.

Hipóteses 
O biólogo acrescenta que a hipótese do depósito de lixo é atraente, pois pode explicar, ao mesmo tempo, as mudanças comportamentais e digestivas dos ancestrais caninos: para se dar bem no novo ambiente onde os resíduos eram despejados, os lobos precisavam ser menos amedrontadores e conseguir processar bem o amido. Até então, a tese mais aceita para o início da domesticação era a de que o homem teria utilizado os filhotes de lobos para auxiliar na caça ou como proteção. Apesar de não ter elementos para confirmar ou destruir nenhuma das duas teses, o autor ressalta que os genes marcam de forma clara as diferenças entre os animais selvagens e os domesticados.

No total, os pesquisadores identificaram 36 regiões do genoma que provavelmente sofreram modificações ao longo do processo de domesticação e adaptação evolutiva do cachorro. Apesar das 14 espécies distintas dos bichos de estimação analisados, o estudo constatou que essas áreas genéticas são praticamente idênticas em todos os cães. Ao mesmo tempo, elas diferem marcadamente do genoma do lobo. Em outras regiões, os pesquisadores descobriram que cachorros e lobos compartilham muitas variantes genéticas iguais. Segundo eles, mais da metade dessas áreas estão ligadas às funções cerebrais, principalmente ao desenvolvimento do sistema nervoso, e poderiam explicar as diferenças de comportamento que separam os dois animais. Outros três genes, por sua vez, desempenham papel determinante na digestão do amido, um glicídeo de origem vegetal.

“A domesticação só se processa a partir do momento em que a maquiagem genética se modifica. Não se trata de um processo de somente amansar o animal, ou de aproximá-lo do homem”, reforça Walter Motta Ferreira, professor do Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ferreira é doutor em nutrição animal e pondera que, apesar de o cachorro ainda hoje ser morfofisiologicamente carnívoro, ele se adaptou muito bem a uma dieta onívora para uma participação mais próxima do humano. “O que o estudo sueco mostrou é que, nos cachorros, existe uma zona de genes envolvidos com a produção de enzimas que vão suportar uma dieta mais rica em carboidratos solúveis, principalmente o amido.” Segundo ele, como o lobo permanece um animal selvagem, esse padrão genético não foi alterado com o decorrer do tempo, o que o tornou inadaptável a uma dieta mais rica em amido.

Nutrição deve ser equilibrada
Milênios depois da aproximação de homens e cães, os simpáticos e fiéis bichinhos conquistaram um lugar de destaque na vida de muitas pessoas. Preocupados com o bem-estar de seus companheiros, muitos donos ficam em dúvida sobre a melhor forma de alimentá-los. A pesquisa sueca seria um incentivo a dar mais amido aos cachorros? Não, pelo contrário. Segundo Michele Russo Stein, especialista responsável pela nutrição das rações Purina, do Distrito Federal, a palavra mais importante nesse aspecto é equilíbrio. Stein explica que uma nutrição eficaz não pode ter excessos ou faltas e que deve ser adaptada de acordo com o espécime. “Gatos e cachorros são bem diferentes. Pelo histórico de todo o processo evolutivo, o gato é muito mais carnívoro do que o cão e digere menos o amido. De qualquer forma, o cão também não pode ingerir amido em excesso. Mais do que ter ou não ter tal nutriente, é a quantidade e qualidade que importa”.

Rações De acordo com a especialista, nas rações atuais, o amido representa mais de 60% do carboidrato presente no alimento industrial. Stein defende que o glicídeo é uma importante fonte de energia, mas precisa ser processado de forma correta para que não faça mal ao animal. Ela reforça que a porcentagem adequada para os alimentos secos comerciais é de 30% a 60% de carboidrato. Já nos enlatados, o ideal é uma quantia que varia até 30%. As principais fontes de amido presentes nas rações são o milho, a soja e o arroz. Normalmente, quanto mais barata for a ração, menor será a proporção de proteína animal, como frango, salmão e cordeiro, e maior será a de produtos vegetais. O problema, entretanto, é que a alimentação com muito amido acaba sendo mais difícil de ser digerida. “Os humanos têm enzimas na saliva que já começam a digerir o amido na mastigação, mas os animais não. Por isso só iniciam o processo no intestino, o que já dificulta o processo”, acrescenta.

O zootecnista Walter Motta Ferreira pondera que os cachorros têm uma vida muito mais curta do que os humanos e, por isso, dependem de uma alimentação mais balanceada. “Você encontra nos cães problemas semelhantes aos sofridos pelos humanos. Eles podem contrair doenças metabólicas como o diabetes”, lembra. Apesar de a domesticação do cachorro ter sido um reflexo de uma dieta que incluiu o amido, os donos precisam considerar que, para fornecer qualidade de vida ao melhor amigo é preciso respeitar as diferenças fisiológicas do animal. Buscar uma ração de qualidade e procurar não dar comida com muito amido podem melhorar ainda mais a relação. (MU)

Fonte: Estado de Minas

FIV e FeLV: O que os proprietários devem saber.


Tão quão importante o diagnóstico das retroviroses felinas(FIV e FeLV) ,é também o esclarecimento e a conscientização dos proprietários em relação à transmissão,epidemiologia e cuidados com o paciente infectado.

As duas enfermidades possuem algumas características semelhantes.São causadas por retrovírus,a FeLV(Leucemia Felina) é por um Retrovírus Gama com vários subtipos e a FIV(Imunodeficiência ou AIDS Felina) é causada por um Lentivírus.Ambos são transmitidos por contato direto,como lambeduras e mordidas,mas também através da amamentação, por via placentária,tranfusões sanguíneas e muito dificilmente pelo coito(FIV).

São doenças comuns em locais com muitos gatos aglomerados,onde há o contato direto próximo e frequente entre os indivíduos.Ambientes onde há um fluxo de entrada e saída constante de animais também favorecem a proliferação dos vírus.

A FIV e a FeLV predispõem aos gatos acometidos várias doenças e quadros mórbidos,diminuindo bastante a espectativa de vida.Ambas podem causar imunodeficiências e surgimento de neoplasias malignas nestes animais.Estes retrovírus destroem as células de defesa do felino,proporcionando infecções secundárias,como distúrbios intestinais,problemas neurológicos,anemias profundas,infecções na pele,micoses,gengivites,periodontites,otites e falência orgânica mais tardiamente.Por interferirem na replicação das células do gato,principalmente o FeLV,predispõem o animal infectado à formação de tumores em qualquer região ou sistema orgânico,principalmente ao surgimento de Linfomas.

Geralmente ,a maneira de como o gato infectado irá apresentar a doença dependerá da fase da vida em que acontece a contaminação.Pacientes que se infectam quando filhotes ou jovens tendem a desenvolver a enfermidade de uma forma mais grave ou destrutiva.

O diagnóstico precoce é importante,principalmente para impedir a proliferação da doença,mas como também para dar um suporte ao felino acometido.Há exames rápidos para a detecção de animais positivos como o sorológico(ELISA),que é o teste inicial a ser realizado.

Quando ou quais gatos deverão ser testados?
Gatos recém adquiridos,principalmente vindos da rua,devem ser testados antes de entrarem no ambiente.Filhotes antes da vacinação.Doadores de sangue.Animais que têm acesso à rua.Todo e qualquer felino doente e gatos que tiveram contato com soropositivos.

O teste FIV e FeLV é de resultado 100% seguro?
Não,nenhum teste é de sensibilidade 100%.Podem ocorrer falsos-positivos e falsos-negativos,por problemas na coleta e pela fase da doença no animal,como por exemplo.É muito importante retestar o animal em casos duvidosos com 30 a 60 dias,e é necessário salientar que NEM TODO ANIMAL POSITIVO ESTÁ DOENTE,alguns casos o felino consegue debelar a infecção,ficando livre da doença.Pode-se lançar mão a outros tipos de exames,conjuntamente com os sorológicos,como os testes de PCR RNA-viral ou DNA-viral(Pró-Vírus),ajudando a identificar animais infectantes e não-infectantes.
A prevenção é de fundamental importância.Existe vacina somente contra FeLV aqui no Brasil.Gatos de grupos de riscos devem ser vacinados,como os que vivem semi-domiciliados e de ambientes com vários outros indivíduos.Não recomenda-se vacinar animais que vivem isolados em apartamentos,sem contato com outros gatos,não é necessário nestes casos.A castração precoce pode diminuir o risco de infecção,visto que dificulta o comportamento de risco do indivíduo,em sair e brigar com outros gatos.Deve-se evitar,também,a entrada de novos animais,principalmente não-testados e de origem desconhecida.Em casos positivos,recomenda-se separar o felino doente,evitando que este saia ou entre em contato com outro gato.

O tratamento é praticamente de suporte,visto que os anti-virais humanos recomendados são de difícil acesso.Uma excelente alimentação,cuidados higiênicos,profilaxia  dentária,vacinação,vermifugação em dia e claro acompanhamento veterinário,são fundamentais.Devido à natureza das duas doenças,um gato com FIV geralmente vive mais do que um com FeLV.Animais com o vírus da Leucemia Felina tendem a desenvolver quadros mais graves precocemente.

Finalmente,as duas doenças NÃO ACOMETEM O SER-HUMANO.Inúmeros trabalhos e pesquisas já comprovaram que a AIDS Felina e a Leucemia Felina NÃO é transmitida ao homem.

Fonte: Medicina Felina

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O preconceito é uma das barreiras na terapia assistida por animais

O programa Espaço Online, apresentado por Patrícia Rizzo, recebeu a fundadora da ONG Patas Therapeutas, Silvana Prado, para falar sobre terapias assistidas por animais. Criada há quase um ano, a organização tem como missão oferecer os benefícios dos efeitos da convivência com animais, o que tem resultados cientificamente comprovados para a saúde física, emocional, mental e social. 

Novo sistema melhora reabilitação de pessoas com lesões cerebrais


Objetivo é melhorar qualidade de vida e permitir a reabilitação em casa, aumentando a autonomia do paciente



O Instituto de Biomecânica de Valência (IBV) deu início ao desenvolvimento de um sistema inovador para a reabilitação de pessoas com danos cerebrais.
O objetivo do sistema é melhorar a qualidade de vida das pessoas que lesões no cérebro e permitir a reabilitação em casa, aumentando a autonomia do paciente.
O dispositivo de treinamento amigável de caminhada fornece apoio aos pacientes na mudança da posição sentada para de pé e permite realizar treinamento de caminhada, melhorando sua capacidade de manobra. "No início do processo de reabilitação o sistema será utilizado sob a supervisão de um terapeuta, mas com uma necessidade muito menor de suporte físico por parte dos médicos. A intenção é reduzir a necessidade de ajuda de outros e aumentar a liberdade de movimento e de autonomia pessoal do paciente", afirma Ignacio Bermejo, do IBV.
Uma das novidades deste dispositivo consiste de um colete, com pontos de fixação sobre a cintura do paciente, a fim de regular a mobilidade do tronco. Além disso, o dispositivo vai ser modular e de baixo custo.
A equipe deu início a testes pré-clínicos que são realizados em colaboração com o Department of Physical Medicine and Rehabilitation at the Hospital Universitari i Politècnic La Fe of Valencia para validar o protótipo.
O projeto é coordenado pela empresa norueguesa Made for Movement Group.

Fonte: Isaúde


Equipe descobre gene reponsável por aumentar eficácia da quimioterapia


Gene FBH1 é crucial para que alguns agentes quimioterápicos se tornem ativos no organismo e matem as células cancerosas

Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, descobriram que o gene FBH1 pode ajudar a aumentar o efeito da quimioterapia no organismo .
A quimioterapia é um dos tratamentos mais comuns para pacientes com câncer, no entanto, muitos pacientes sofrem de efeitos secundários graves, e uma grande proporção não responde ao tratamento.
"Os nossos resultados mostram que o gene FBH1 é crucial para que alguns agentes quimioterápicos se tornem ativos no organismo e matem as células cancerosas. Se pudermos encontrar um método viável para aumentar a atividade do gene, podemos usar nossas próprias células para melhorar o tratamento do câncer", afirma o líder da pesquisa Claus Sørensen.
Os investigadores utilizaram um método chamado interferência de RNA para estudar se alguns dos genes no nosso DNA são importantes para as células cancerosas reagirem a certos agentes quimioterápicos.
"Ao usar o método para remover genes isolados a partir de células cancerosas e, em seguida, expondo as células à quimioterapia, descobrimos que FBH1 é importante para o efeito da quimioterapia. Na verdade, a presença do gene era uma exigência absoluta a fim de matar eficazmente as células cancerosas, com o tipo de agentes quimioterápicos que estudamos", explica o pesquisador Kasper Fugger.
A quimioterapia consiste em expor as células cancerosas a um tipo de estresse extremo, quando se dividem. O resultado são danos prejudiciais do DNA das células que não podem ser reparados, fazendo com que as células morram.
Os novos resultados mostram que é, de facto, FBH1 que contribui para a formação de danos no DNA durante o tratamento com quimioterapia e este conhecimento pode ser utilizado para otimizar a terapia do câncer.
Na última década, tornou-se evidente que o tratamento individual de doentes com câncer é essencial para uma terapia eficaz com menos efeitos secundários possíveis. Ao avaliar a presença de FBH1 em um tumor os médicos podem prever se o paciente irá se beneficiar de quimioterapia.
"Nossos resultados podem ajudar a indicar que os pacientes com baixo ou nenhum FBH1 nas células cancerosas não irão se beneficiar de determinados tipos de quimioterapia, mas devem receber outro tipo de tratamento. Então, usar a impressão digital genética de um tumor pode ajustar o tratamento para pacientes individuais", afirma Sørensen.
O próximo passo para a equipe de pesquisa é investigar a presença de alterações, as chamadas mutações em FBH1. A identificação de mutações que tornam as células cancerosas resistentes a certos agentes quimioterápicos pode ser útil para atingir o melhor tratamento para pacientes individuais.
Outra meta para os pesquisadores é encontrar uma maneira de transformar a atividade de FBH1 em células cancerosas. "A esperança é encontrar um método para aumentar a atividade do gene FBH1 em células de câncer uma vez que isto irá torná-las mais sensível à quimioterapia. Alternativamente, pode-se encontrar uma maneira para simular um efeito semelhante ao de FBH1, que pode ser usada como um tratamento adicional, a fim de sensibilizar as células cancerosas à quimioterapia. Se conseguirmos isso, mais pacientes se beneficiarão do tratamento", conclui Fugger.
Fonte: isaude