sexta-feira, 30 de março de 2012

Filme After Thomas - um amigo inesperado


Um olhar “aditivo” para o processo de aprendizagem
Baseado em livro que narra uma história verídica, o filme conta a vida de Kyle, um menino autista de seis anos, que vive em seu próprio mundo, entregue a algumas (poucas) atividades, dentre as quais se destaca assistir vídeos de animação que têm como protagonista um trem, de nome Thomas, muito popular entre as crianças inglesas.
Os pais de Kyle encontram dificuldades em se relacionar com ele (e entre si também, principalmente no que diz respeito ao que fazer com o filho), mas a avó materna parece encontrar maneiras de fazê-lo realizar algumas ações. É dela a ideia de usar um boneco para dizer ao neto que ele deve fazer alguma coisa, como comer, ou parar de fazer alguma coisa porque é hora de ir embora. Com esse estratagema, ela consegue que o menino a obedeça.
Também é dela a ideia de dar um cachorro para Kyle, o qual é imediatamente nomeado de Thomas por ele. Com isso, fica evidente que ele, nesse momento, transfere para o cachorro o vínculo positivo que dispensava para o personagem do desenho animado, atitude esta que traz bons presságios.
E de fato, desde o início da convivência com Thomas, Kyle começa a apresentar notáveis avanços, como brincar, realizar ações rotineiras (ir para a cama, comer, pedir para fazer xixi), conversar e até mesmo desenhar, embora todos os avanços estejam fortemente conectados com o cachorro, o que ainda deixa os pais um pouco de fora da vida do filho.
O foco desta Cineminhola é refletir sobre a direção em que o processo de aprendizagem deve ocorrer, principalmente nos casos de crianças que têm uma maneira muito particular de ver e de viver o mundo, carreguem elas qualquer rótulo que seja – autismo, dislexia ou mesmo alguma das síndromes que hoje tanto tiram o sono das escolas. Independentemente do diagnóstico que as caracterize, o fato é que podemos olhar para essas crianças com olhos educativos de natureza “subtrativa” ou “aditiva”.
O olhar de subtração é o que observa tudo aquilo que a criança ainda não faz e mede o quanto suas condutas e suas aprendizagens se distanciam do “normal” e do esperado. O olhar aditivo, pelo contrário, se encanta com cada nova aprendizagem, vai somando-a às anteriores e deixa escancarada a expectativa de que outras tantas virão, mesmo que custem a chegar ou que acabem não vindo.
Particularmente, penso que é melhor apostar que novas aprendizagens são possíveis do que colocar todas as fichas em uma certeza (baseada em que bola de cristal?) de que o futuro é sombrio porque o processo de aprender irá estagnar ou já fechou as portas. Neste momento, parece-me oportuno relembrar uma deliciosa frase do poeta francês Jean Cocteau: “não sabendo que era impossível, foi lá e fez”.
Crianças como Kyle precisam de adultos que se dirijam para dentro de seu universo e de lá de dentro comecem a trazê-las para o universo cá de fora. No caso específico deste menino, no entanto, quem cumpriu esse papel inicialmente foi um cachorro, sendo que seus pais, ao perceber que podiam se comunicar com o filho fazendo-se passar pelo animal, conseguiram entrar em cena e assumir as rédeas desse longo e doloroso percurso de um universo ao outro.
O menino verdadeiro (chamado Dale Gardner), que inspirou o personagem do filme, declarou, aos 18 anos, que se os pais não tivessem se comunicado com ele por meio do cachorro, teria parado de falar completamente, tal era o pavor que experimentava ao se deparar com a complexa variedade de feições faciais e corporais que as pessoas utilizam ao se comunicar. Em oposição a isso, a simplicidade das expressões faciais do cachorro foi o que permitiu Dale, na vida real, sentir-se confiante o suficiente para iniciar seu processo de comunicação e, por conseguinte, de aprendizagem.
Enfim, a mim me parece que o caminhar educativo sobre crianças e jovens que vivem em outros mundos ou usam óculos diferentes da maioria para ver o mundo de cá, seja qual for a problemática que os aprisiona, deve começar com a iniciativa do adulto se movendo na direção da criança ou do jovem para buscar entender, pelo lado de dentro de seu universo, a construção do seu sistema de significações e, de lá, vir acompanhando-o, em atitude permanentemente aprendente, o passo a passo de sua jornada para o universo de cá, sem jamais deixar de acolher as conquistas obtidas com olhos aditivos em vez de subtrativos.
Ficou curioso?
O filme feito para TV “Meu Filho Meu Mundo” (no original, Son-Rise, A miracle of Love, de Glenn Jordan, EUA, 1979) também retrata uma história verídica de autismo, que redundou na criação de uma metodologia revolucionária para cuidar de pessoas autistas.

Disponibilizamos o filme, para que todos possam assistir e observar o quanto que a introdução do cão no ambiente familiar, foi fundamental para essa criança e seu desenvolvimento. Preparem os lençinhos, o filme é lindo!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Pesquisa revela que animais surtem efeito tranquilizador em pacientes de câncer

Segundo a JSH&A Breast Cancer Survey, pesquisa realizada com pacientes que venceram a batalha contra o câncer de mama nos Estados Unidos, 84% das entrevistadas afirmou encontrar em seus gatos um efeito tranquilizador durante o tratamento. De acordo com os relatos, isso as ajudou nos momentos mais difíceis do processo.
O estudo, encomendado pela Purina® Cat Chow®, será a base para uma série de ações promovidas em parceria com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) no Outubro Rosa, mês em que atividades de conscientização e mobilização pela luta contra a doença são realizadas no mundo todo.


O levantamento envolveu mais de 500 mulheres nos Estados Unidos. A relação delas com seus bichanos foi apontada como diferente da relação com qualquer outro animal quando estão mais debilitadas, pois além de companheiros, os gatos são mais independentes que os cães, por exemplo, o que facilita a interação em um período em que o carinho e a atenção fazem toda a diferença.
Em uma corrente pela prevenção da doença, a Nestlé® Purina® Cat Chow® abriram espaço para o engajamento dos consumidores nas ações em prol da prevenção do câncer de mama. Com a ajuda dos internautas e consumidores, a marca pretende doar mais de R$ 100 mil à FEMAMA.


A participação será via Facebook, em uma ação inédita na web. A cada “curtir” na página da campanha de Purina® Cat Chow®, R$ 0,10 serão doados para a FEMAMA. A campanha começa 04/10 e vai até dia 08/10, independente do valor acumulado.
Além disso, durante o mês de outubro, na compra de qualquer produto Cat Chow® no mês de outubro, R$ 2 serão doados, também pela marca, até atingir o limite de R$ 100 mil.


Quem estiver passando pela capital paulista durante o mês também vai poder conferir o prédio da Nestlé® “vestido” de rosa. A sede da empresa receberá iluminação especial totalmente cor de rosa, acompanhando alguns dos principais monumentos do Brasil.
Fonte: PetMag

quarta-feira, 21 de março de 2012

Palestra do Pêlo Próximo no Dia Mundial de Conscientização do Autismo

No dia 02 de Abril, a equipe do Pêlo Próximo estará palestrando a convite da Secretaria Municipal dos Direitos  das Pessoas com Deficiência sobre os benefícios da  pet terapia como auxiliar no tratamento do autismo.
Clique na imagem para ler a matéria

segunda-feira, 19 de março de 2012

Cãoterapia em prisão de Madrid

A Fundação Affinity levou ao estabelecimento prisional madrileno de Valdemoro o seu programa de Terapia Assistida com Animais de Companhia em Centros Penitenciários para apoiar a reabilitação dos detidos, conta o jornal espanhol El Mundo.


O projeto proporciona uma interação entre os detidos e cães, que funcionam como “ferramenta terapêutica” para tratar de problemas de autoestima, comunicação e de desenvolvimento de valores.


Os reclusos selecionados para a terapia têm que desempenhar um conjunto de tarefas com os animais num horário pré-definido. Tanto as agradáveis, como passear os cães ou obrigá-los a fazerem exercício físico, como menos agradáveis, como a de recolher os excrementos.


Valdemoro é a primeira prisão de Madrid autorizada pela Direção Geral das Instituições Penitenciárias a desenvolver este projeto da Fundação Affinity, presente já em 16 estabelecimentos em Espanha e “única no mundo”, segundo os seus responsáveis.


“O programa faz parte do seu sucesso terapêutico e tem efeitos positivos, mas difíceis de quantificar”, sublinha Dolores Muelas, subdiretora de Tratamento no centro. E acrescenta: “O que se nota é que os prisioneiros estão mais relaxados e que não têm processos disciplinares”.

domingo, 18 de março de 2012

Pêlo Próximo em destaque na Revista O Flu

A Revista O Flu, do Jornal O Fluminense, publicou neste domingo (18) uma matéria sobre 
"Terapia animal: animais ajudam a prevenir doenças psicológicas" e o Pêlo Próximo, representado pela voluntária Teca Marinho e  sua pet terapeuta Demi, foram fotografadas para ilustrar a matéria.
Clique na imagem para ler

"Cão representa algo além do vínculo humano", disse César Ades

Era o que pregava César Ades, pesquisador de comportamento animal, morto nesta semana 

Mariana Garcia, do R7 

Nesta semana, o Brasil perdeu um dos primeiros e também mais importantes pesquisadores do comportamento dos animais. Mais do que isso, o professor universitário César Ades, da USP (Universidade de São Paulo) se tornou um maiores especialistas do mundo na relação entre os bichos e os seres humanos.

O professor, que lutou pela vida durante uma semana após ser atropelado enquanto atravessava a avenida Paulista, na cidade de São Paulo, tinha 69 anos.

Em uma conversa com o R7 no fim do ano passado – ainda inédita –, Ades explicou por que o cachorro se tornou conhecido como o melhor amigo do homem.

- Essa relação não caiu do céu. O cão foi o primeiro animal domesticado pelo homem, há cerca de 14 mil anos. Antes mesmo da vaca, da galinha, da cabra. E o cão é basicamente um lobo, geneticamente selecionado com o passar dos anos. Provavelmente, alguns deles foram se aproximando das pequenas aldeias humanas, e os mais dóceis, mais tranquilos com a presença de pessoas, foram ficando por perto.

Então, explicou Ades, os homens daqueles tempos perceberam que poderiam se beneficiar da presença dos dóceis lobos.

- Os moradores da aldeia se tocaram que aqueles animais poderiam protegê-los, ajudar na caça e, é claro, fazer companhia.

Ao longo desses 14 mil anos, os humanos fizeram uma intensa e constante seleção genética, privilegiando certos aspectos físicos e de personalidade dos cachorros que nasciam. Assim, foram criadas as diferentes raças. Algumas de guarda (como doberman), outras de companhia (como o maltês) e outras, ainda, de trabalho (como são-bernardo).

- O cão se adaptou ao ser humano. Ele tem uma predisposição para aprender. Inclusive truques. Ele foi criado, ao que parece, pela interação com o homem.

Mas o que faz justamente desse animal tão especial? 
César Ades acreditava que a relação com um cachorro proporciona ao ser humano uma espécie de vínculo diferente do que surge, por exemplo, entre duas pessoas.

- O cão permite uma relação agradável, que complementa. Ele representa algo além do vínculo humano, é como um benefício extra, uma empatia especial. Quando a convivência é prazerosa, faz com que a gente se sinta importante, amado. Quem te lambe? Quem abana o rabo quando você chega em casa? Mas é preciso ser uma relação equilibrada, de troca. Cão não é brinquedinho do homem!

Segundo o especialista, cachorro oferece a oportunidade de nos darmos conta do que é nos relacionarmos com o outro. Pode dar condições, ainda, de crescimento pessoal.

- Mas não é qualquer animal nem qualquer um que experimenta isso. Aí é que está a mágica, a riqueza dessa relação! Pode ser ótima, mas pode simplesmente não acontecer. Não pense que o cão vem com manual de instrução. É claro que existem muitas dicas para tentar ter uma boa convivência, mas não há nenhuma garantia de que vão dar cem por cento certo. Ou dez por cento.

Para encerrar o bate-papo, Ades falou qual acreditava ser a maior virtude dessa relação tão especial.
- O cão não vai te dar bronca, te humilhar. A nossa relação com outras pessoas é muito doída. Sei que estou generalizando, mas uma das ideias que tenho é que o ser humano representa um perigo para si mesmo. Ele nos pune, nos castiga, não nos dá o que nós queremos, nos faz obedecer ser questionar. Talvez, uma das nossas maiores tristezas seja o outro ser humano. O animal pode ser menos ameaçador, mais companheiro.

sábado, 17 de março de 2012

Visita no Sodalício da Sacra Família em Jacarepaguá

Cães usaram coletes especiais para estimulação dos sentidos das internas 



Os cães co-terapeutas do Pêlo Próximo, visitaram nesse sábado (17) em parceria com o E-Solidário, a Sodalícia Sacra Família, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. A instituição abriga e cuida de 44 de idosas com deficiência visual.

A visita ao Abrigo teve como objetivo a estimulação tátil das idosas, trabalhando a motricidade fina, a sensibilização nas pontas dos dedos (já que com a idade os idosos perdem a sensibilidade nas extremidades), a criatividade e a imaginação das idosas. Por se tratarem de deficientes visuais, todo o trabalho foi direcionado aos outros sentidos: tato, olfato e audição.
Dois cães usaram coletes especiais para atender as necessidades dos exercícios a serem aplicados. Os coletes criados exclusivamente para essa atividade possuem diversos compartimentos com graus diferentes de dificuldade para estimular o interesse e a curiosidades das idosas, com diversos materiais de texturas e de formas diferentes.

- “Foi muito gratificante ver a interação entre essas idosas e os cães co-terapeutas. Elas foram altamente receptivas e realizaram as atividades desenvolvidas, com os coletes, com alegria e descontração. Tais atividades se destinaram a estimular desde o tato até o olfato das idosas, já que são deficientes visuais e necessitam fazer uso desses sentidos para se darem conta do odor, das formas, texturas e tamanho dos objetos. Com isso elas buscam na memória a definição dos materiais encontrados pendurados ou nos bolsos desses coletes".- finaliza Roberta Araújo, coordenadora do Projeto Pêlo Próximo.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pêlo Próximo palestra na 1ª Semana Cinotecnia da UFFRJ

O Projeto Pêlo Próximo participou no dia 14/03, da 1ª Semana de Cinotecnia, realizada pelo Instituto de Zootecnia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Durante a palestra, os cães terapeutas interagiram com os alunos e participaram de algumas atividades realizada pela equipe do Projeto.

Cães podem ajudar alunos nas escolas

Ayrton Mugnaini Jr., especial para o Yahoo!

Mais que amigos e companheiros, os cães são notoriamente excelentes “objetos transicionais” para ajudar no desenvolvimento emocional e sentimental das pessoas, desde pequeninas. E se a escola, como aprendi quando pequeno, é “nosso segundo lar”, então ela bem pode incluir algumas das melhores coisas que temos em casa – inclusive animais de estimação, especialmente cães.

Não é assim tão recente ou incomum a noção de ter cães em escolas, além dos óbvios que atuam como guias de alunos deficientes visuais e guardas do estabelecimento. São vários os motivos e as vantagens, inclusive para crianças com necessidades especiais.

“Cãolegas”
Segundo experiências em escolas de Kansas City, nos EUA, crianças aprendem a desenvolver senso de responsabilidade, solidariedade e trabalho em equipe, se organizando e revezando para cuidar do peludo. Havendo maior senso de responsabilidade e solidariedade, a tendência é diminuir o molestamento - problema que no Brasil só ganhou atenção ao ser chamado pelo nome em inglês, “bullying”. As crianças se identificam com os cães, comparam o sofrimento de colegas molestados ao de cães com o mesmo problema e se sensibilizam.

Algumas escolas estadunidenses descobriram que cães podem ajudar crianças pequenas mais tímidas e com situações especiais (como síndrome de Down) a desenvolverem sua leitura e também autoconfiança, lendo para peludos, sempre atentos e receptivos e nada predispostos a ridicularizar. Na Inglaterra, a experiência tem demonstrado que alunos mais nervosos ou inquietos tendem a se acalmar e descontrair ao chegarem à escola e serem recebidos por peludos mansos e festeiros, e não há mal nenhum em fazer um cafuné no cão durante a aula de vez em quando.

Na Alemanha já é comum a chamada “Hundgestützte Pädagogik” (“Educação Assistida por Cães”), onde os peludos ajudam até indo buscar material escolar dos alunos. Sem dúvida, mais divertido – e também mais educativo – que a maioria das “Escolinhas” de nossos programas humorísticos.

A entidade International Association of Human-Animal Interaction Organizations (IAHAIO) resumiu tudo numa assembléia de 2001: “A participação dos animais de estimação no currículo escolar estimula o desenvolvimento moral, espiritual e pessoal de cada criança, traz benefícios sociais à comunidade da escola e aumenta as oportunidades de aprendizagem em diferentes áreas do currículo”; “Os programas sobre animais de estimação deveriam, em algum ponto, permitir o contato pessoal com esses animais no ambiente da sala de aula” e a segurança e o bem-estar dos animais envolvidos devem ser garantidos em todos os momentos, bem como respeitados a segurança, a saúde e os sentimentos de cada criança na classe”. Mais detalhes em www.iahaio.org

E no Brasil? Em Porto Alegre, por exemplo, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) promove campanhas nas escolas pela posse responsável e educação humanitária de animais domésticos, inclusive com a presença de cães nas salas de aula para alunos com necessidades especiais, pois, como resume a Smed, “a presença do cão em sala de aula traz resultados muito positivos na intervenção pedagógica”.

Vários colégios de Curitiba mantêm espaços rurais onde crianças podem conviver e interagir com animais e a natureza, o que beneficia não só a conscientização quanto ao meio ambiente, mas também a adaptação das crianças à escola. “Os animais não fazem diferença entre uma pessoa e outra. Não julgam se uma pessoa é feia ou bonita. Eles aceitam a todos e ativam a área do cérebro humano ligada à emoção. Por isso, na escola, os animais fazem com que as crianças se sintam acolhidas, ajudando na adaptação”, diz Roberta Obladen, vice-diretora da escola Pés No Chão, que funciona há quase 30 anos.

Para começar
A presença e a residência de cães numa escola devem ser autorizadas pela diretoria do estabelecimento; talvez seja necessário um abaixo-assinado de alunos e professores. E deverá haver um fundo de caixa – subvencionado pelos alunos, prefeitura ou outra pessoa ou entidade – para os custos de alimentação, vacinas, veterinário, brinquedos e outros itens necessários para o peludo viver bem. E deverá haver alguém responsável para tomar conta do bicho, inclusive nos fins de semana e períodos de férias, sejam alunos, funcionários da escola ou ambos.

Há ainda detalhes que, justamente por serem óbvios, vou relembrar: o cão deverá estar muito bem socializado, limpo, vacinado e vermifugado. Em Uruguaiana (RS), iniciou-se este ano uma campanha pelo cuidado com os cães; muitos acompanhavam os piazitos à escola e lá deixavam turmas inteiras de pulgas, sarna e carrapatos.

Obviamente, o cão não precisa ser “professor assistente” nem guarda para ser benvindo nas escolas. Lembrei-me de Dara, cadela vira-lata muito simpática que conheci ao participar de um evento na Faculdade Eça de Queirós, a famosa FACEQ em Jandira, na Grande São Paulo. Em 2008 Dara – ainda sem esse nome – simplesmente resolveu acompanhar um dos porteiros da escola e, sendo época de férias e pouco movimento, ninguém se importou, e ela foi ficando, adotada não só pela FACEQ como também pela Ideal Work, fábrica de uniformes situada ao lado. E, por falta de um nome, a cadela ganhou dois: a Ideal Work, além de também receber carinhosamente a cadela, deu-lhe outro nome, Amarela.

...e outros bichos
Não custa lembrar que a presença animal nas escolas não precisa necessariamente se limitar a cães; outros animais, como gatos, hamsters, coelhos, calopsitas e porquinhos-da-índia também são bem-vindos para aumentar a diversão e prazer em aprender.

Resta-me por ora apenas torcer para que os governos criem frases melhores e mais completas que “Governo do lugar tal, firme e presente cuidando de gente”... Se gente merece cuidados, por quê não os bichos?