sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Equipe descobre gene reponsável por aumentar eficácia da quimioterapia


Gene FBH1 é crucial para que alguns agentes quimioterápicos se tornem ativos no organismo e matem as células cancerosas

Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, descobriram que o gene FBH1 pode ajudar a aumentar o efeito da quimioterapia no organismo .
A quimioterapia é um dos tratamentos mais comuns para pacientes com câncer, no entanto, muitos pacientes sofrem de efeitos secundários graves, e uma grande proporção não responde ao tratamento.
"Os nossos resultados mostram que o gene FBH1 é crucial para que alguns agentes quimioterápicos se tornem ativos no organismo e matem as células cancerosas. Se pudermos encontrar um método viável para aumentar a atividade do gene, podemos usar nossas próprias células para melhorar o tratamento do câncer", afirma o líder da pesquisa Claus Sørensen.
Os investigadores utilizaram um método chamado interferência de RNA para estudar se alguns dos genes no nosso DNA são importantes para as células cancerosas reagirem a certos agentes quimioterápicos.
"Ao usar o método para remover genes isolados a partir de células cancerosas e, em seguida, expondo as células à quimioterapia, descobrimos que FBH1 é importante para o efeito da quimioterapia. Na verdade, a presença do gene era uma exigência absoluta a fim de matar eficazmente as células cancerosas, com o tipo de agentes quimioterápicos que estudamos", explica o pesquisador Kasper Fugger.
A quimioterapia consiste em expor as células cancerosas a um tipo de estresse extremo, quando se dividem. O resultado são danos prejudiciais do DNA das células que não podem ser reparados, fazendo com que as células morram.
Os novos resultados mostram que é, de facto, FBH1 que contribui para a formação de danos no DNA durante o tratamento com quimioterapia e este conhecimento pode ser utilizado para otimizar a terapia do câncer.
Na última década, tornou-se evidente que o tratamento individual de doentes com câncer é essencial para uma terapia eficaz com menos efeitos secundários possíveis. Ao avaliar a presença de FBH1 em um tumor os médicos podem prever se o paciente irá se beneficiar de quimioterapia.
"Nossos resultados podem ajudar a indicar que os pacientes com baixo ou nenhum FBH1 nas células cancerosas não irão se beneficiar de determinados tipos de quimioterapia, mas devem receber outro tipo de tratamento. Então, usar a impressão digital genética de um tumor pode ajustar o tratamento para pacientes individuais", afirma Sørensen.
O próximo passo para a equipe de pesquisa é investigar a presença de alterações, as chamadas mutações em FBH1. A identificação de mutações que tornam as células cancerosas resistentes a certos agentes quimioterápicos pode ser útil para atingir o melhor tratamento para pacientes individuais.
Outra meta para os pesquisadores é encontrar uma maneira de transformar a atividade de FBH1 em células cancerosas. "A esperança é encontrar um método para aumentar a atividade do gene FBH1 em células de câncer uma vez que isto irá torná-las mais sensível à quimioterapia. Alternativamente, pode-se encontrar uma maneira para simular um efeito semelhante ao de FBH1, que pode ser usada como um tratamento adicional, a fim de sensibilizar as células cancerosas à quimioterapia. Se conseguirmos isso, mais pacientes se beneficiarão do tratamento", conclui Fugger.
Fonte: isaude



Nenhum comentário:

Postar um comentário