quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Benefícios da Terapia com animais

Animais de estimação "trabalham" com donos em escritórios


Levar os bichos de estimação para o trabalho é uma prática comum em países como os Estados Unidos e o Canadá. Para algumas empresas, como o Google, a presença de pets é um modo de descontrair o escritório e gerar resultados positivos. Uma campanha norte-americana intitulada "Take Your Dog to Work Day" incentiva empregadores a permitir o acesso de animais ao ambiente de trabalho.
Menos estresse

Os benefícios não são apenas teoria dos apaixonados por animais. Segundo a psicanalista Silvana Prado, membro do Inata (Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais), 15 a 20 minutos de interação com um cão são suficientes para potencializar o elo entre o funcionário e a empresa. "O animal é um facilitador. Sua presença no ambiente de trabalho eleva a autoestima, diminui o estresse, a solidão e a ansiedade."

O contato entre o animal e o homem também tende a favorecer o rendimento. "Pode ser o caminho para um problema cuja solução o funcionário não consegue encontrar."

De acordo com a psicanalista, estudos comprovam que a presença de animais reduz a pressão arterial e a frequência cardíaca. "O contato ativa um neurotransmissor que libera a serotonina, substância sedativa e calmante, além de hormônios como a oxitocina -responsável pela confiança- e a prostatina, o hormônio do vínculo social", explica.

Desde que levou os gatos para o escritório, Lívia diz que a equipe está mais unida. "Além disso, se o funcionário for comprometido, ele também vai se responsabilizar pelo bem-estar do animal naquele ambiente."

Fonte: Folha Online

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Alzheimer -Terapia Afetiva

Estudo realizado pela aluna de psicologia e pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Luciana Teixeira Guimarães, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), investigou os benefícios propiciados pela terapia assistida com animais, em idosos institucionalizados com diagnóstico de processo de demência tipo Alzheimer. A revelação é que os idosos, sobretudo quando institucionalizados, sentem uma enorme necessidade de receber demonstrações de afeto, como o toque, atenção e carinho, o que muitas vezes acaba não ocorrendo, pois estão afastados do convívio social. De acordo com Teixeira, a terapia com animais enfatiza bastante o tato e o contato, além de exercitar habilidades cognitivas como a memória afetiva, ou seja, aquela despertada por algum fato que traz lembranças com certa ligação afetiva.


A coleta de dados ocorreu por meio de observação, durante o tratamento em atividade assistida do Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (INATAA) - "Projeto Cão do Idoso", realizado na Associação Beneficente A Mão Branca de Amparo aos Idosos, em São paulo. O método aponta diversos benefícios aos pacientes, tais como: diminuição da pressão sanguínea e frequência cardíaca, do uso de calmante e antidepressivo; melhora do sistema imunológico; estímulo da interação social; melhora da capacidade motora; diminuição da quantidade de medicamentos utilizados e melhoria da auto-confiança e auto-estima.

Segundo Teixeira, o projeto recebe o acompanhamento de profissionais de diversas áreas. Veterinários, psicólogos e assistentes sociais são alguns especialistas envolvidos. Os cachorros estão sempre muito limpos e com exames que comprovam sua saúde. São escolhidos levando-se em conta as necessidades dos assistidos, uma avaliação de comportamento, para impedir situações desagradáveis, como mordidas, latidos inadequados, brigas com outros cães, inquietude, ou mesmo a falta de interesse na interação.

"Na relação com o cachorro permeiam-se sensações, emoções, palavras, imagens e posturas. O animal passa a ser um caminho pelo qual o idoso pode expressar de forma corporal e simbólica com suas lembranças, seus sentimentos, pensamentos e conceitos. Recordar vivências é o caminho da re-significação da história pessoal presente. Caso estas senhoras tivessem suas comunicações invalidadas, consideradas sem sentido, avaliadas em falsas memórias, a sua verbalização diminuiria, o que poderia acarretar no avanço da situação de Alzheimer", finaliza Teixeira.
A pesquisa foi orientada pela professora Regina Célia Gorodscy, doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP) e co-orientada pela docente Ruth Lopes, coordenadora do Programa de Estudos Pós Graduados em Gerontologia, da PUC-SP.

Fonte: Blog Longevidade