Não estranhe se por acaso escutar latidos em hospitais ou se deparar  com  a visita em massa de animais em escolas, consultórios médicos e   instituições que cuidam de idosos.
Isso porque inúmeros  integrantes do reino animal podem ser fiéis  companheiros e importantes  mediadores e facilitadores no tratamento de  pessoas que passam por  reabilitações físicas, emocionais e sociais.
Esse tipo de  tratamento chamado de ‘pet terapia’ é também conhecido como  Terapia  Assistida por Animais (TAA), no qual participam cães, gatos,  coelhos e  tartarugas, dentre inúmeras outras espécies.
De acordo com Tatiane Ichitani, a ‘pet terapia’ pode ser aplicada no   tratamento de doentes cardíacos e de indivíduos que possuem pressão   alta, câncer, autismo, Alzheimer, paralisia, alergia, depressão e   artrite.
"Qualquer pessoa que necessite melhorar a qualidade de  vida e a  autoestima pode se beneficiar deste trabalho. De qualquer  forma, a  pessoa precisa gostar da visita do animal. O animal não pode  causar um  desconforto ao paciente", ressalta ela.
Dentre os  benefícios elencados por Tatiane estão o desenvolvimento da  autoestima e  da autoconfiança e melhor socialização dos envolvidos. Há  ainda um  avanço na preservação da memória, uma significativa  contribuição na  diminuição dos sintomas de ansiedade.
‘Cão-peão’ de preferência
Dentre os animais mais requisitados para servirem como integrantes da   ‘pet terapia’ está sem dúvida o cão. Figura amistosa e bem quista pela   maioria das pessoas, cabe a ele, em grande parte dos casos, a missão  de  contribuir para o resgate da qualidade de vida e saúde dos homens.
"Em alguns casos, os cães só fazem companhia, dão e recebem carinho. Em   outros casos, podem participar de atividades mais específicas como   fisioterapia, por exemplo, incentivando a pessoa a caminhar ou a fazer   movimentos com os braços, jogando bolinha para o cão buscar", ensina   Tatiane.
Contudo, para que os resultados combinem segurança com  sucesso, além de  uma equipe formada por adestradores e cães de raças,  como shih-tzu,  lhasa-apso, labrador, golden retriever, cocker,  bulldogue inglês,  bulldogue frances e poodle, é fundamental a  colaboração de médicos,  fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros e,  claro, especialistas  veterinária e em comportamento canino.
Segundo Vinicius Fava Ribeiro, o principal benefício de recorrer ao   melhor amigo do homem nessa empreitada é a motivação que ele proporciona   ao paciente, convocando-o para a participação das atividades   terapêuticas. 
"O cão por não julgar, também não cria  expectativas, fazendo com que os  pacientes possam construir um vínculo  afetivo com o cão e despertar um  grande conteúdo emocional que facilita  as ações dos terapeutas".
Fonte: O Diário 
 

 
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