domingo, 14 de julho de 2013

Equoterapia é eficaz no combate a problemas psicológicos

Interação com cavalos ajuda na superação de doenças como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático

Ao falar em psicoterapia ou aconselhamento emocional, a maioria das pessoas imagina um paciente deitado em um divã conversando com um psicólogo. Apesar da imagem convencional, a terapia pode seguir outros caminhos. Formas tradicionais baseadas em conversas de aconselhamento são eficazes, mas há outro método alternativo se tornando mais amplamente aceito, é a equoterapia, que utiliza a abordagem com cavalos.
A presença dos animais no processo pode proporcionar auto-descoberta e cura emocional através de uma abordagem utilizando a psico-intervenção.
Uma das utilizações mais comuns do cavalo em ambiente hospitalar é proporcionar animais domesticados para alegrar o cotidiano de pacientes em asilos. Já é comprovado que acariciar um animal pode reduzir os níveis de pressão arterial. A presença de animais de pequeno porte, como cães e gatos, pode fazer com que os pacientes se sintam mais à vontade durante tratamentos ou consultas médicas.
A terapia envolvendo cavalos foi aplicada pela primeira vez na Europa, em 1800. Desde o período, os cavalos têm desempenhado o papel de ajudar pessoas a superar uma grande variedade de doenças como depressão, ansiedade, transtornos alimentares, distúrbios do sono e estresse pós-traumático. A equoterapia também está sendo utilizada para tratar crianças com autismo, problemas comportamentais ou traumas relacionados ao abuso sexual.
Michelle Rookley, terapeuta equestre e participante de um programa em Huon Valley, na Tasmânia, diz que as sessões de terapia têm clima relaxado e informal.
“Sinto que as pessoas são atraídas por essa terapia por ela não ser clínica. As sessões ocorrem em um ambiente natural e não em um ambiente de pressão. O foco não está na pessoa como um paciente”, esclarece a especialista.
Rookley também trabalha com nutrição e incorpora esse conhecimento durante suas sessões de terapia a cavalo para auxiliar pessoas que sofrem com transtornos alimentares. A terapeuta afirma que muitos pacientes relatam sentir mais entusiasmo, poder e confiança após as sessões.
“Acreditamos que os cavalos têm um poder que é exclusivamente transformador. Eles podem nos ensinar a compaixão, respeito, humildade, paciência e gratidão”, explica a terapeuta.
Lugar dos cavalos no campo da cura
Praticar a equoterapia não é o mesmo do que andar a cavalo. É uma sessão de terapia personalizada realizada por um especialista, um conselheiro de saúde licenciado e um pequeno grupo de cavalos treinados para agirem de maneira dócil.
Diferentes países criaram diferentes modelos para a realização da equoterapia, o que pode garantir pequenas diferenças nos métodos de condução do tratamento. Na Austrália, uma sessão típica encaminha o paciente para tarefas fundamentais com os cavalos, como conduzi-los ao longo de um percurso de obstáculos ou escová-los. Quando a sessão com os cavalos termina o participante é convidado a verbalizar sobre os pensamentos e sentimentos que surgiram durante as atividades. O trabalho do terapeuta está em destacar os temas a serem abordados. Através da discussão e da autorreflexão, o paciente pode tornar-se consciente das noções negativas ou dos padrões de pensamento, o que pode resultar em uma mudança holística.
E por que os cavalos? Os cavalos são animais muito sensíveis, que andam em agrupamentos, o que os tornam mais atentos aos sentimentos e linguagem corporal de seus semelhantes. Essa sensibilidade também garante a eles uma boa leitura corporal dos seres humanos sem pré-julgamentos. Através de interações observadas entre os participantes e os cavalos, o terapeuta pode obter insights sobre os padrões de comportamento e os obstáculos mentais que o participante pode ter em seu subconsciente.
“Muitas vezes, os cavalos estão refletindo questões internas de uma pessoa e de saúde mental e emocional, embora, às vezes, não de maneira óbvia. Em um grupo, muitas pessoas podem se conectar aos cavalos, que refletem a sua visão e personalidade”, garante Rookley.
Benefícios da equoterapia
A equoterapia não se restringe a pessoas que necessitam de psicoterapia. Essa abordagem também está sendo usada por profissionais de empresas que pretendem desenvolver habilidades para a vida, como liderança, auto-confiança, motivação e compreensão.
Outra abordagem da terapia com cavalos está no campo da filosofia. Essa forma de trabalho propõe que crianças e adolescentes aprendam sobre si próprios e sobre a importância de um comportamento socialmente aceitável. O método tem apresentado bons resultados em crianças com Transtorno de Déficit de Atenção (ADD), agressivas ou com comportamentos antissociais.
Rookley ajudou uma grande variedade de pessoas em sua comunidade através da equoterapia. Ela tem auxiliado crianças que não sabem lidar com traumas, pessoas que passam por momentos dolorosos e pacientes que sofrem de distúrbios alimentares.
Durante uma sessão coordenada pela especialista, um participante é colocado no papel de líder e comunicador que guiará o cavalo sem ser dominador ou assustá-lo. Através dessa aprendizagem, Rookley acredita que esse tipo de terapia pode desempenhar um papel positivo na redefinição de limites pessoais saudáveis ​​e na reconstrução de relações familiares.
“A equoterapia pode ser benéfica para as famílias que procuram reestruturar seus padrões de interação. Ela ajuda na redescoberta de si mesmo, dos outros e do mundo em que vivemos de uma maneira saudável”, afirma Rookley.
Não há pré-requisitos para fazer a equoterapia. Tudo o que o paciente precisa para participar é ter vontade de se conectar aos cavalos e uma mente aberta.
Epoch Times publica em 35 países em 21 idiomas

Hospital usa terapia animal na recuperação de crianças

O Hospital Infantil Sabará lançou projeto inédito em hospital pediátrico em São Paulo: a visita de bichos de estimação às crianças internadas. É o Cãoterapia – Terapia Assistida por Animais –, um programa que permite que cães devidamente treinados passem um tempo junto aos pacientes no hospital. Durante as visitas, além dos tradicionais afagos e brincadeiras, os cães estimulam a socialização das crianças, que dessa maneira se tornam mais receptivas ao ambiente hospitalar.
O programa é uma parceria entre o Hospital Sabará e a ONG Cão Cidadão. Nove cães participam das visitas semanais, na forma de revezamento. Todos têm a documentação necessária e preenchem os requisitos de higiene e de saúde exigidos pelo protocolo aprovado mundialmente, ou seja, estão vacinados, vermifugados, realizam exames de fezes regularmente e têm atestado de saúde da veterinária do projeto. Além disso, fazem parte a escovação dos dentes regular e banho no dia da visita. “Para garantir o bem-estar dos pacientes e do próprio cão, ele recebe um treinamento especial, realizado pela equipe de profissionais da Cão Cidadão, durante o qual o animal aprende a se comportar de maneira sutil e terna, e a fazer alguns truques para divertir as pessoas que recebem a visita. Para fazer parte do projeto ele passa por uma triagem onde são realizados testes de comportamento e agressividade, e, detectadas as habilidades comportamentais para serem “cães terapeutas”, são selecionados para tal”, afirma Paulina.A Terapia Assistida por Animais já é realidade em vários países, e vem comprovando que os bichos colaboram muito no tratamento de doenças auxiliando na recuperação de pacientes. Esse trabalho vem sendo implantado também no Brasil. “O animal é um amigo do homem, seja adulto ou criança, visto como um parceiro valioso, pois ele trabalha como co-terapeuta e, junto de profissionais ligados à saúde, são utilizados para incrementar o tratamento de seus pacientes”, explica Paulina Basch, coordenadora do projeto e Diretora Técnica do Hospital Infantil Sabará.
Todas as crianças internadas nos quartos, desde que não apresentem nenhuma restrição médica, recebem a visita dos cães. Ainda em fase inicial, a parceria entre o Hospital Sabará e a Cão Cidadão é vista como um programa importante. “Acreditamos que um trabalho conjunto faz a diferença e que a dedicação tem suas recompensas. Esse trabalho dá a sensação de missão cumprida, pois sabemos que pequenas ações influenciam a vida das pessoas”, conclui Paulina

 
O Hospital Infantil Sabará utiliza terapia assistida com animais, um projeto em parceria com a ONG Cão Cidadão, que permite visitas semanais de animais aos pacientes (Foto: Divulgação)

AMIGO FIEL
Ter contato com animal proporciona um ambiente agradável e pode melhorar a qualidade de vida de ambos. Os benefícios nas terapias para crianças são de total importância para o estado, físico, mental, social e emocional:.
Benefícios Físicos
• Os exercícios e estímulos são variados, aumentando a mobilidade;
• A terapia ajuda a regular a pressão arterial, com reações químicas positivas (segundo estudos divulgados por programas americanos, ingleses e canadenses);
• Bem-estar geral;
• Redução do estado de dor;
• Dá um novo ânimo para as funções da fala e físicas.
Benefícios Mentais
• Estimula a memória do paciente levando em conta as diversas observações relativas à vida da criança e dos animais com os quais mantém contato. Exercícios de cognição através de material usual do animal, da alimentação e de higiene.
Benefícios Sociais
• Oportunidade de comunicação e sentido de convivência;
• Recreação, diversão e alívio do tédio do cotidiano. Redução da sensação de isolamento;
• Possibilidade de troca de informações e de ser ouvido;
• Sentimento de segurança, socialização e motivação.
Benefícios Emocionais
• Amor incondicional e atenção, espontaneidade das emoções, redução da solidão, diminuição da ansiedade, relaxamento, alegria, reconhecimento de valor, troca de afeto;
• Vínculo e aumento de confiança com o ser humano, com o foco nos participantes da terapia;
• Reações positivas a estímulos (alimentação, necessidades básicas e higiene);
• Os benefícios continuam mesmo depois das visitas, através das lembranças e experiências positivas.

Fonte: Época

Cão recebe medalha na Grã-Bretanha por ação no Afeganistão

Treo, um cachorro da raça labrador, receberá nesta quarta-feira a mais alta condecoração concedida a animais no Reino Unido por sua atuação na guerra do Afeganistão.
A medalha "Dickin" é equivalente à "Victoria Cross", a mais alta homenagem oferecida a militares britânicos. Treo, agora aposentado, serviu como farejador no exército britânico no Afeganistão, onde por duas vezes encontrou bombas escondidas na província de Helmand.
Sessenta e três animais já receberam a condecoração no país, sendo 26 cachorros, 32 pombos-correio usados na Segunda-Guerra Mundial, três cavalos e um gato.
O sargento Dave Heyhoe, encarregado por Troe ao longo de cinco anos, também estará presente na cerimônia de entrega da medalha, no Museu da Guerra em Londres. A cerimônia deverá ser apresentada por um membro da família real britânica, a princesa Alexandra.
"É muito importante. Nós somos parte do elemento de busca. Não somos a última resposta, mas somos uma ajuda na busca", afirmou o sargento Heyhoe. Treo era um dos 25 cachorros a serviço do exército britânico no Afeganistão.
Em setembro de 2008, Treo encontrou duas cadeias de bombas escondidas feitas de diversos explosivos conectados. Segundo o sargento Heyhoe, o trabalho de detetive do cão salvou a vida de muitos soldados.
"Todo mundo diz que ele é somente um cão que faz serviço militar. Sim, ele é, mas ele também é um grande amigo meu. Nós cuidamos um do outro", disse o militar. Hoje, Treo vive como cachorro de estimação de uma família.
Fonte: BBC Brasil

Fármaco brasileiro melhora imunidade de cães com leishmaniose

Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Estudo publicado recentemente na revista Acta Tropica mostrou que um fármaco desenvolvido no Brasil e batizado de P-MAPA (abreviação de agregado polimérico de fosfolinoleato-palmitoleato de magnésio e amônio proteico) melhorou o estado clínico e a imunidade de cães com sintomas de leishmaniose. Segundo os pesquisadores, a droga poderia ser usada como adjuvante no tratamento convencional.
A pesquisa foi realizada na Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba (FMVA), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e contou com apoio da FAPESP.
Foram selecionados 20 animais que apresentavam pelo menos três sinais característicos da doença, entre eles emagrecimento acentuado, alopecia, crescimento anormal das unhas e lesões de pele, em especial na ponta das orelhas.
Após a confirmação do diagnóstico, os cães foram separados em dois grupos. Metade foi tratada com injeções intramusculares de P-MAPA durante 45 dias. A outra metade recebeu apenas placebo durante o mesmo período.
“O grupo tratado apresentou uma clara melhora clínica, especialmente relacionada ao ganho de peso e massa muscular, recuperação das lesões cutâneas e crescimento de pelos em áreas de alopecia. Também analisamos uma série de parâmetros para ver se a imunidade celular havia aumentado”, contou Valéria Marçal Felix de Lima, professora da FMVA e coordenadora da pesquisa.
Nos animais infectados, contou a pesquisadora, a imunidade celular tende a diminuir à medida que a doença progride, o que favorece o aumento da carga parasitária.
Para verificar se a droga era capaz de evitar esse quadro, os pesquisadores realizaram uma biópsia de pele da orelha dos animais e analisaram a carga parasitária nas amostras por um método conhecido como PCR em tempo real (reação em cadeia da polimerase, na sigla em inglês).
Ao final do tratamento, os cães tratados com P-MAPA mostraram redução na carga parasitária de cem vezes comparado ao observado no início do tratamento. Além disso, comparado ao grupo controle, o tratamento com P-MAPA estimulou cinco vezes mais a produção de uma citocina chamada interferon gamma (IFNγ), responsável por ativar as células de defesa e favorecer o combate ao protozoário causador da doença.
O tratamento, por outro lado, reduziu em cerca de três vezes a quantidade de outra citocina chamada interleucina 10 (IL-10), capaz de desativar as células de defesa e permitir a proliferação do patógeno.
Para Lima, os resultados sugerem que o P-MAPA poderia ser usado como auxiliar no tratamento da leishmaniose em cães.
“As drogas hoje disponíveis não conseguem eliminar o parasita totalmente. O cão fica sujeito a recaídas. Além disso, são muito tóxicas para os animais”, contou a pesquisadora.
Até pouco tempo atrás, a legislação brasileira proibia o tratamento de cães infectados pelo protozoário Leishmania chagasi, pois acreditava-se que o sacrifício era a melhor forma de evitar a transmissão para humanos, que ocorre pela picada do mosquito-palha (Phlebotomus pappatasi). “Mas a legislação está se tornando mais flexível e aceitando o tratamento dos animais”, contou Lima.
Embora no artigo publicado na Acta Tropica os pesquisadores não tenham explorado os mecanismos de ação do medicamento, estudos anteriores mostraram que ele é capaz de estimular determinados receptores celulares relacionados à imunidade inata.
Considerado um imunomodulador, o P-MAPA já demonstrou resultados promissores no combate a alguns tipos de câncer e a outras doenças infecciosas, como tuberculose e malária. Leia mais em http://agencia.fapesp.br/15913
A molécula foi desenvolvida a partir de substâncias existentes no fungo Aspergillus oryzae pela rede de pesquisa Farmabrasilis – entidade sem fins lucrativos criada em 2001 e constituída por cientistas brasileiros, chilenos, europeus e norte-americanos.
O artigo Improvement in clinical signs and cellular immunity of dogs with visceral leishmaniasis using the immunomodulator P-MAPA (doi: 10.1016/j.actatropica.2013.04.005), pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0001706X13001034
Fonte: Agencia Fapesp

Projeto Pêlo Próximo no Encontro com Fátima Bernardes

Pássaros ajudam Dona Berenice na fisioterapia




Cachorro-cabeça

Seu cão evoluiu só para conversar com você; ele compreende melhor os gestos humanos do que as espécies mais inteligentes, mostram experimentos científicos
JULIANA CUNHACOLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cachorros conseguem interpretar gestos humanos que não fazem sentido para outros animais inteligentes como golfinhos, focas e cabras.
Um gesto aparentemente simples como o de apontar para um objeto escondido não é compreendido por seus ancestrais lobos e nem mesmo por chimpanzés, nossos parentes mais próximos.

Milhares de anos convivendo com pessoas -e dependendo de sua comida para sobreviver- fizeram dos cães especialistas em humanos, como mostram duas pesquisas publicadas neste ano.

Os estudos -um feito no Instituto de Psicologia da USP, outro no Instituto de Antropologia Evolutiva Max Planck, na Alemanha- chegaram a conclusões semelhantes e complementares.

A pesquisa alemã comparou a habilidade de cães e primatas em reconhecer pistas humanas para encontrar um alimento escondido. O experimento trabalhou com 20 chimpanzés e 32 cachorros de diferentes raças e idades.

A ideia era fazer com que eles achassem comida escondida sob uma caixa. Durante o teste, uma pessoa apontava insistentemente para a caixa, usando o indicador.
Resultado: enquanto os cachorros compreendiam a dica facilmente, primatas encaravam a pessoa com desprezo ou cara de interrogação.

"Não dá para saber se os macacos não entendem por terem menos capacidade de abstração para essa tarefa específica ou se a questão é que não confiam tanto nos humanos. Cachorros estão acostumados a serem beneficiados por homens, por isso dão mais valor às nossas sugestões", diz Juliane Kaminski, uma das autoras do estudo.

Mesmo filhotes de cães muito jovens e sem nenhum treinamento foram bem-sucedidos na tarefa. Mais bem-sucedidos do que crianças de até dois anos, para quem um objeto escondido simplesmente deixa de existir.

No Brasil, a psicóloga Maria Brandão, orientanda de César Ades (maior especialista em comportamento animal do país, morto em março), provou que, além de compreender o gesto indicativo de um ser humano, o cachorro consegue reter a informação por até quatro minutos. Uma capacidade de compreensão e retenção de conhecimento que não era esperada da espécie.

"Mesmo quando são distraídos com outras atividades, eles se lembram do objeto escondido e voltam para buscá-lo", conta Brandão, que testou sua teoria com 25 cães entre dois e oito anos, de diferentes raças.

Uma pensamento comum era o de que os cachorros aprendiam esse tipo de truque por meio de treinamento, hipótese que a pesquisadora nega: "Entender um gesto abstrato que o dono faz com as mãos é antes uma habilidade que os cães desenvolveram evolutivamente do que algo ensinado", explica.

As pesquisas de Kaminski e Brandão fazem coro com outros estudos feitos nos últimos anos destacando como humanos e cães criaram juntos mecanismos de comunicação entre suas espécies.

Cachorros desenvolveram o hábito de latir somente para se comunicar conosco. Deu certo: humanos entendem se um latido é de medo, alegria ou agressividade em 60% dos casos, segundo pesquisa da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, feita em 2005.

Em 2008, pesquisadores da University of London provaram que cães tendem a bocejar minutos depois de seus donos. O bocejo contagioso era visto como indicativo de empatia entre primatas.

Em alguns anos talvez acabem descobrindo que cães são mesmo primatas: só lhes falta o polegar opositor e alguns gramas de cérebro.

Por que os bichos tornam as nossas vidas mais saudáveis?


De tanto estudar o comportamento dos bichos, o pesquisador americano-suíço Dennis Turner descobriu que a companhia deles nos traz muito mais benefícios do que as alegrias domésticas já conhecidas. “Eles podem ser o fator fundamental de cura para doenças físicas e emocionais além de melhorar a auto-estima, o bom humor e os relacionamentos”, afirma. Turner dirige um centro de estudos na Suíça que oferece cursos de terapia para psiquiatras, psicoterapeutas, assistentes sociais, administradores de hospitais. Confira a entrevista com o estudioso:
Como um bicho de estimação pode tornar a vida das pessoas mais saudável?
Independentemente da cultura ou do status socioeconômico, ter um cão ou um gato em casa é altamente benéfico. Os donos de animais estão entre os que sobrevivem mais tempo após um ataque cardíaco, sofrem menos de depressão, de solidão, de medo e de ansiedade. A presença deles estimula a auto-estima, especialmente de crianças com problemas na escola, e ajuda na reintegração de jovens desajustados, idosos e deficientes à sociedade. O pré-requisito para isso, entretanto, é que sejam bem cuidados e respeitados.
Existem dados que comprovem essa relação com a melhora na saúde?
Pesquisas realizadas na Austrália e na Suíça mostraram que famílias que possuem animais têm uma redução significativa com despesas médicas. Essas pessoas também gastam menos com medicamentos. Muitos estudos demonstram ainda que a presença deles em casa diminui a pressão sanguínea, os níveis de colesterol e o estresse dos moradores. Quem tem um cão também ganha com as caminhadas diárias, que auxiliam na prevenção de problemas cardíacos e na recuperação de quem sofreu um infarto.
Há experiências de sucesso com pacientes em tratamento psiquiátrico?
Sim. Doentes que não pronunciavam uma única palavra havia anos e não respondiam aos métodos tradicionais de terapia têm se socializado por meio do contato com animais. A simples presença deles funciona como um quebra-gelo para o doente não comunicativo, por exemplo. Ele começa direcionando um olhar fixo para o bicho. Algum tempo depois, passa a tocá-lo. Nas consultas que se seguem, conversa somente com o animal. Mais tarde, o terapeuta entra nessa conversa fazendo comentários sobre o bicho e dirigindo o assunto para sentimentos humanos. A partir daí, o terapeuta poderá ajudar o paciente a estabelecer uma relação com outras pessoas.
A terapia com animais pode ser uma opção para os países em desenvolvimento reduzirem os gastos com saúde pública?
Os programas que tratam portadores de deficiência física e mental, crianças com dificuldades na escola, delinquentes juvenis, pessoas que sofrem com a violência doméstica e presidiários estão entre os que muito têm a ganhar, pois essa terapia não exige grandes investimentos. Além disso, os governos podem fazer uma economia indireta de recursos públicos ao investir em educação sobre a posse responsável de mascotes. Isso aumenta o respeito das pessoas para com eles e diminui o número de bichos abandonados. É melhor prevenir do que optar pelo sacrifício.
Além de nos manter mais saudáveis, que outros benefícios eles nos trazem?
Alguns psicoterapeutas já prescrevem a aquisição de um animal de companhia como parte de um programa de terapia familiar. Um cão ou um gato pode unificar os membros em conflito, propiciando a todos um foco comum, que freqüentemente tem início com diálogos sobre o animal e sobre os cuidados que ele requer.
Por que as pessoas abandonam os animais? Na França e na Itália, é comum ver famílias soltá-los nas ruas ao sair de férias. Nos Estados Unidos e no Brasil, levam-se cães e gatos saudáveis para ser sacrificados.
As pessoas não consideram os cuidados que um bicho requer – alimentação adequada, consultas ao veterinário e carinho -, o que significa tempo, dedicação e um certo investimento financeiro. Às vezes são cativadas pela graciosidade de um filhote e não se dão conta de que ele crescerá tornando-se, para alguns, menos atrativo. Também ocorre de ignorarem o tempo de vida do animal – cerca de 12 anos para cães e 20 anos para gatos – no momento em que decidem ter um. Outra razão é a mudança de casa ou o desemprego repentino. Nesses casos, a melhor atitude seria procurar uma pessoa que pudesse cuidar dele. É antiético abandonar o animal à própria sorte. Ele passa por uma fase miserável de vida e morre logo. É por isso que o aprendizado sobre o que os bichos podem significar para nós e sobre o que nós significamos para eles é extremamente importante.

Fonte: Blog Gateiros

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Projeto Pêlo Próximo promove campanha de adoção de cães e gatos na Leroy Merlin

Carminha 
No próximo domingo (21), acontece a 1ª Campanha de Adoção de Cães e Gatos Leroy Merlin, em parceria com o Projeto Pêlo Próximo e Casa da Dona Shirley. A campanha, que acontece na Leroy Merlin de Jacarepaguá, das 10 às 16h, na Rua Cândido Benício, 3936 – Tanque, tem como objetivo incentivar a adoção de animais abandonados e conscientizar a população contra o abandono. Estarão disponíveis cerca de 25 cães e gatos de vários tamanhos, todos castrados e vacinados. Além dos animais da Casa da Dona Shirley, a campanha contará também com a participação do Abrigo João Rosa. 
Os adotantes receberão um manual de adoção, elaborado pela adestradora e comportamentalista do Projeto Pêlo Próximo, Elaine Natal, com dicas e procedimentos para a adaptação do novo membro da família. Além disso, durante todo o dia, estão programadas aulas de adestramento básico com a adestradora, para quem comparecer à campanha.
Além de colocar os animais para adoção, os voluntários estarão recebendo doações de medicamentos, jornais,
Flora
produtos de limpeza e ração. Para adotar um animalzinho, os interessados deverão levar um comprovante de residência,um documento de identificação com foto, ser maior de 18 anos e assinar um termo de responsabilidade.
1ª Campanha de Adoção de cães e gatos Leroy Merlin Jacarepaguá
Dia: 21/07  - das 10 às 16h00
Rua Cândido Benício, 3936 - Tanque
Informações: peloproximo@gmail.com