Máquina pisca, mexe as patinhas, faz sons e reage a estímulos
Residente de asilo abraça bebê foca, robô que pisca e reage a toques
AMY HARMON
DO "NEW YORK TIMES"
Nada que Eileen Oldaker fizesse acalmava sua mãe, quando esta lhe ligou do asilo, desorientada e aflita, na fase inicial de demência senil. Então Oldaker desligou, ligou para a sala das enfermeiras e suplicou que elas levassem Paro para sua mãe.
Paro é um robô na forma de bebê foca. Mexe as patinhas e faz barulhos se é acariciado, abre os olhos se ouve ruídos e choraminga se é segurado de cabeça para baixo.
Microprocessadores sob o pelo ajustam seu comportamento com base em dados transmitidos por sensores de som, temperatura e toque.
Paro se anima se ouve seu nome ou é elogiado e, com o tempo, reage a palavras que ouve com frequência.
"Oh, é meu bebê", exclamou a mãe de Oldaker, Millie Lesek, quando uma funcionária lhe entregou a foca.
Paro é um entre um punhado de robôs que assumem formas às vezes esdrúxulas e primitivas, mas que, ao menos para alguns de seus primeiros usuários, se mostram cativantes.
MÁQUINAS PARCEIRAS
Construir uma máquina que satisfaça a necessidade humana de companheirismo tem se mostrado difícil.
Mesmo assim, alguns aparelhos aproveitam a ternura inata que muitas pessoas têm por objetos que parecem sentir -ou que precisam de alguém que cuide deles.
O surgimento dessas máquinas em asilos, escolas e salas de estar vem dando combustível às fantasias de ficção científica sobre máquinas com as quais as pessoas podem se relacionar.
Similar à terapia com animais de estimação, Paro pode ajudar pacientes alérgicos, ou mesmo os que não o são. Ele não precisa ser alimentado, não morde e, em alguns casos, pode ser uma alternativa à medicação.
Mas alguns críticos veem esse uso de robôs como indicativo do status baixo dos idosos, especialmente dos que sofrem de demência.
A psicóloga Sherry Turkle, do Instituto Massachusetts de Tecnologia, diz que vai se tornar cada vez mais tentador substituir a presença de um familiar, ou amigo real por Paro ou outro robô.
"É apenas o começo", disse ela. "E depois? Por que não um robô que lê histórias para seu filho? No final, quais de nós vão merecer pessoas de verdade?"
De acordo com Takanori Shibata, o inventor de Paro, parte da atração da foquinha se deve a um truque robótico.
Como a tecnologia não era suficiente para imitar com precisão um animal específico, Shibata escolheu um com o qual poucos têm familiaridade. "Elas pensam em Paro como um animal vivo", disse.
DO "NEW YORK TIMES"
Nada que Eileen Oldaker fizesse acalmava sua mãe, quando esta lhe ligou do asilo, desorientada e aflita, na fase inicial de demência senil. Então Oldaker desligou, ligou para a sala das enfermeiras e suplicou que elas levassem Paro para sua mãe.
Paro é um robô na forma de bebê foca. Mexe as patinhas e faz barulhos se é acariciado, abre os olhos se ouve ruídos e choraminga se é segurado de cabeça para baixo.
Microprocessadores sob o pelo ajustam seu comportamento com base em dados transmitidos por sensores de som, temperatura e toque.
Paro se anima se ouve seu nome ou é elogiado e, com o tempo, reage a palavras que ouve com frequência.
"Oh, é meu bebê", exclamou a mãe de Oldaker, Millie Lesek, quando uma funcionária lhe entregou a foca.
Paro é um entre um punhado de robôs que assumem formas às vezes esdrúxulas e primitivas, mas que, ao menos para alguns de seus primeiros usuários, se mostram cativantes.
MÁQUINAS PARCEIRAS
Construir uma máquina que satisfaça a necessidade humana de companheirismo tem se mostrado difícil.
Mesmo assim, alguns aparelhos aproveitam a ternura inata que muitas pessoas têm por objetos que parecem sentir -ou que precisam de alguém que cuide deles.
O surgimento dessas máquinas em asilos, escolas e salas de estar vem dando combustível às fantasias de ficção científica sobre máquinas com as quais as pessoas podem se relacionar.
Similar à terapia com animais de estimação, Paro pode ajudar pacientes alérgicos, ou mesmo os que não o são. Ele não precisa ser alimentado, não morde e, em alguns casos, pode ser uma alternativa à medicação.
Mas alguns críticos veem esse uso de robôs como indicativo do status baixo dos idosos, especialmente dos que sofrem de demência.
A psicóloga Sherry Turkle, do Instituto Massachusetts de Tecnologia, diz que vai se tornar cada vez mais tentador substituir a presença de um familiar, ou amigo real por Paro ou outro robô.
"É apenas o começo", disse ela. "E depois? Por que não um robô que lê histórias para seu filho? No final, quais de nós vão merecer pessoas de verdade?"
De acordo com Takanori Shibata, o inventor de Paro, parte da atração da foquinha se deve a um truque robótico.
Como a tecnologia não era suficiente para imitar com precisão um animal específico, Shibata escolheu um com o qual poucos têm familiaridade. "Elas pensam em Paro como um animal vivo", disse.
Fonte: Folha de S.Paulo
Tradução de Clara Allain
Tradução de Clara Allain
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