quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Construção de novo centro de terapia com cavalos no Rio começa em 2012

Investimento atenderá cerca de 300 pacientes com necessidades especiais
Esse é o esboço do projeto do novo Centro de Equitação Terapêutica da PM em Sulacap, na zona oeste do Rio
As obras para a construção do novo Centro de Terapia com Cavalos da Polícia Militar em Sulacap, na zona oeste do Rio de Janeiro, vão começar no próximo ano. Essa é a estimativa da PM, que contará com investimento de R$ 1,3 milhão da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro) para atender de graça crianças, jovens e adultos com necessidades especiais. A nova unidade vai ampliar os dias de atendimento e, consequentemente, o total de pacientes assistidos.


O novo centro de equoterapia será construído na área do Esquadrão Escola de Cavalaria, na avenida Marechal Fontenelle, número 1.906, onde a PM mantém a Cia. Destacada. O local terá 2.450 m². Ainda não há previsão de quando a unidade ficará pronta. 


O objetivo, segundo o comandante do RPMont (Regimento de Polícia Montada), coronel José Artur Samaha de Carvalho, é atender a um número maior de pacientes, ampliando dos atuais 50 para 300. De acordo com ele, os atendimentos que hoje acontecem no quartel de Campo Grande, na zona oeste, às terças e quintas-feiras, das 8h às 11h e das 12h às 16h, serão feitos em todos os dias da semana, no mesmo horário.

O tratamento

O Centro de Equoterapia da PM é filiado à Ande (Associação Nacional de Desporto para Deficientes). A atividade surgiu na corporação em 1986 e a proposta de formalização foi encaminhada ao Comando Geral da PM no ano passado. Segundo o comandante Samaha, a estrutura que existe atualmente no Regimento Cel PM Enyr Cony dos Santos, em Campo Grande, é uma conquista.


- Essa luta está se arrastando desde 1986. Estamos formalizando a equoterapia agora e captando recursos. Tudo o que temos atualmente no Centro de Equoterapia foi doado pela comunidade de Campo Grande, desde o prego até o cimento e o tijolo.
A equipe multidisciplinar é composta por dez profissionais - sete deles PMs com formação em fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, assistência social, neuropediatria, educação física, pedagogia, terapia ocupacional e instrução de equitação.

Os pacientes atendidos no centro apresentam variações de tetraplegia e problemas mentais. A maioria sofre de problemas neurológicos e motores. Eles passam por uma avaliação médica antes do tratamento e fazem exercícios de alongamento e equilíbrio.

Segundo a cabo Márcia Fonseca, que trabalha diretamente com os praticantes, o tratamento no Centro de Equitação Terapêutica da PM é complementar ao acompanhamento médico.

- O cavalo passa um estímulo para o paciente, mas é importante fazer fisioterapia ao mesmo tempo. A equoterapia melhora o funcionamento da criança.

Oito cavalos da PM são usados na equoterapia. Segundo o coronel Samaha, os animais mais velhos são destinados a esse trabalho por serem tranquilos e dóceis.

- Os cavalos usados para o tratamento são os mais velhos e mais tranquilos. Eles não vão mais para a rua. São selecionados exclusivamente para essa atividade. Eles têm que ser adestrados e treinados para esse tipo de trabalho.

Cristiano desenvolveu a fala e os movimentos do corpo após a equoterapia
  
 Fonte: R7

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