quinta-feira, 11 de agosto de 2011

LUGAR DE CÃO É NO HOSPITAL?

As exigências são muitas, e a avaliação, profunda. "O cão precisa ser afetivo, gostar de outras pessoas que não só seus donos, além de conseguir conviver com outros animais. Eles devem suportar barulho, movimento, serem focados...", enumera a presidente executiva do Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (Inataa), Silvana Fedeli Prado. Tudo isso é necessário para que os animais trabalhem, principalmente, com crianças. "Sabemos que as crianças se beneficiam mais, mas não é algo exclusivo", afirma a diretora de enfermagem do Hospital São Paulo, Maria Isabel Carmagnani. O Inataa, por exemplo, leva seus cães também a asilos. "Foi como começamos, há oito anos. Os idosos também se beneficiam bastante com esse contato", diz Silvana.

Maria Isabel conta que, no hospital, onde também são recebidos cachorros no atendimento pediátrico, houve resistência para levar os animais a outros setores, como a UTI e internações com idosos. "Na pediatria, os médicos são mais abertos. Mas tivemos problemas com gente que acha que hospital não é lugar de cachorro", conta ela. Normas de higiene são seguidas à risca. Além das benesses clínicas, o estudo da Universidade de Miami mostra, também, que "um cachorro é uma fonte de contato social única e significativa, acima de qualquer contribuição humana".

Quem está acostumado a ficar rodeado de cães, como a modelo e atriz Giovanna Ewbank, 24 anos, casada com o ator Bruno Gagliasso, sabe bem disso. "O cachorro é amigo, companheiro e o amor deles é puro", conta Giovanna, dona de oito cães. A atriz Totia Meireles, 53 anos, considera especiais as visitas ao seu sítio, no interior do Rio de Janeiro, onde seus três cães sempre a recebem com alegria. "Quando eu chego, é como se não tivesse passado tanto tempo fora. Fico com o humor muito melhor. É uma troca de carinho. É amor". Giovanna se lembra de quando morou fora do Brasil, pela carreira de modelo, e passou muito tempo sozinha.

Esse período foi marcado por muita saudade - inclusive dos seus bichos. "Em Nova York, eu trabalhava muito e quase não ficava em casa. Por isso, achei melhor não ter um bicho de estimação. Senti muita falta", conta ela. O dia a dia com seus cães só a fazem ter certeza: "Lembro dos momentos em que me senti sozinha e triste. Um cachorro teria me ajudado muito!".

Fonte: Agencia Estado

Nenhum comentário:

Postar um comentário