Animais com problemas emocionais ou comportamentais podem usufruir dos benefícios da musicoterapia, que é aplicada com apenas algumas adaptações em relação à técnica usada em pessoas. “Em humanos trabalhamos com semiótica da canção. Com os cachorros usamos basicamente a anamnese (entrevista para levantamento do histórico do paciente)”, explica a musicoterapeuta Emanuela Garcia Bastos, da FisioPet.
No tratamento das síndromes emocionais, como depressão, hiperatividade, agressividade, carência afetiva e síndrome do abandono (que envolve questões familiares, como o animal parar de comer quando o dono viaja), a musicoterapia pode ser o único tratamento. “Nessas situações o cachorro pode adotar uma atitude até mesmo de automutilação, casos em que a musicoterapia traz resultados satisfatórios”, diz a terapeuta.
Já nos problemas físicos, patologias ortopédicas e neurológicas ela aparece como tratamento coadjuvante. “Se o cachorro apresenta uma arritmia cardíaca, entramos com uma música no mesmo ritmo dos seus batimentos cardíacos para tentar tranquilizá-lo, mas a musicoterapia não exclui a necessidade do tratamento medicamentoso”, avisa.
Nos cães hiperativos o tratamento é iniciado com uma música que se assemelhe ao seu ritmo, para fazê-lo se envolver com a terapia. “Depois vamos mudando as canções, inserindo outras com ritmos mais lentos e assim o animal vai ‘desacelerando’”, explica Emanuela.
Fisioterapia
Nas sessões de fisioterapia, por exemplo, a técnica tem sido utilizada para tranquilizar o cão. “Em animais agressivos, às vezes a agressividade está relacionada à dor. Com a musicoterapia o animal relaxa, se entrega, proporcionando um melhor desempenho da fisioterapia”, exemplifica a profissional.
Nas sessões de fisioterapia, por exemplo, a técnica tem sido utilizada para tranquilizar o cão. “Em animais agressivos, às vezes a agressividade está relacionada à dor. Com a musicoterapia o animal relaxa, se entrega, proporcionando um melhor desempenho da fisioterapia”, exemplifica a profissional.
Segundo a veterinária Laryssa Petrocini Rosseto, com a conjunção das duas terapias a resposta aparece de forma mais rápida. “Um animal que fica tenso e relutante durante a sessão [de fisioterapia], tende a segurar mais a tensão muscular e com isso gerar mais dor nos locais afetados. Com a musicoterapia o animal tende a aceitar mais a manipulação do terapeuta e, assim, os efeitos surgem de maneira mais evidente”, explica Laryssa.
Sessão usa músicas e instrumentos
Segundo a musicoterapeuta, a anamnese é o primeiro passo para descobrir o repertório musical com que o animal se identifica, de acordo com os hábitos da família e suas particularidades. “Não vou tratar somente o animal. A anamnese é feita também com os proprietários, para avaliar sua identidade sonora, que chamamos de ISO, para encontrarmos uma harmonia que o cão já conheça, como músicas que a família ouve”, explica a musicoterapeuta Emanuela Garcia Bastos.
Segundo a musicoterapeuta, a anamnese é o primeiro passo para descobrir o repertório musical com que o animal se identifica, de acordo com os hábitos da família e suas particularidades. “Não vou tratar somente o animal. A anamnese é feita também com os proprietários, para avaliar sua identidade sonora, que chamamos de ISO, para encontrarmos uma harmonia que o cão já conheça, como músicas que a família ouve”, explica a musicoterapeuta Emanuela Garcia Bastos.
Durante 45 minutos, com o uso de gravações e instrumentos musicais como xilindró, pau de chuva, caxixi, sino, pandeiro, maraca e reco-reco, a musicoterapeuta trabalha as dificuldades do animal. “Em cachorros com estresse por conta do medo de chuva, por exemplo, entramos com sons como caxixi, depois pau de chuva e vamos ‘dessensibilizando’, até que ele se acostume ao som”, detalha.
Segundo Emanuela, a música atinge vários órgãos e sistemas dos animais, como o cérebro, os pulmões, o aparelho digestivo, sangue e sistema circulatório, pele, músculos e até o sistema imunológico.
“Com a vibração sonora, a onda musical atinge o animal. Em casos de problema cardíaco a respiração acentuada cria um ritmo contínuo, regulando a função dos órgãos. Mas tudo vai depender da altura, do timbre e do volume da música”, ressalta.
“Com a vibração sonora, a onda musical atinge o animal. Em casos de problema cardíaco a respiração acentuada cria um ritmo contínuo, regulando a função dos órgãos. Mas tudo vai depender da altura, do timbre e do volume da música”, ressalta.
Fonte: Jornal a Cidade
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