terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cães e gatos como aliados em momentos de dor


A tragédia de Santa Maria, que vitimou pelo menos 233 pessoas, deixou famílias destruídas e que precisarão de apoio psicoterápico intenso daqui pra frente, na busca de aliviar o sofrimento. Muitas vezes, em situações como esta, o uso da Terapia Assistida por Animais (TAA), também chamada de pet terapia, pode ser um ótimo auxílio, num momento em que o conforto da alma parece algo inalcançável.
Cães e gatos podem ser utilizados neste tipo de terapia. Os resultados de diferentes estudos demonstraram que a TAA pode promover a saúde física através de três mecanismos básicos: diminuição da solidão e da depressão, redução da ansiedade, os efeitos do sistema nervoso simpático e aumentando o estímulo para prática de exercícios. Além disso, a TAA pode ser aplicada em áreas relacionadas ao desenvolvimento psicomotor e sensorial, no tratamento de distúrbios físicos, mentais e emocionais, em programas destinados a melhorar a capacidade de socialização, na recuperação da auto-estima e como suporte social.
Para que a TAA seja eficaz, é fundamental o trabalho de uma equipe multidisciplinar capaz de estabelecer o plano terapêutico, o método mais adequado a ser aplicado, acompanhando as atividades e o bem estar dos animais e dos pacientes.
No caso dos cães, eles ajudam pessoas com níveis de depressão moderada e severa. A partir do momento que um paciente estabelece um vínculo afetivo com um cachorro, aos poucos sua auto-confiança e tranqüilidade aumentam e, consequentemente, abrem-se novas portas para a comunicação com as pessoas próximas e, principalmente, com pessoas desconhecidas. Ao contar com um cãozinho, uma pessoa deprimida ou em estresse pós-traumático encontra um caminho aberto para a socialização, diminuindo a solidão e uma maneira de suportar a tristeza.
Alguns estudos têm demonstrado que acariciar ou falar com o gato, ajuda a reduzir a pressão arterial e o estresse. Pessoas com depressão também apresentam bons resultados com a gato terapia. Crianças autistas, esquizofrênicos e indivíduos com problemas de comunicação podem se beneficiar da terapia com gatos, uma vez que esses animais tendem a respeitar os limites de interação apresentados por tais pacientes. Os resultados são surpreendentes com melhora de quadros depressivos e ansiosos, assim como do estado físico em geral. Animais deficientes também são utilizados como auxiliares no tratamento de pessoas com deficiências físicas ou paraplegias, contribuindo para a aceitação da condição (quando irreversível) e bem estar dos pacientes.
É importante saber que, se você tem um cão, seu melhor amigo também pode fazer um trabalho solidário ajudando doentes e pessoas especiais. Os primeiros critérios para animais co-terapeutas são a sociabilidade, a estabilidade de comportamento e a atenção e compreensão das regras e solicitações de seu tutor. Eles precisam ser tolerantes com estranhos e gostarem de afagos. Outro requisito indispensável é ele estar com a saúde em ordem: ter a carteira de vacinação em dia e fazer uma série de exames para comprovar que está apto.
Fonte: Zero Hora


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