terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Esquizofrenia e pobreza em foco

por Diego Benine

Um estudo conduzido pela University of Cambridge (Reino Unido) aponta que bairros urbanos com altos níveis de pobreza, densidade populacional e desigualdade possuem maior número de casos de esquizofrenia. A pesquisa utilizou estatísticas que indicavam a incidência da doença em grandes populações, e avaliou o ambiente social de 427 pessoas com idades entre 18 e 64 anos de idade. Todas elas já haviam tido um episódio de psicose entre 1996 e 2000. Os resultados sugeriram que o percentual aumenta em bairros com diferenças sociais evidentes ou onde a probreza já era associada a um aumento da incidência de esquizofrenia, e outras patologias similares. A análise também descobriu que o risco do distúrbio entre imigrantes pode depender da formação étnica da vizinhança. No caso de africanos, as taxas foram menores em bairros onde havia uma proporção maior de pessoas da mesma origem. A incidência também foi menor entre os caribenhos, que viviam integrados na comunidade que os acolheu. Esses resultados mostram que a composição sociocultural-ambiental pode aumentar ou diminuir o risco de esquizofrenia e outros distúrbios psiquiátricos.

Fonte: Viva Saúde

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