quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Por Que Utilizar Cavalos Na Terapia?

Existem tantas clínicas de fisioterapia, profissionais altamente especializados, métodos e tecnologia moderna, equipamentos de última geração. Por que o cavalo? - Um animal que já existe na terra há aproximadamente vinte milhões de anos? Por vários motivos:

Motivos Históricos: 
já faz parte do inconsciente coletivo da humanidade este ser atávico que vem acompanhando o homem em toda a sua evolução. Esse ser que tem carregado o homem sobre o seu dorso na formação histórica de quase todos os países. A sensação de força e poder estão indissoluvelmente, ligadas ao cavalo. Ao longo dos milênios, foi montado no cavalo, que o homem conquistou e dominou seus adversários.

Motivos Psicológicos: a familiaridade com o cavalo, desperta no praticante de Equoterapia uma relação de amizade e afeto pelo animal, em que aliados irão trilhar um caminho de descobertas e novas conquistas. O ambiente natural favorece o encontro consigo mesmo, podendo-se trabalhar o alívio de stress, autoconfiança, socialização, afetividade e segurança, em que o praticante aprende a dominar as rédeas da própria vida.

Motivos Físicos: o principal motivo da utilização do cavalo na habilitação motora provém do movimento ritmado, repetitivo e simétrico que o passo do cavalo transmite ao praticante.  Ao passo, o cavalo realiza um balanço tridimensional, ou seja, frente e trás, um lado e outro e para cima e para baixo – movimento que se assemelha ao passo humano. Esses estímulos são transmitidos repetidamente para o Sistema Nervoso Central, desencadeando respostas positivas como ganho de equilíbrio corporal, adequação do tônus muscular e estimulação do desenvolvimento motor, para se chegar à marcha e/ou maior independência funcional.

O cavalo possui três andaduras naturais, instintivas, que são: passo, trote e galope. O trote e o galope são andaduras saltadas. Isso quer dizer que entre um lance e outro, seja de trote ou de galope, o cavalo executa um salto, existe um tempo de suspensão, em que ele não toca com seus membros no solo. Em consequência, seu esforço é maior, seus movimentos mais rápidos e mais bruscos e quando ele retorna ao solo, exige do cavaleiro, mais força para se segurar e um maior desenvolvimento ginástico para poder acompanhar os movimentos do animal. Por isso, essas andaduras só podem ser usadas nas terapias com equinos, com praticantes em estágio mais avançado. (WICKERT, 2008)

O passo por suas características é a andadura básico da equitação e é com essa andadura que executamos a grande maioria dos trabalhos de terapia. (FREIRE, 1999)

É uma andadura rolada ou marchada. Isso quer dizer que sempre existe um ou mais membros em contato com o solo (não possui tempo de suspensão).

É uma andadura ritmada, cadenciada a quatro tempos. Isso quer dizer que ela se produz sempre no mesmo ritmo e na mesma cadência, e que entre o elevar e o pousar de um mesmo membro ouvem-se quatro batidas distintas, nítidas e compassadas, que correspondem ao pousar dos membros do animal.

É uma andadura simétrica. Isso quer dizer que todos os movimentos produzidos de um lado do animal, se reproduzem de forma igual e simétrica do outro lado, em relação ao seu eixo longitudinal.

É a andadura mais lenta, em consequência, as reações que ela produz são mais lentas, mais fracas, resultando em menores reações sobre o cavaleiro, e mais duradouras, permitindo uma melhor observação e análise por parte da equipe que acompanha o praticante.

Finalmente, o cavalo permite diversas formas de estimulação ao participante, propiciando desenvolver atividades motoras, psicomotoras, cognitivas e afetivas e, assim, obter uma eficaz reintegração do praticante à sociedade.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO 

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