O animal, que antes servia apenas de suporte, evoluiu também para animal  de estimação. Sua relação com o ser humano tornou-se tão complexa que  ao entrar para uma família, ele é capaz de provocar alterações no  comportamento de todos os seus membros. Dos animais domésticos, o cão é uma das espécies mais brincalhonas que  existe. Agitação e irreverência são as características comuns a muitos  deles. A natureza alegre de um cão saudável é uma das maiores  satisfações para o seu dono, por isso não é necessário sublinhar como é  benéfica a relação entre uma criança e um cão. Para a criança, o cão  torna-se um privilegiado e companheiro inseparável de brincadeiras.  Com todos os avanços da ciência, pesquisas mostram que o convívio com os  animais é considerado um dos melhores recursos terapêuticos. Os animais  domésticos passaram a ser considerados importantes na sociedade, por  oferecer apoio emocional. Marty Becker no livro “O poder curativo dos bichos” deixa claro que os  animais de comportamento dócil, trazem ao ser humano momentos de  tranquilidade e alegria. Nesses momentos principalmente, as pessoas  deixam de lado seus problemas, dores, insatisfações, seus momentos de  solidão e tristeza; sentem-se mais dispostas a falar com os animais,  pois estes os retornam um olhar não julgador e não crítico. Além disso, a  simples presença de um animal de estimação pode ser relaxante, ajuda a  diminuir a pressão sanguínea e o estresse.
Nos idosos, sabe-se que o animal proporciona a melhora da autoestima  devido ao contato físico e ao despertar do senso de responsabilidade.  Pelo fato de terem que cuidar do bicho, as pessoas mais velhas passam a  se sentir úteis. A introdução de animais em asilos é uma boa forma de  recreação e socialização Tal técnica refere-se a Pet Terapia realizada com cães, que teve origem  aproximadamente no século XVIII na Inglaterra, onde foi descoberto que a  presença do bicho traz benefícios psicológicos, pedagógicos e sociais  ao paciente, principalmente às crianças, pois o convívio com cães exerce  efeitos benéficos no comportamento afetivo. Com as crianças, os cães  estabelecem uma comunicação recíproca que possibilita um desenvolvimento  da autoestima, respeito, companheirismo, visão de futuro e ainda  estimula a liberação de substâncias que podem ser benéficas ao  organismo, como endorfina e adrenalina. O convívio com os bichos de estimação pode ajudar na recuperação de  diversos problemas de saúde. Essa premissa já foi comprova através de  vários estudos e experiências realizadas em hospitais, a até mesmo em  casa onde animais ocupam um espaço totalmente privilegiado dentro da  família, ou como filho ou até mesmo o irmão mais próximo.
Conforme estudos os benefícios da Pet Terapia são: Diminuição da pressão  sanguínea e freqüência cardíaca; Calmante e antidepressivo; Melhora do sistema imunológico; Estímulo da interação social; Melhora da  capacidade motora; Diminui quantidade de medicamentos utilizada;  Melhora a autoconfiança e autoestima. Visitas semanais aos hospitais com  cachorros, coelhos, tartarugas entre outros, são realizadas no intuito  de trazer conforto e tirar o foco da doença. A proximidade entre um e outro é outra singularidade a considerar. O  cãozinho se deixa tocar e acariciar, e está sempre pronto para mostrar  sua satisfação, sua entrega, seu afeto. Se as pessoas de uma maneira  geral precisam desse contato íntimo, quem dirá um idoso carente e  solitário. Dar e receber um afago, um chamego, um cafuné produz um  efeito terapêutico. Além disso, é muito difícil sair para passear com um  cachorro, por exemplo, e não ser abordado por alguém querendo brincar  ou saber algo sobre ele. O círculo social aumenta, o mundo se amplia. Nas locadoras segundo Maurício da Silva da Star Vídeo, os filmes com  animais são muito procurados. A sensação do momento é o filme “Sempre ao  seu lado” que não para na prateleira, até por ser um fato verídico e  “Marley e Eu” também é procurado. “Quando os clientes pedem estes filmes  nota-se uma identificação porque a maioria tem animal de estimação”,  comenta Maurício. Já para Márcio Dihel Forte ter um cão de estimação não foi só uma troca,  foi responsabilidade “Ganhei um linguicinha quando tinha 13 anos de  idade a proposta dos meus pais era para que eu tivesse a  responsabilidade de cuidá-lo, passou os anos, então a responsabilidade  passou a ser companheirismo e ele de irmão mais novo passou a ser meu  avô, com suas manias , que eu respeitava. Ele morreu com 15 anos, sinto  saudades”, comenta Márcio, A Pet Terapia é aplicada também com outros animais como coelhos e gatos,  porquinho da índia, por exemplo, animais de pequeno porte. Os peixes em  aquário e pássaros apesar de não poder ter contatos físicos, transferem  para quem os cuida a mesma tranquilidade. No entanto cavalos, pôneis e  bezerros também são animais muito queridos pelas pessoas.
Fonte: Jornal de Canela 
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