Qualquer pessoa pode fazer uso da terapia animal: os idosos, adultos ou  crianças com problemas psiquiátricos, portadores de deficiência física  ou mental, com câncer ou soropositivos e pacientes domiciliares ou  hospitalizados. Apesar de a teoria sugerir que pacientes  imunossuprimidos, susceptíveis a infecções oportunistas com histórico  severo de alergias e problemas respiratórios ou internados nas unidades  de terapia intensiva não façam uso da terapia, alguns projetos descrevem  visitas a esses pacientes, pois pesquisas revelaram que visitantes  humanos transmitem mais infecções aos pacientes do que os animais,  quando devidamente limpos e imunizados. A restrição real compete ao  paciente que possui medo ou aversão a animais (KAWAKAMI; NAKANO, 2007).
Estudos  recentes têm mostrado que o uso de animais tais como, cães, gatos,  pássaros, cavalos, golfinhos entre outros, representa um contributo  importante para o bem-estar social e psicológico das pessoas. Os  resultados da TAA e os seus benefícios são transversais a toda a  população - além de aceites pela sociedade e comunidade médica e já tem  reconhecimento científico, justificando o investimento na investigação.  (COUTO,2007)
Segundo Couto (2007) em Portugal, a TAA começa a ser  uma aposta forte, aplicada, por exemplo, em crianças com autismo ou a  Síndrome de Down, e no acompanhamento a idosos e adultos jovens com  problemas diversos, quer funcionais, quer psicológicos, ou que,  simplesmente, se sintam sozinhos. Em alguns casos, a TAA pode ser  auto-aplicada pelo indivíduo, em sua própria casa, na maioria dos casos o  recurso a este tipo de apoio tem de ser contextualizado e inserido num  programa especializado.
Seria de fundamental importância, numa  fase anterior ao tratamento, recolher, de forma rigorosa e detalhada,  informação sobre a historia clínica da pessoa. Isto porque a escolha da  terapia a aplicar e o animal a utilizar irá depender directamente da  patologia que a pessoa acusar (COUTO, 2007).
As terapias com cães  em hospitais, propõem que o tempo máximo para a visita seja de uma hora  e meia, para que os animais não fiquem estressados. Embora se tratam de  cães saudáveis, deve-se evitar contato com o rosto do paciente.  Destacam também que o número de animais participantes deve ser razoável  com o tamanho da instituição, e que aqueles que modificam seu  temperamento após entrarem na instituição devem abandonar o lugar  imediatamente, assim como as fêmeas no cio não podem participar.  (KAWAKAMI; NAKANO, 2007).
De Acordo com Kawakami; Nakano, (2007), existem vários benefícios na  Terapia Assistida por Animais, entres eles seria:
* · Dar nomes aos filhotes ou chamar os animais pelo nome são  excelentes exercícios fonoaudiológicos à pacientes que possuem  dificuldade de falar. Aqueles que não falam são estimulados a produzir  expressões vocais;
* · Fazer o paciente acariciar, pentear e jogar  bola para o cão é um ótimo exercício de coordenação de movimentos, além  de ajudar a controlar o estresse, diminuir a pressão arterial e reduzir  os riscos de problemas cardíacos, como comprovado pelo estudo onde  sugere que a criação dos animais pode causar efeitos relaxantes,  evidenciado pela redução da pressão sanguínea e aumento da temperatura  corporal;
* · Diminui a percepção da dor e a ansiedade;
* ·  Constatou-se que os pacientes que cuidavam de animais gastavam 16% a  menos de medicamentos e saíam dois dias antes dos hospitais do que os  doentes que não mantinham contato com os bichos;
* · O contato com  animais aumenta as células de defesa e deixa o organismo mais tolerante a  bactérias e ácaros, diminuindo a probabilidade das pessoas  desenvolverem alergias e problemas respiratórios ;
* · O estímulo do animal faz com que aumente o nível de endorfina, ajudando a minimizar os efeitos da depressão;
* · Diminui a solidão e a inibição dos pacientes melhorando consideravelmente o comportamento social;
* · Ajuda a descontrair o clima pesado de um ambiente hospitalar;
* · Aumenta o desejo de lutar pela vida;
* · Melhora as relações interpessoais; e finalmente, mas não menos importante;
* · O animal facilita e nutri a comunicação entre o profissional e o paciente.
Os Benefícios da Terapia Assistida por animais em idosos.
Os  animais quebram a depressão, tão comum nos idosos, especialmente  naqueles que não têm mais vínculos familiares, como é o caso dos que  vivem em instituições, e falam sempre do mesmo assunto: a doença, o  abandono ou as dificuldades da vida. Torná-lo mais receptivo ao meio em  que vive. Fazê-lo sorrir, interagir ou simplismente brincar. Para dar um  basta à solidão, eles entram em ação sem pedir nada em troca. ( CÃES,  2006).
De acordo com Cães (2006), todos os pacientes com idade  avançada precisam de tratamentos humanizados, e o que vemos no dia-a-dia  é uma tendência para a humanização. Neste sentido, temos colaborado  para que as equipes médicas, profissionais e pessoal de apoio vejam os  pacientes com mais atenção e bondade. Os animais trazem esse aspecto
muito  claro, pois quebram o gelo, e proporcionam uma atmosfera mais quente  nas relações. Embora ainda falte muito o que saber sobre os mecanismos  biológicos que conectam a mente e corpo, já são muitos os estudos que  indicam os efeitos fisiológicos positivos gerados nas pessoas que  interagem com os animais.
Os resultados alcançados pelo trabalho  desenvolvido por dois médicos da África do Sul. O professor Johannes  Odendaal e a Dra. Susan Lehmann obtiveram boas respostas sobre esses  mecanismos. Tanto nos humanos como em cães há uma mudança hormonal  benéfica que ocorre nas endorfinas beta, phenylethylamina, prolactina,  dopamina e oxitocina (interação positiva). Além do bem-estar, a  liberação dessas substâncias químicas também reduzem o cortisol  (hormônio do estresse). Num estudo piloto foram caracterizados os  efeitos normalizantes, do animal associado à terapia, exercem sobre os  aminoácidos dos neurotransmissores em pessoas deprimidas. A realidade é  que a relação terapêutica entre animais e humanos foi cientificamente  medida e daqui a alguns anos poderá gerar uma mudança nas bases de  algumas áreas da medicina. (CÃES, 2006).
"Um cérebro confuso e  ansioso envia mensagens desordenadas, confundindo o sistema imunológico.  Um cérebro relaxado e equilibrado permite ao corpo e mente trabalharem  em natural harmonia. Esse mecanismo explica porque o sentimento de amor  tem um poder de cura". (BECKER, s/d apud CÃES, 2006).
Os Benefícios nas terapias para idosos são de total importância para o  estado, físico, mental, social e emocional (CÃES, 2006):
Físicos:
* Os exercícios e estímulos são variados, aumentando a mobilidade;
* A terapia ajuda a regular a pressão arterial, com reações químicas  positivas (segundo estudos divulgados por programas americanos, ingleses  e canadenses);
* Bem-estar geral;
* Redução do estado de dor;
*  Dá um novo ânimo para as funções da fala e físicas.
Mentais:
* Estimula a memória do paciente levando em conta as diversas  observações relativas à vida do idoso e dos animais com os quais mantém  contato. Exercícios de cognição através de material usual do animal, da  alimentação e de higiene.
Sociais:
*  Oportunidade de comunicação e sentido de convivência;
*  Recreação, diversão e alívio do tédio do cotidiano. Redução da sensação de isolamento;
*  Possibilidade de troca de informações e de ser ouvido;
* ·          Sentimento de segurança, socialização e motivação.
      Emocionais:
*  Amor incondicional e atenção, espontaneidade das emoções, redução  da solidão, diminuição da ansiedade, relaxamento, alegria,  reconhecimento de valor, troca de afeto;
*  Vínculo e aumento de confiança com o ser humano, com o foco nos participantes da terapia;
*  Reações positivas a estímulos (alimentação, necessidades básicas e higiene);
*  Os benefícios continuam mesmo depois das visitas, através das lembranças e experiências positivas.
Fonte
http://www.bancodesaude.com.br/user/3391/blog/os-beneficios-terapia-assistida-com-animais
 
 
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