segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Pêlo Próximo no Portal Arca Universal

Pet Terapia avança no Brasil

Animais de estimação ajudam em tratamentos de saúde

Por David Telles
A Pet Terapia chegou ao Brasil há mais de uma década e hoje está sendo aplicada por várias instituições e pessoas. Utilizado primeiramente nos Estados Unidos e na Austrália, o tratamento consiste em colocar animais em contato com crianças, idosos e pacientes em geral, propiciando uma interação completa.
De acordo com a coordenadora Roberta Araujo, do “Projeto Pêlo Próximo”, um animal de estimação facilita a vida do profissional de saúde. Ele elimina barreiras, estabelecendo uma relação de dedicação, com amor puro e incondicional. “Um cão, coelho, gato ou até mesmo uma calopsita (espécie de ave) faz um elo, promove uma integração, modifica a percepção que as pessoas têm do ambiente e resgata a afetividade. Em 15 ou 20 minutos de contato entre o homem e o animal já dá para observar a potencialização da sensação de felicidade, com o amor sem preconceito, a segurança e o companheirismo do animal.”
Estudos já comprovaram que, quando o homem começa a interagir com um animal, diminui a incidência de casos de depressão. Esta relação também estabelece um resgate. “Por exemplo, para idosos, a presença de um cão exercita a memória. Ele lembra que na infância ou na adolescência teve um animal de estimação. Aumenta a percepção da realidade, a concentração e a atenção”, acrescenta. 
Rede de apoio aos pacientes

Cuidar de animais estimula os processos cognitivos das atividades cotidianas. “Quando uma pessoa está penteando um animal, está ativando o chamado ‘movimento de pinça’, que lembra o pegar um copo para beber água, pegar um garfo para comer, entre outras coisas”, revela Roberta.
O paciente que possui um bicho de estimação esquece um pouco dos seus problemas para cuidar do seu pet. “Se preocupa com a fome do animal e muitos até fazem um esforço para dar carinho. Isso já é uma forma de sair da depressão”, diz a coordenadora do “Projeto Pêlo Próximo”.

De acordo com Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação (Anfalpet), em 2009, o Brasil tinha cerca de 33 milhões de cães e 17 milhões de gatos. “Cuidar de animais é também uma maneira de fazer exercício, movimentando mãos, punhos, braços e pernas. Estudos revelam que essa interação funciona como um calmante, pois reduz a pressão arterial, a frequência cardíaca e também acaba diminuindo a aplicação de medicação psicotrópica, mantendo o estresse sob controle, pondo fim ao isolamento, à solidão e à ansiedade”, assegura

Uma iniciativa filantrópica

O “Projeto Pêlo Próximo” tem por objetivo chamar a atenção para a importância do trabalho da Pet Terapia. O grupo é formado por voluntários e realiza um trabalho de visitas a instituições que cuidam de crianças, idosos, portadores de necessidades especiais e escolas, nos fins de semana. Sem fins lucrativos, conta atualmente com 35 voluntários e um staff de 23 cães.

O animal bem tratado, vermifugado, bem alimentado, não transmite doença; pelo contrário, traz saúde. “Quando a pessoa vai ao banheiro, no retorno o animal de estimação está ali abanando o rabinho, esperando. Isso potencializa a possibilidade de estabelecer vínculos”, conclui Roberta.

Ter um animal de estimação no Brasil ainda representa um custo alto. De acordo com dados da Anfalpet, manter um cão bem cuidado, por exemplo, pode chegar mensalmente a R$ 350. Nessas despesas estão incluídas visitas ao veterinário, banho, tosa, comida e brinquedos. Além disso, requer tempo. É importante dedicar alguns minutos todos os dias para levá-lo para passear. Assim como para os humanos, os exercícios ajudam no físico e no mental do bicho.

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