terça-feira, 23 de outubro de 2012

PET SOLIDÁRIO


Contato com os animais melhora a autoestima e auxilia na recuperação de doenças

Os nossos bichinhos de estimação são o que podemos definir como “parceiros para toda a vida”. Só quem tem sabe o que é contar com a companhia de um pet. Carinhosos, leais e fiéis, são ótimos companheiros para as horas boas e melhores ainda nos momentos ruins.
 “A presença de um animal é excelente para motivar e aumentar a autoestima de qualquer pessoa. A companhia de um pet estimula a sociabilidade, o senso de responsabilidade e melhora a qualidade de vida. Quando recebemos o carinho de um bichinho, a pressão arterial reduz, a ansiedade e a depressão diminuem e a imunidade aumenta”, explica a especialista Tatiane Ishitani, do instituto Cão Cidadão.
 A utilização dos pets como ferramenta psicoterapêutica, inclusive, é defendida desde a década de 60 pelo americano Boris Levinson, o primeiro psicoterapeuta infantil a estudar, pesquisar e publicar materiais sobre o poder benéfico dos animais na reabilitação da saúde mental de crianças.
 A tese que Levinson defendeu está colhendo seus frutos agora. “Já existem estudos com autismo, problemas cardíacos, AIDS, depressão, dificuldade de aprendizagem, deficiência física e intelectual que constatam pontos positivos no contato do doente com o animal”, reforça Tatiane.
 A companhia de um bichinho não traz bons resultados apenas no tratamento infantil, mas também de pessoas adultas e principalmente idosas.
 A psicoterapia assistida por animais possui características únicas e prova ser um catalisador no processo psicoterapêutico, respondendo objetivamente ao trabalho proposto. Vale ressaltar que este processo não é um complemento terapêutico, e sim o processo terapêutico em si.
 As razões para se aderir à pet terapia são inúmeras. Em primeiro lugar, esse tratamento coloca o homem em contato com a natureza animal e faz despertar no paciente características como instinto e lealdade. Em segundo, é possível vivenciar uma relação baseada na confiança e no amor incondicional - o que, entre seres humanos, é mais raro. Não importa o que o dono faça ou diga, o bicho estará sempre ali para receber e dar atenção. Em resumo, ele não julga, não cobra e não pretende controlar, não há segundas intenções.
A proximidade entre um e outro é outra singularidade a considerar. O pet se deixa tocar e acariciar, e está sempre pronto para mostrar sua satisfação, sua entrega, seu afeto. Se as pessoas de uma maneira geral precisam desse contato íntimo, que dirá um idoso carente e solitário. Dar e receber um afago, um chamego, um cafuné produz um efeito terapêutico. Além disso, é muito difícil sair para passear com um cachorro, por exemplo, e não ser abordado por alguém querendo brincar ou saber algo sobre ele. O círculo social aumenta, o mundo se amplia.
A pet terapia pode ser utilizada em consultórios, hospitais, asilos ou em quaisquer ambientes em que os animais estejam presentes, como um zoológico, haras, criadouros, fazendas e canis e tem como objetivo criar uma relação de confiança e reabilitar o assistido, produzindo melhoras cognitivas, emocionais, sociais e comportamentais, visando aumentar a qualidade de vida.
Embora o cachorro seja o animal mais comum nos processos de terapia assistida animal, Tatiane afirma que muitas espécies podem participar desta ação, desde que acompanhadas por um médico veterinário e um comportamentalista. “Alguns projetos levam coelhos, peixes, cavalos, gatos, chinchilas, pássaros e até escargots”, conta.
Recentes pesquisas médicas realizadas na Austrália concluíram que pessoas com um convívio frequente com animais fazem consultas com menor frequência a clínicos gerais e requerem menos medicação do que pacientes não afeitos aos pets.
Fonte: Sua Escolha

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