quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Unip Utiliza Pet Terapia Para Tratar De Pessoas Especiais

Um animal de estimação, além de encantar, pode melhorar a qualidade de vida. Pensando na importância do pet na vida das pessoas, um grupo de psicólogos da Sorri-Bauru, em parceria com o curso de medicina veterinária da Unip, criou um programa de terapia com animais para auxiliar pessoas com necessidades especiais.

A coordenadora do setor de psicologia da Sorri, Gilga Alves, 40 anos, afirma que o programa já está trazendo bons resultados. “Sempre foi um sonho nosso colocar em prática esse trabalho. Fizemos muitos estudos e traçamos estratégias para buscar um real benefício para os deficientes”, comenta.

Evolução /O Pet Terapia vem ganhando força desde o começo deste ano e atende crianças com idades entre 8 a 16 anos, com deficiências intelectuais, autismo e transtorno de déficit de atenção. No primeiro semestre, as especialistas já notaram uma boa evolução no quadro dos pacientes. “Já temos resultados positivos, além de conseguir notar facilmente a diferença nas crianças”, relata a professora e veterinária Annelize Camplesi dos Santos, 32 anos.

O grupo planeja ampliar o serviço para outros tipos deficiências e em todas as idades. Pedro Gimenez Rossi, 4 anos, tem uma deficiência que ainda está sendo desvendada pelos médicos: a Síndrome de Asperger – também conhecida como Síndrome do Gênio. Com apenas 3 meses no projeto, sua mãe Perla Rossi, 36, conta que não tem dúvidas da veracidade do tratamento e ficou feliz com a mudança no comportamento de Pedro.

“A principal dificuldade dele é se socializar. Eu percebia que o Pedro brincava muito sozinho, era fechado e mal tinha amigos. Mesmo sendo novo, procurei orientações de especialistas e um conjunto de fatores me levou a conhecer o Pet Terapia”, explica.

Perla também conta que os encontros estão refletindo no dia a dia do filho, principalmente na escola. “Os professores falaram bem de seu desempenho escolar e também vejo que ele fez novas amizades. Neste ano ele até participou da festa junina”.
Animais do bem /A veterinária Annelize, com especialidade no setor de pequenos animais, salienta como é feito a pré-seleção dos pets para o projeto. “A princípio nós levávamos só os cachorros até a instituição. Após alguns estudos, começamos a trabalhar também com tartarugas, camundongos, calopsitas e até uma ovelha. E o principal requisito é ele ser saudável e dócil”, revela.

Na terapia, as psicólogas acreditam que o animal influencia nos vínculos afetivos, aspectos psicossociais, socialização, autoestima, regras, comportamento, higiene, hábitos alimentares, interação, medos, e outros ganhos.

“O Pedro achava que era sozinho nesse mundo e a interação com os animais o ajudou a repetir as ações com as pessoas”, afirma a mãe. A também professora do curso da Unip, Silvia Pedrini, afirma que a experiência está sendo ótima.

“Algumas crianças no início tinham medo dos animais. Não interagiam com outras crianças, nem com a gente. Mas depois de algumas intervenções passaram a brincar com os animais, a conversar, com os amigos e conosco.

Fonte: Bom Dia Sorocaba

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